Domingo, 19 de outubro de 2014
29º Domingo do Tempo Comum
Santos João de Brébeuf, Isaac Jogues, presbíteros, e Companheiros,
mártires (Memória facultativa). e São Paulo da Cruz, presbítero (Memória
facultativa).
Outros Santos do Dia: Altino de Orléans (bispo, mártir), Aquilino de Evreux (bispo), Cleópatra da Síria (viúva), Desidério de Lonrey (monge), Edvino de Kildare (abade), Eustério de Salerno (bispo), Fredesvinda de Oxford (virgem), Laura de Córdova (abadessa, mártir), Lupo de Soissons (bispo), João de Rila (abade), Pedro de Alcântara (franciscano), Ptolomeu, Lúcio e um companheiro (mártires de Roma), Teofrido de Carmery (abade), Varo de Upper e seis monges do Egito (mártires), Verano de Cavaillon (bispo), Verônico, Pelágia e Companheiros (mártires de Antioquia).
Outros Santos do Dia: Altino de Orléans (bispo, mártir), Aquilino de Evreux (bispo), Cleópatra da Síria (viúva), Desidério de Lonrey (monge), Edvino de Kildare (abade), Eustério de Salerno (bispo), Fredesvinda de Oxford (virgem), Laura de Córdova (abadessa, mártir), Lupo de Soissons (bispo), João de Rila (abade), Pedro de Alcântara (franciscano), Ptolomeu, Lúcio e um companheiro (mártires de Roma), Teofrido de Carmery (abade), Varo de Upper e seis monges do Egito (mártires), Verano de Cavaillon (bispo), Verônico, Pelágia e Companheiros (mártires de Antioquia).
Primeira leitura: Isaías 45,1.4-6
Tomei Ciro pela mão direita, para que submeta os povos ao seu domínio.
Salmo responsorial:Sl 95 (96), 1.2a.3. 4-5. 7-8. 8-10a e c (R/. 7b)
Ó família das nações, dai ao Senhor poder e glória!
Segunda leitura:1 Tessalonicenses 1,1-5
Recordamo-nos sem cessar da vossa fé, da caridade e da esperança.
Evangelho: Mateus 22, 15-21
Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
Tomei Ciro pela mão direita, para que submeta os povos ao seu domínio.
Salmo responsorial:Sl 95 (96), 1.2a.3. 4-5. 7-8. 8-10a e c (R/. 7b)
Ó família das nações, dai ao Senhor poder e glória!
Segunda leitura:1 Tessalonicenses 1,1-5
Recordamo-nos sem cessar da vossa fé, da caridade e da esperança.
Evangelho: Mateus 22, 15-21
Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
Na primeira leitura, temos um texto do chamado de "Segundo
Isaías" ou "Livro da Consolação" de Israel. Este fato,
aparentemente simples, nos permite entrar no texto a partir de uma chave
especial de interpretação. Isaías, o profeta de julgamento e da punição, sempre
tem uma palavra de encorajamento, esperança, conforto, especialmente nestes
tempos em que as propostas alternativas são procurados pelo sistema globalizado
para eliminá-las.
O texto insiste que Javé fala a Ciro, mesmo sendo uma pessoa que
"não conhece a Deus", e lhe confia uma missão. Ou seja, não conhecer
a Deus não é uma limitação para ser chamado por Deus para uma missão, e a
missão de Ciro será anunciar palavras de consolo. O monopólio da eleição de
Deus por um só povo entre todos os povos da humanidade desaparece com esta
história do profeta. Nós achamos que um "não-judeu" também pode
servir como uma adequada mediação da ação de Deus. Em grande parte, esta é uma
grande novidade.
Em Paulo a realidade que Isaías apresenta como aliança é a eleição em
comunidade ("temos presente a obra de sua fé, trabalho e, especialmente, a
tenacidade de sua esperança"): Estas são as palavras de Paulo e junto à
comunidade que se reúne em Tessalônica, os que se deixam conduzir pela ação do
Espírito Santo.
