11 Dezembro
2019
Tempo do Advento Segunda Semana - Quarta-feira
Lectio
Primeira leitura: Isaías 40,25-31
25«A quem, pois, me comparareis, que seja
igual a mim?» -pergunta o Deus Santo. 26Levantai os olhos ao céu e olhai! Quem
criou todos estes astros? Aquele que os conta e os faz marchar como um
exército. A todos Ele chama pelos seus nomes. É tão grande o seu poder e tão
robusta a sua força, que nem um só falta à chamada.27*Porque andas falando,
Jacob, e murmurando, Israel: «O Senhor não compreende o meu destino, o meu Deus
ignora a minha causa!» 28Porventura não sabes? Será que não ouviste? O Senhor é
um Deus eterno, que criou os confins da terra. Não se cansa nem perde as
forças. É insondável a sua sabedoria. 29E1e dá forças ao cansado e enche de
vigor o fraco. 30Até os adolescentes se cansam e se fatigam e os jovens
tropeçam e vacilam. 31Mas aqueles que confiam no Senhor renovam as suas forças.
Têm asas como a águia, correm sem se cansar, marcham sem desfalecer.
A meditação da história da salvação, e da
experiência de fé de Israel, leva o Deutero-Isaías à primeira afirmação de um
monoteísmo prático e teórico. Essa afirmação é feita por meio de perguntas
retóricas que sublinham a incontestável unicidade do poder salvador do Senhor e
a sua criatividade para encontrar caminhos não andados para socorrer o seu povo
(cf. v. 25). O Deutero-Isaías quer convencer os seus ouvintes de que Deus pode
e quer salvá-los, quer consolá-los, mostrando que cuida eficazmente dos seus
fiéis.
Se esse é o Deus de Israel, não há razão para
que o povo se sinta abandonado pelo Senhor, apesar da situação difícil em que
se encontra, o cativeiro de Babilónia. O importante é que verifique a
incapacidade de se salvar por si próprio, simbolizada no cansaço dos
adolescentes e dos jovens que «tropeçam e veaten» (v. 30), e reconheça a sua
fragilidade diante de Deus. Então poderá experimentar a força que vem de Deus
(v. 31) e reviver a experiência do êxodo.
Evangelho: Mateus 11,28-30
Naquele tempo Jesus exclamou: 28«Vinde a mim,
todos os que estais cansados e oprimidos, que eu hei-de aliviar-vos. 29*Tomai
sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e
encontrareis descanso para o vosso espírito. 30Pois o meu jugo é suave e o meu
fardo é leve.»
O conhecimento de Deus é possível porque Jesus
introduz os seus discípulos nesse conhecimento (cf. Mt 11, 25-27). Mas, para acolherem
a paternidade divina e a amizade do Filho, os discípulos hão-de fazer-se
"pequenos".
o evangelho de hoje diz-nos que é
"pequeno" quem acreditar que o estilo de Jesus «manso e humilde de
coreção. (v. 29) é o caminho para chegar aos segredos de Deus, e se dispuser a
aproximar-se d ' Ele e a tornar-se discípulo: «Vinde a mim» (v. 28). Jesus, tal
como a Sabedoria do Antigo Testamento (cf. Sir 51, 26-27; 6, 24ss.), convida
para a sua escola e promete «descsnso-, isto é, o saciar dos mais profundos
anseios do coração humano.
É, pois, preciso tornar-se discípulos,
aproximar-se de Jesus que fala do Pai aos seus amigos, e descobrir que a
familiaridade com Jesus é uma escola exigente, mas capaz de oferecer repouso e
paz. Jesus não dispensa os seus discípulos do cumprimento da lei de Deus, como
sugerem os termos «juço. e «tordo», Mas será um peso adequado às forças de quem
o deve carregar.
Meditatio
«O Senhor... não se cansa nem perde as forças; Ele dá forças ao cansado e enche de vigor o trea», afirma Isaías. «O Senhor é misericordioso e compassivo, é paciente e cheio de emot», afirma o Salmo 102.
Deus revelou-se a Moisés como um Deus rico de misericórdia e de fidelidade.
«O Senhor... não se cansa nem perde as forças; Ele dá forças ao cansado e enche de vigor o trea», afirma Isaías. «O Senhor é misericordioso e compassivo, é paciente e cheio de emot», afirma o Salmo 102.
Deus revelou-se a Moisés como um Deus rico de misericórdia e de fidelidade.
Ao longo da história, sempre usou de
misericórdia para com o seu povo. Puniu-o, mas puniu-o com piedade, para o
renovar e conduzir a maior intimidade com Ele.
Mas a misericórdia de Deus revelada no Antigo
Testamento é bem pouca coisa, em comparação com a que se revela em Jesus. O
Advento é tempo para tomarmos consciência da piedade de Deus, do seu amor
misericordioso, manifestado em Jesus. Trata-se de um prodígio tal que jamais o
poderíamos esperar ou sequer pensar. O Antigo Testamento fala de uma
misericórdia exercida com poder e força. O Novo Testamento fala-nos de uma
misericórdia manifestada na mansidão e na humildade de um Deus que se torna
semelhante a nós. É a máxima expressão da misericórdia de Deus, que desce até
nós para nos elevar à sua intimidade.
