Sábado, 06 de janeiro de 2018.
Evangelho: Mc 1, 7-11
Disse
João Batista a seus seguidores: eu batizei vocês com água, mas ele batizará vocês com o Espírito
Santo Mc (Mc 1,8).
O messias veria para confirmar a
aliança com o povo de Israel com o Senhor, libertará os homens do mal para
sempre e renovar o comprometimento com a libertação. Mas, para tanto, seria
preciso primeiramente desfazer das coisas do mal, arrependerem-se dos pecados e
batizar com água da conversão. Depois disso, acolherá o salvador que tem poder
de envolver-se no Espírito Santo e lutar contra os opressores que não O aceita
pela avareza e a ignorância.
O batismo de
Jesus corresponde a humildade e a simplicidade de um Homem que
se fez homem para estar no meio do povo que precisava de estímulo para
acreditar que o poder de Deus interfere na vida cotidiana. O exemplo de ser
batizado pelo anunciador da libertação comove a multidão. Ele é o Senhor do
mundo, não precisaria rebaixar a um pecador para ganhar o perdão dos pecados,
sendo que Jesus não tinha pecado para arrepender-se, sempre foi justo com muito amor, mas ao entrar no rio Jordão
para mergulhar nas águas, Jesus mostrou para o povo que ninguém é maior do que
o outro e para criar a identidade de cristão
seguidor de um projeto de vida, necessita do batismo.
João anunciava
claramente para seus seguidores que outra pessoa, mais poderosa e de um coração
invejável, viria batizar com o fogo e com o Espírito. Ele, João, não era digno de
desatar as suas sandálias, tamanha unidade e crença tinham em Jesus. Porém, Ele
(Jesus) chegou e viu descendo do céu o espírito em forma de pomba. Era a
confirmação de que o Filho do Homem estava ali presente.
O batismo é o
símbolo do cristão autêntico que criou um vínculo com o Senhor. Agora o
batizado faz parte da família unida da Trindade. Tem a marca do serviço. Tem
uma identidade. Ao fazer parte da unidade fraternal do Criador, passa a
comprometer-se com a construção do Reino.
Jesus, depois de batizado, passou a
denunciar todas as injustiças sociais que insistiam persistir. Para tanto,
enfrentou os poderosos com firmeza e exigia maior atenção com os desvalidos e
oprimidos. Não tem como fazer parte de uma família unida e oprimir os parentes
em proveito próprio. Ao ser batizado ha uma cumplicidade com o outro. O
sofrimento do outro também é meu sofrimento e a cruz do outro também é minha
cruz.
Enfim, que a
chama do batismo não seja abafada e o combustível para manter acessa o fogo da
transformação seja desprendido pelo Espírito Santo. Sempre alimentando no poder
de Cristo e perfazendo caminhos que levem ao encontro do Jordão para curar
todos os pecados e as maldades que insistem em permanecer no coração de muitos
homens de boa vontade. Assim, ao escolher o batismo de Cristo, tem em si a
convicção de que a luta pelo projeto da vida será constante, mas valerá a pena.
Amém!
Abraços
Claudinei
M. Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário