15 de outubro - Quarta –feira
Lc 11, 42-46
Jesus critica os escribas e fariseus.
Espiritualidade equivocada
Jesus na caminhada para Jerusalém sabe das dificuldades que iria
enfrentar com os fariseus, escribas, enfim com o sinédrio.
Jesus fala com autoridade e não teme ninguém, doa a quem doer.
Jesus neste trecho do Evangelho critica os escribas e os fariseus por causa de
suas atitudes até certo ponto falsas, hipócritas.
Jesus dizia que as observâncias externas são fáceis e podem ser uma
máscara para esconder o que realmente são, para evitar a verdadeira obediência
a Deus, que é praticar a justiça e o amor a Deus.
Vamos conhecer quem eram os escribas e fariseus. Os escribas e
fariseus pertenciam a um grupo religioso judaico, eram piedosos, estudiosos,
observantes e mestres da Lei. Tinham muitas qualidades, mas seus defeitos foram
criticados por Jesus. Gostavam de colocar muito peso nos ombros do povo
fazendo-os observar mais ou menos seiscentas leis, mas eles não observavam, não
cumpriam a Lei da mesma forma que aconselhavam
o povo a observar. Gostavam de coisas externas, das aparências, para se parecem
puros, santos e praticantes da lei. Gostavam dos primeiros lugares nas
Sinagogas e quando alguém discordava deles era expulso. Gostavam de dinheiro,
embora dissessem que a parte espiritual era a mais importante.
Jesus critica duramente os atos exteriores praticados por eles para
se exaltarem e deixar a impressão que são muito cumpridores da lei. Na verdade para Jesus o que vale mesmo é o
verdadeiro amor. Sem amor a lei é fria. Ela está para servir o homem e não
homem, para a lei. Cumprir a lei e a praticar a justiça é o que Jesus ensina,
quer e aprova. Jesus sabia da diferença entre a
aparência dos escribas e fariseus e a realidade do seu interior. Isto
porque eles aparentavam ser santos, justos, quando na verdade, Jesus
sabia tudo o que eles realmente pensavam e faziam.
A indignação de Jesus contra os mestres da Lei e fariseus é tão
grande, que Ele os compara a “sepulcros caiados”, por fora bonito, pintado,
enfeitado para esconder a tristeza da podridão interior. Essa comparação nos
ensina que a aparência é de pessoa cheia de virtudes e qualidades, mas seu
interior é comprometido com a mentira, pecado, orgulho, e nada de misericórdia
e amor.
Os doutores da Lei se sentem ofendidos, e Jesus os denuncia ainda
mais duramente. Eles liam as Escrituras,
mas não as entendem e até atrapalham os que gostariam de entender. Não só estão
cegos como acabam cegando os olhos do povo.
O que faltava aos fariseus era a misericórdia, cobravam o dízimo
com rigor sem se preocupar com a pessoa
humana, sem sentir a situação do próximo.
A denúncia de Jesus serve
para nós hoje discípulos do Reino. A justiça e o amor devem ocupar o primeiro
lugar na preocupação de quem busca viver em comunhão com Deus.
Na vida de quem quer viver seu batismo sendo discípulo missionário
a prática da misericórdia tem que ocupar o primeiro lugar. Todas as demais
exigências estão subordinadas a ela e virão por acréscimo. Pagar o dízimo,
praticar a Lei por obrigação, sem amor e misericórdia é pura perda de tempo.
Meus irmãos, como nós estamos agindo? Com sinceridade, franqueza,
amor, misericórdia, ou estamos colocando peso nas costas dos outros?
Como está nossa espiritualidade, de aparência ou de caridade
com o próximo?
Se participo das
pastorais, sou humilde, servidora ou faço para me exaltar diante dos irmãos?
Lourdes
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