SEXTA FEIRA DA 15ª SEMANA DO TC 17/07/2015
1ª Leitura Êxodo 11,
10-12.14
SALMO 115/116b) “Erguerei o cálice da salvação, invocando o nome do
Senhor! ”
Evangelho Mateus 12, 1-8
“Os policiais da comunidade...”
A exemplo dos moralistas de plantão, os Fariseus eram naquele tempo,
aquilo que poderia ser chamado hoje de “policiais da comunidade”, só de olho no
que os outros fazem para poder acusa-los perante a autoridade. Claro que a
Policia Militar faz esse trabalho, e os bons policiais o fazem com todo zelo, e
se perceber uma atitude suspeita de alguém, imediatamente irá abordá-lo pois
faz parte do seu trabalho.
Os moralistas também agem dessa forma, seguem á risca a lei e
julgam-se no direito de fiscalizar as demais pessoas, para que também o façam e
não admitem que alguém venha a violar algum preceito da lei. Pessoas assim
tornam-se insuportáveis para os outros, porque são como uma engrenagem sem
lubrificante, são secas, rigorosas, até que um dia a “casa cai”, quando os
outros descobrem que esse grupo só enganava, porque lhes faltava o essencial: o
amor e a misericórdia na relação com os demais.
Esse grupo de Fariseus parece que tiravam o dia para “fiscalizar”
as pessoas suspeitas, principalmente Jesus e seus discípulos e neste evangelho,
em um dia de sábado o flagram colhendo espigas para comerem, pois no meio da
caminhada sentiram fome. Querendo mostrar a Jesus o Santo caminho da Lei de
Moisés (quanta pretensão) acusa os seus discípulos de estarem fazendo algo que
é proibido em dia de sábado: trabalhar!
Jesus toma então alguém importante da História de Israel, o grande
Rei Davi, de cuja estirpe viria o Messias, e mostra-lhes que o próprio Davi
infligiu aquela lei, quando junto com seus companheiros entrou no templo e
comeu dos pães sagrados, exclusivos dos sacerdotes. O ensinamento de Jesus é
exatamente esse: que acima de qualquer lei está a Lei do Amor e da preservação
da Vida, e toda lei autêntica deve ter ao centro a Vida do Homem. Jesus não
revoga a Lei de Moisés, mas lembra o que está no centro dela, e que os Fariseus
há muito tinham esquecido. Não se coloque nenhuma Lei ou norma acima do amor e
da misericórdia para com as pessoas.
Os membros dos nossos Conselhos Pastorais, bem como os
Coordenadores e Cooperadores, devem estar atentos e muito abertos á Palavra de
Deus, para que não se corrompam com o velho Farisaísmo que tanto Jesus
condenou. (Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim
SP – E-mail cruzsm@uol.com.br)
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