SÁBADO – DIA 09 Evangelho - Mt 9,35 -
10,1.6-8
Mt 9,35-10,1.6-8
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Jesus andava visitando todas as cidades e
povoados. Ele ensinava nas sinagogas, anunciava a boa notícia sobre o Reino e
curava todo tipo de enfermidades e doenças graves das pessoas.
No tempo de Jesus, o Serviço de Assistência
Médico-Hospitalar era péssimo. Somente a classe privilegiada podia ter uma
assistência médica decente. O povo sofria nas mãos de uma sociedade que em nome
de Deus marginalizava os leprosos, proibia que alguém fizesse o bem para os
doentes e humilhava os enfermos que buscavam a cura na sinagoga.
Eram os líderes judaicos (Sacerdotes,
fariseus, partidários de Herodes e chefes da sinagoga) que faziam o povo sofrer
por falta de atendimento médico, saneamento básico e uma medicina preventiva.
Jesus tem muita pena desse povo sofrido e
discriminado principalmente pelos líderes religiosos, e o acolhe com grande
bondade, cura os enfermos os quais O seguem, por dias inteiros, até no deserto
deixando a memória de que “Jesus andou por toda parte, fazendo o bem e curando
todos os que estavam dominados pelo diabo” (At 10,38).
Jesus identifica-se com os pobres e com os
enfermos tocando nos leprosos considerados impuros pelos fariseus que se diziam
puros e santos. E você? O que tem feito pelos seus irmãos enfermos? Boa
pergunta. Ou é a pergunta que pode decidir o futuro da sua alma. “Jesus faz bem
todas as coisas. Faz os surdos ouvir e os mudos falar” ; “Nunca vimos uma coisa
assim”; “Toda a multidão se alegrava com as maravilhas que Jesus fazia” (Lc
13,17).
Nos tempos atuais, também a medicina
progrediu bastante, mas para o atendimento dos ricos, e da classe média alta,
ou seja, para aqueles que podem pagar um Plano de Saúde. Porque a classe média
baixa e os pobres que não podem pagar um Plano de Saúde, tem de ser atendidos
no Pronto Socorro, ou tentar sobreviver pela automedicação, ou usando ervas
medicinais que, por sinal, curam melhor que os remédios alopatas com seus
efeitos colaterais.
Os médicos, preocupados com a automedicação,
exigem a receita médica na compra do remédio. Mas isso acaba acarretando outro
tipo de “efeito colateral”, para não dizer que é uma faca de dois gumes. Porque
se o pobre não tem assistência médica adequada, se não pode pagar uma consulta
médica na qual obterá uma receita ou prescrição para comprar o remédio, o que
ele vai fazer? Ele vai se automedicar! É claro!
Vivemos diante de uma medicina mercenária
como nos tempos de Jesus. Quem pode, pode. Aqueles que não podem, como vão
sobreviver?
Em nosso papel de cristãos atuantes, devemos
sensibilizar todos os membros da comunidade cristã e estimular sua preocupação
real e efetiva pelos doentes. Uma comunidade cristã que não conhece seus
doentes, que não está a serviço deles, que não lhes dá lugar na comunidade, que
não conscientiza os irmãos pobres sobre seus direitos, que não os ilumina no
sentido de procurar cuidar da sua saúde e de seus filhos através de métodos de
higiene, por exemplo, é uma comunidade que fez opção pelos poderosos, ao
contrário de Jesus que fez sua opção pelos fracos e oprimidos.
Precisamos denunciar essas injustiças. Porque
Jesus quer vida em abundância para todos. Ricos e pobres. E para se ter vida
com saúde, a medicina precisa ser preventiva, e não curativa, com saneamento
básico, e ensinamentos de normas de higiene para os menos esclarecidos. Porque
se evitarmos a doença através da higiene, e de uma boa assistência-médica
preventiva, não precisamos gastar com remédios e internações. Deixe os Planos
de Saúde para aqueles que podem pagá-los.
Pai, que eu seja consciente de minha tarefa
de levar a compaixão do Messias Jesus aos deserdados deste mundo, dando mostras
de que o Reino se faz presente entre nós.
CANÇÃO NOVA
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