02- de
julho- Quinta - Evangelho - Mt 9,1-8
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
O
pecado tem tamanha influencia em nossas vidas que Jesus se empenhava ao máximo
a libertar as pessoas, especialmente as mais simples, desse grande mal, no
entanto ainda existem fariseus mais preocupados com os erros do que os acertos.
A
quem compete curar e libertar? Realmente existe um grupo de pessoas eleitas por
Deus a serem melhores que outras? O que leva alguém a deixar de anunciar a
verdade e a paz para pregar uma grande mentira e a guerra? Fazendo uma grande
analogia a esse fato pergunto: do que adianta ser um preso confesso e
arrependido do seu crime, mas ainda esta preso ao crime que cometeu? Do que
adianta o arrependimento se não ter um bom comportamento?
Nos
questionamentos acima, vivemos a difícil situação de falarmos algo, no entanto
vivendo outra. Em ambos os casos ainda falta algo
“(…)
Porém o povo de Israel, que procurava uma lei para ser aceito por Deus, não
encontrou o que estava procurando. E por que não? Porque eles procuravam
alcançar isso por meio das suas ações e não por meio da fé. Eles tropeçaram na
pedra de tropeço como dizem as Escrituras Sagradas: Vejam! Estou colocando em
Sião uma pedra em que eles vão tropeçar, a rocha que vai fazê-los cair. Mas
quem crer nela não ficará desiludido”. (Romanos 9, 31-33)
O
que mais incomodava aos mestres da lei narrado no evangelho de hoje era o fato
de Jesus propor-se a libertar ou mudar a realidade do paralitico. O homem
poderia até continuar a claudicar (mancar), mas não seria mais refém do pecado.
Como questionei acima, de que adianta a cura se não houver uma mudança de
comportamento real?
É
importante frisar que a dedicação de Jesus estava e ainda esta na remissão do
pecado e não na doença, na fatalidade, no problema e sim na mudança do ponto de
vista sobre sua própria vida. Um homem deitado e prostrado tem uma visão bem
diferente daquele que se encontra de pé ou daquele que esta acima de um monte…
“(…)
Não estou querendo dizer que já consegui tudo o que quero ou que já fiquei
perfeito, mas continuo a correr para conquistar o prêmio, pois para isso já fui
conquistado por Cristo Jesus. É claro, irmãos, que eu não penso que já consegui
isso. PORÉM UMA COISA EU FAÇO: ESQUEÇO AQUILO QUE FICA PARA TRÁS E AVANÇO PARA
O QUE ESTÁ NA MINHA FRENTE. Corro direto para a linha de chegada a fim de
conseguir o prêmio da vitória. Esse prêmio é a nova vida para a qual Deus me
chamou por meio de Cristo Jesus”. (Filipenses 3, 12-14)
Muitos
irmãos, inclusive nós, precisam apenas de uma oportunidade de levantar. Eles
precisam é da mudança de realidade. Ao oferecer uma nova chance, Jesus renovava
a vida de quem o encontra. Não posso então me alimentar da hipocrisia e
acreditar que NÓS, paralíticos, deixaremos de MANCAR ou errar, mas ao sermos
apresentados a nova realidade, dificilmente voltaremos a deitar no leito.
Jesus
diz “(…) Levante-se, pegue a sua cama e vá para casa”. Apesar de ainda
mancarmos, nunca mais seremos os mesmos. Ao voltarmos para casa, para nossa
realidade, nossas vidas, ainda teremos a cama (o leito, o pecado) a nos rondar.
A grande proposta de Jesus foi em dizer LEVANTE e coube aos fariseus em olhar
apenas a cama.
Ao
vermos sobre esse ponto de vista, repararemos que a atitude de Jesus, mesmo
sendo questionada, se foca no perdão e não na cura. “(…) Pois vou mostrar a
vocês que eu, o Filho do Homem, tenho PODER NA TERRA PARA PERDOAR pecados”. A
cura passa a ser conseqüência da vontade de mudar.
Veja
a reflexão proposta pelo site da CNBB:
“(…)
Onde é mais fácil que vejamos a ação de Deus na nossa vida, quando Deus realiza
uma cura ou nos concede alguma graça pela qual suplicamos ou fizemos promessas
ou quando ele perdoa os nossos pecados? É claro que ao lermos este texto,
afirmamos que é quando ele perdoa nossos pecados, mas a gente não vê as pessoas
celebrarem ações de graças quando são perdoadas e sempre vemos celebrações em
ação de graças por curas, conquistas e coisas do gênero. Isto tudo nos mostra
que intelectualmente sabemos as coisas certas, mas existencialmente vivemos
subordinados aos valores do mundo, de modo que somos pessoas divididas entre o
que falamos e o que de fato acreditamos. O Evangelho de hoje é para todos nós
um convite: precisamos de fato enxergar mais além para valorizarmos mais os
verdadeiros dons que Deus nos concede”.
Esqueçamos
a doença, ajudemos aos irmãos a levantar.
Um
imenso abraço fraterno!
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