.

I N T E R N A U T A S-M I S S I O N Á R I O S

SOMOS CATÓLICOS APOSTÓLICOS ROMANOS

e RESPEITAMOS TODAS AS RELIGIÕES.

LEIA, ESCUTE, PRATIQUE E ENSINE.

PARA PESQUISAR NESTE BLOG DIGITE UMA PALAVRA, OU UMA FRASE DO EVANGELHO E CLICA EM PESQUISAR.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

“A família de Jesus!” - Claudinei M. Oliveira.



Domingo, 31  de dezembro  de 2017.
Evangelho:  Lc 2,22-40

         Neste último domingo do ano de 2017 refletiremos sobre a família unidade de Jesus. Exemplo para ser seguida,  Maria e José apresentaram o Menino Deus ao Templo para a purificação como determinava a lei de Moisés. Ao entrar no templo foi recebido por Simeão que não teve dúvida da profecia de Isaias. O menino seria então o libertador de um mundo que precisava de um líder solidário e que ensinasse ao mundo o significado de amar.
“Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel.  Ele será um sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma” (Lc 2,34-35).
Estas foram  palavras de Simeão dirigidas aos de Jesus na entrada do templo. Na visão dele, o menino salvador trazeria na essência mudanças radicais no comportamento social do povo do Israel. Mas, para tanto, sacrificaria sua própria vida para bendizer a justiça no campo da verdade, junto ao povo que necessitava de novos tempos.
         A apresentação do menino Jesus no templo como exigência da Lei de Moisés por ser o primeiro filho homem do casal, marca o símbolo da nova igreja para uma sociedade que esperava afoito pelo libertador. Tanto que Simeão louva ao Senhor por ter recebido em seus braços o menino da Luz:  “Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel” (Lc 2,29-32)
         Ao entrar no templo Jesus torna-se luz para multidões de homens que viviam na marginalidade. Com sua arguição na vida adulta leva a estes marginalizados projetos de vida, isto é, norteia novos rumos com a finalidade de uma vida com dignidade, paz, amor e prosperidade. Jesus, nas palavras de Simeão, é a luz das nações e gloria do povo de Israel, pois toda a esperança está assentada na pessoa com personalidade da justiça. O único anunciador com proposta de transformação radical era Jesus.
         Caminhar para o templo foi o legado deixado pelos pais de Jesus. Ensinou desde pequeno o lugar sagrado para agradecer, rezar e fazer seus pediso. Todo cristão necessita de um espaço no dia para louvar e conversar com o Criador. José e Maria mesmo cumprindo exigência de seu tempo ensinaram a criança a entrar no santuário. Assim, ao colocar Jesus no templo significou um grande ensinamento para o homem: a fé transcende o imaginário real, pois acreditar no infinito além das coisas palpáveis é encontrar a graça de Deus.
         Este Evangelho trás um compromisso para os cristãos de hoje: ensinar os nossos pequenos a cultuarem a crença num Deus que ama indubitavelmente seu povo. Nunca é tarde para encontrar as portas da igreja, mas se começarmos desde pequeno a frequentar os bancos da casa de Deus  muitas coisas ruins evitarão. Pois, estar em sintonia com Deus, criar-se cumplicidade com os ensinamentos revelados na Sagrada Escritura.
         Ao  apresenta os “pobres de Javé”, isto é, Lucas  apresenta à sua comunidade  Simeão e Ana  como reconhecimento dos profetas àquele que nasceu Messias, com objetivo de libertar o povo da escravidão e das injustiças. Os profetas, que tanto esperavam o Enviado do Senhor para cumprir a aliança com o povo antigo, agora poderiam partir para a gloria do Senhor, pois alcançou em vida o mistério do Filho do Homem.
            A proposta de Lucas foi enaltecer o compromisso de sua comunidade para com o projeto de vida de Jesus. Jesus não veio ao mundo por interesse do Senhor para provar seu poder, mas para garantir aos pobres e oprimidos saídas para vida melhor. Porém, a prática de Jesus não estava somente em oração nos templos, estava na tomada de atitude em conversão para o perdão  e atitude de mudança de mentalidade. Para provar a sua comunidade a serenidade dos fatos, exemplifica o Evangelho com a presença de Simeão e da viúva Ana. São profetas que esperaram em vida a presença da libertação, não somente do povo de Israel, mas do povo de toda face da terra. Eles acreditaram  fielmente que um dia reinaria na terra um Homem vigoroso que não tivesse medo de enfrentar os maldosos que corriam o povo sofrido.
            Simeão fala claramente para os pais de Jesus que o menino seria a luz para iluminar o caminho da humanidade com a proposta da liberdade. Assim, novos rumos norteariam para o povo escolhido de Deus. O caminho a ser trilhado seria a justiça, o entendimento, a concórdia, a fraternidade e a felicidade. Este era o caminho correto. Entretanto, muitos por capricho dos bens materiais não teriam a coragem de seguir o Filho do Homem, prefeririam continuar no caminho da morte e da injustiça. Porém, a tristeza estaria naqueles que não tivessem forças para caminhar sozinhos e precisassem do auxilio dos poderosos. Neste caso, suas vitalidades seriam consumidas para controlá-los ainda mais.
            Contudo, este Jesus apresentado ao Templo como exigia a Lei Sagrada para a purificação será sinal de contradição. Este menino crescerá com toda vitalidade no seio de uma família que tinha muito amor para oferecer. Tanto que Maria e José tiveram que fugir muitas vezes para não entregar o filho para a autoridade e,  para proteger a criança,  desbravaram montanhas, montes e rios e não há nenhum registro de desânimo. Eles abraçaram a causa da libertação e fizeram tudo que estivesse ao seu alcance. Depois de crescido e preparado para o mundo, Jesus levou a mensagem que muitos queriam ouvir, a mensagem da esperança; mas muitos rejeitaram a mensagem de Jesus por não concordar com a prática da justiça que era exigida.
            Convém salientar que Lucas apresenta a profetiza Ana como ponto de partida para a evangelização. A mulher, muitas vezes rejeitada no meio eclesial, foi de importância relevante na formação do povo de Deus e construção da igreja evangelizadora. Veja que tudo começou com Maria ao aceitar ser a mãe do Salvador. Ana  que permanecia no templo esperando a libertação das injustiças foi a marca da mulher guerreira por não arredar do espaço sagrado. E as mulheres que primeiramente anunciaram a ressurreição de Jesus.
Portanto, o Reino de Deus está para ser moldado com o Espírito Santo da vida e da paz, devemos encorajar como estes profetas que acreditaram através da fé e alcançaram em vida a libertação. Façamos com amor a construção do Reino da Paz. Amém!

Feliz Ano Novo

Claudinei M. Oliveira

Nenhum comentário:

Postar um comentário