16 de Janeiro de 2021-Ano B
Evangelho Mc 2,13-17
Evangelho
Minha irmã, meu irmão. Jesus hoje está dizendo a você: Segue-me. E o que vem a ser seguir Jesus? Ora. Seguir o
Mestre é colar em suas pegadas, para não nos perder na floresta perigosa que é
este mundo. Na floresta cheia de animais predadores, que a qualquer momento
podem nos devorar.
São predadores por todos os lados, e acima de nós. Os que estão
acima de nós são os possuidores de poderes, contra os quais, é humanamente
impossível contestá-los. Digamos humanamente, pois para Deus nada é impossível.
Assim, com a sua força, podemos tudo. Pois tudo
podemos naquele que nos dá força.
E do nosso lado estão os predadores iguais a nós, ou seja, os
nossos concorrentes, que podem fazer de
tudo para atrapalhar o nosso progresso, principalmente na espiritualidade.
Porém, todos são nossos irmãos, pois todos somos filhos de um
mesmo Pai. E, apesar de tudo, temos de
amá-los como Cristo nos amou. Esta é a
dinâmica da vida terrena, para podermos alcançar a vida eterna. Pois não
podemos nos esquecer de que também somos pecadores...
No Evangelho de hoje, Jesus come com os pecadores, e isso irrita os
líderes judaicos. Almoçar com os publicanos era uma afronta aos costume e à
Lei. Isto porque os publicanos eram odiados por colaborarem com o poder romano
arrecadando, ou melhor, arrancando o dinheiro do povo. Por isso eram
considerados impuros e pecadores.
O
sistema de cobrança de impostos era o que chamamos hoje de terceirização. A
máquina do Estado do Império romano que dominava grande parte da Europa
incluindo a Palestina não se dispunha de funcionários o suficiente para
realizar a cobrança de tanto imposto. Então o Estado romano contratava
empresários para fazer a cobrança dos impostos, sob o sistema de arrendamento.
Estes arrendatários terceirizados eram muito ricos oriundos da elite sendo
muitos deles anciãos membros do Sinédrio e Senadores. Assim, notamos que a
classe dominante comia junto com os dominadores romanos, em troca da preservação
de seus privilégios.
O
povo sofria com esta exploração, pois era 3 vezes explorados. Do imposto
arrecadado, uma parte ia para o Império Romano, outra parte era a taxa de
serviço do arrendatário, e a terceira parte era o que o empresário arrendatário
dono da Agência de Arrecadação, pegava para si, isto é, roubava. Por isso eram
muito ricos.
Os
publicanos eram os empregados desta agência, que fazia o serviço sujo vigiados
pelos soldados romanos, por isso não podiam pegar nem uma moedinha. E qualquer
deslize ou tentativa, eram mandados embora do emprego. Eram geralmente pobres e
a falta de emprego os obrigava a fazer esse serviço odioso.
O
povo não escapava da exploração romana. O imposto sob forte apoio dos guardas
era feito em vários lugares: Além de pagar direitos de Alfândega, o povo era
obrigado a pagar imposto de pedágio nas entradas dos povoados, nas pontes, nos
vaus, e nas encruzilhadas dos caminhos. Não tinha para onde correr ou escapar. Pelo
contrário. Tinha cidadão que pagava até três impostos por dia, pois precisava
se deslocar de vários lugares para outros. Era uma situação insustentável de
tamanha injustiça, e pensar que tudo isso tinha o apoio da classe dominante
local, OS TRAIDORES DA PÁTRIA.
E
era por isso que os publicanos eram odiados por explorar o povo para os romanos
e considerados: pecadores, impuros e por isso eram desprezados.
Jesus
fez questão de convidar um desses cobradores de impostos discriminado pela
sociedade, para fazer parte do seu grupo.
"Jesus
Cristo, viu sentado ao balcão um coletor de impostos, por nome Levi, e
disse-lhe: Segue-me. Deixando ele tudo, levantou-se e o seguiu."
Depois
desse convite, Jesus foi jantar na casa de Levi. Os fariseus que andavam sempre
no encalço de Jesus, também estavam presentes no local, e criticou a atitude de
Jesus por estar jantando na companhia de um impuro publicano. Engraçadinhos!
Eles podiam roubar o povo juntamente com os romanos. Mais naquele momento
fingiam que eram contra a exploração dos dominadores através dos
publicanos.
Eles
conversaram com os discípulos um tanto afastados do Mestre. Mas Jesus não
precisava ouvir com os ouvidos humanos. Ele sabia o que se passava dentro das
mentes das pessoas principalmente dos fariseus. Então Jesus respondeu:
Não
são os homens de boa saúde que necessitam de médico, mas sim os enfermos. Não
vim chamar à conversão os justos, mas sim os pecadores.
E
a cobrança de impostos na sua cidade. Vai bem? O retorno desse dinheiro para a
população é muito eficiente. Certo? O povo tem escolas, boas estradas, água
encanada, saneamento básico e o Serviço de Assistência Médica-hospitalar é tão
eficiente que ninguém precisa pagar Plano de Saúde. Que maravilha! Não é mesmo?
Roguemos
a Deus Pai para que toda justiça seja feita, e ninguém seja desprezado,
excluído e discriminado dos demais. Amém.
Tenha um bom dia. José Salviano
Eu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, na Bahia da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe(José Salviano, Helena Serpa, Olívia Coutinho, Dehoniamos, Jorge Lorente, Vera Lúcia, Maria de Lourdes Cury Macedo) colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que doaram um pouco do seu tempo para evangelizar, catequizar e edificar o reino de Deus, que o Senhor Jesus Cristo e Nossa Mãe Maria Santíssima continue iluminando a todos. Abraços fraternos.
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