O Evangelho de Mateus, o mais comentado da história da igreja, e ao
mesmo tempo o evangelho do qual temos as interpretações mais dogmáticas e
espiritualistas – é o marco de um texto controverso num contexto social em que
se divinizava o imperador. O Evangelho de Mateus é a primeira síntese da
tradição judaico-cristã, após da destruição do templo de Jerusalém na guerra
nos anos 66-74 depois de Cristo. A passagem que lemos hoje faz parte de uma
série de controvérsias entre Jesus e os fariseus (e outros grupos) sobre temas
como o tributo, a ressurreição dos mortos, o primeiro mandamento, o filho de
David ... Todas estas controvérsias têm como pano de fundo o confronto de Jesus
com o direito romano.
Sob o tema do tributo, uma realidade que sofriam as comunidades cristãs
(nas quais se estava elaborando o texto do evangelho), sob o controle do
Império Romano, o povo de Israel, que séculos antes tinha sonhado com uma
sociedade como uma confederação de tribos na qual o único Senhor fosse Deus, o
Deus da libertação, vive agora as consequências de uma monarquia que explora os
pobres para sustentar sua estrutura. Os mais pobres são os mais afetados pela
política fiscal, pois as taxas caíram mais diretamente sobre aqueles que
trabalhavam a terra, camponeses ou arrendatários.
Porém, indo um passo além do tributo, fixemos a figura do Imperador.
Roma tomava para si a influência do mundo religioso do Egito e da Grécia. A
relação dos romanos com os deuses faz parte da estrutura ordinária e cotidiana
da vida social: o imperador era considerado um deus. Roma era uma teocracia.
As comunidades cristãs haviam optado uma outra maneira de compreender a
relação com Deus, o Deus de Jesus, como o Abba, não conseguia entender como o
imperador se apresentava como um deus e havia confronto com a religião oficial
pelo fato de escolher a religião alternativa, que neste caso consistir em uma
proposta de vida em pequenas comunidades de irmãos e irmãs.
Diante dessa realidade, a comunidade cristã busca a experiência de vida
com o mestre e traz ao cenário esta frase que conseguiu ser aceita como um
ditado popular: "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de
Deus". Portanto, desde o início da reflexão da comunidade está consciência
de que o Imperador não é Deus e nunca o será, porque Deus é amor, justiça,
igualdade ... valores ausente em qualquer império de qualquer época.
Com o passar do tempo o que é alternativo se transforma em oficial e se torna necessário retomar o caminho da criatividade, da renovação e da alternativa.
Com o passar do tempo o que é alternativo se transforma em oficial e se torna necessário retomar o caminho da criatividade, da renovação e da alternativa.
Atualmente não há imperadores que se apresentam como Deus, mas
encontramos certas estruturas religiosas monárquicas e imperiais que, longe de
refletir a vivência de comunhão entre irmãos e irmãs, pretende impor a
exploração dos pobres no melhor estilo do império. Por isso, ao ler este texto
a partir da mentalidade atual, temos que dizer profeticamente: "à
estrutura oficial religiosa o que lhe pertence" e "a Deus o que é de
Deus", isto é, "a Deus Pai e a seu Reino toda a nossa entrega e
fidelidade".
O Evangelho de Mateus com a sua força eclesiológica renovadora nos
impulsiona a trabalhar incansavelmente por uma igreja mais próxima da proposta
de Jesus, mais centrada nas pessoas, nas relações entre irmãos e menos pendente
da norma e da estrutura e cuja atenção não pode estar acima da justiça e da defesa dos pequenos, os
prediletos de Deus.
Oração comunitária: Ó Deus que fizeste o povo de Israel reconhecer a tua presença benevolente no rei Ciro, para além dos estreitos limites de sua própria etnia e religião, dá-nos também um horizonte aberto para reconhecer os muitos Ciros de outras religiões nos quais também podemos descobrir a sua presença oculta e bondosa. Por Cristo nosso único Senhor. Amém.
Oração comunitária: Ó Deus que fizeste o povo de Israel reconhecer a tua presença benevolente no rei Ciro, para além dos estreitos limites de sua própria etnia e religião, dá-nos também um horizonte aberto para reconhecer os muitos Ciros de outras religiões nos quais também podemos descobrir a sua presença oculta e bondosa. Por Cristo nosso único Senhor. Amém.
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