Ao ouvirmos o convite de Jesus para irmos a
Ele, sentimo-nos exortados a regressar ao grande amor com que Deus nos amou,
tornando-nos seus amigos e filhos. Só aproximando-nos do Coração de Jesus
podemos compreender a grandeza desse amor, e a graça da filiação divina que o
Pai nos concedeu.
Contemplando e escutando Jesus, «manso e
humilde de coreção-, somos libertados de uma religião feita só de méritos, de
obras, de deveres, porque em Jesus se revela o rosto amável de Deus, capaz de
saciar os nossos mais profundos anseios. A fé torna-se então experiência de
sermos revestidos com a força do alto, de caminharmos sem descanso, porque
apoiados sobre asas de águia, rumo a um amor que é anterior a nós, que nos
precede, e nos ensina a desejar a sua promessa.
A nossa resposta a esse amor misericordioso de
Deus concretiza-se na oblação do nosso humilde dia a dia, aceitando com
serenidade as cruzes e canseiras; irradiando com espontaneidade simples os
frutos do Espírito. E assim realizamos concretamente o convite de Jesus: Quem
quiser ser Meu discípulo" tome a sua cruz, dia a dia, e siga-Me' (Lc 9, 23).
Assim O seguimos na mansidão e na humildade do coração: "Aprendei de Mim
que sou manso e humilde de coraçãd' (Mt 11, 29). Encontraremos a força e a
coragem para irradiar alegria, paz, bondade, para alívio, não só nosso, mas
também dos nossos irmãos. Assim, podemos viver hoje no nosso Instituto, ou na
forma de vida cristã que corresponde à nossa vocação, a herança espiritual
recebida do Padre Dehon.
Oratio
Senhor Jesus, obrigado pelo teu convite:
«Vinde a rrumt». Quero corresponder-lhe. Quero ir ao teu encontro para estar
contigo, fruir da tua presença e da tua amizade, aprender de Ti. Ensina-me a
conhecer o Pai, a tomar consciência da minha condição de filho, a reconhecer os
outros como irmãos. Ensina-me a ser manso e humilde de coração, a fazer da
cordialidade a minha atitude permanente na relação com todos aqueles com quem
vivo, na relação com aqueles a quem sou enviado, com aqueles que me procuram ou
procuram os meus serviços.
Ensina-me a ir ao teu encontro, a abrir-te o meu coração e a narrar-te as minhas preocupações e culpas. Que, em Ti, possa e
ncontrar repouso e paz. Que, em Ti, encontre coragem e força para levar, dia após dia, o teu jugo suave e a tua carga leve. Amen.
Ensina-me a ir ao teu encontro, a abrir-te o meu coração e a narrar-te as minhas preocupações e culpas. Que, em Ti, possa e
ncontrar repouso e paz. Que, em Ti, encontre coragem e força para levar, dia após dia, o teu jugo suave e a tua carga leve. Amen.
Contemplatio
o Mestre é bom, é doce e fácil. «Vinde a mim,
diz, vós todos que sofreis sob o jugo do demónio e da natureza, o meu jugo é
leve e o meu serviço é fácil. E para este serviço, doce em si mesmo, e que
poria as vossas almas na paz, prometo recompensas infinitas ... » (Mt 11).
Mas, ó bom Mestre, até ao presente, não passei de um servo infiel. Preferi o jugo odioso das criaturas e das paixões à vossa mestria tão doce e amável. Disse o Non serviam que reprováveis a Israel. Tínheis-me tirado do Egipto pelo baptismo, pela conversão, pela vocação. Deixei-vos e servi Baal. Podeis chamar como testemunhas contra mim o céu e a terra. Acusar-rne-ão e clamarão por vingança. Abandonei as fontes da vida e procurei cisternas vazias ou águas turvas. Já não ouso regressar para vós (Jeremias, 2).
Mas, ó bom Mestre, até ao presente, não passei de um servo infiel. Preferi o jugo odioso das criaturas e das paixões à vossa mestria tão doce e amável. Disse o Non serviam que reprováveis a Israel. Tínheis-me tirado do Egipto pelo baptismo, pela conversão, pela vocação. Deixei-vos e servi Baal. Podeis chamar como testemunhas contra mim o céu e a terra. Acusar-rne-ão e clamarão por vingança. Abandonei as fontes da vida e procurei cisternas vazias ou águas turvas. Já não ouso regressar para vós (Jeremias, 2).
E no entanto, procurais-me e chamais-me.
Vindes para me ganhardes pelo vosso amor e me reconduzirdes ao vosso serviço
que é mais doce que as realezas da terra. Vindes com os laços de Adão, os laços
humanos que são os laços do coração: in funiculis Adam traham eos. Dais-me o
vosso Coração: Conversum est in me Cor meum. Esqueceis a vossa severidade.
Tendes um Coração divino, e o Coração de Deus não é como o dos homens: Quoniam
Deus ego et non homo (Oseias, 11).
Ó! Sim, bom Mestre, na Eucaristia encontro o
Coração de um Deus e dirijo-me com confiança à sua infinita bondade. (Leão
Dehon, OSP 3, p. 655s.).
Actio
Repete frequentemente e vive hoje a palavra:
«Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coreção. (Mt 11, 29)
Repete frequentemente e vive hoje a palavra:
«Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coreção. (Mt 11, 29)
Obrigado Senhor, Obrigado Dehonianos!!!
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