25 de Setembro Quinta - Evangelho - Lc 9,7-9
Bom dia!
Herodes estava curioso
por saber quem era esse homem que causava tanto alvoroço por onde passava. O
imagino se questionando: Quem então é esse homem de que falam tanto? “(…)
Herodes, o governador da Galiléia, ouviu falar de tudo o que estava acontecendo
e ficou sem saber o que pensar. Pois alguns diziam que João Batista tinha sido
ressuscitado, outros diziam que Elias tinha aparecido…”.
Imagino tantas pessoas
que querem conhecer Jesus e não o encontram, em contrapartida os “Herodes” que
precisam ser avisados sobre a presença de Jesus no mundo. Tenho então refletido
muito esses dias o discurso de Bento XVI aos bispos do nordeste (e do Brasil
também).
“(…) Diante deste
quadro emerge, por um lado, a clara necessidade que a Igreja católica no Brasil
se empenhe NUMA NOVA EVANGELIZAÇÃO QUE NÃO POUPE ESFORÇOS NA BUSCA DE CATÓLICOS
AFASTADOS BEM COMO DAQUELAS PESSOAS QUE POUCO OU NADA CONHECEM SOBRE A MENSAGEM
EVANGÉLICA, CONDUZINDO-OS A UM ENCONTRO PESSOAL COM JESUS CRISTO, VIVO E
OPERANTE NA SUA IGREJA”. (Bento XVI)
Há um povo curioso e
sedento de Deus, mas que não teve a oportunidade de reconhecê-lo ao seu lado,
no seu caminhar, em sua vida. Como o evangelho de domingo nos bem alerta,
talvez que nossa criatividade ou empenho não tenham sido do administrador
infiel quando se viu em uma enrascada e de fato também somos assim…
Esforçamo-nos em ter
Deus ao nosso lado quando estamos em apuros, mas facilmente o esquecemos quando
estamos numa posição privilegiada ou de conforto.
“(…) Todos somos
tentados como Cristo: tentados de voltar às costas a Deus Criador; de pararmos
diante das coisas para possuí-las; de querer dominar sobre os outros, de
colocar-nos no centro do mundo: pessoas e povos, caídos na tentação. Situações
de violência e prepotência onde um exaltado demonstra uma irreprimível vontade
de poder” (Dom Geraldo Majella)
Precisamos estar
atentos para não nos colocar a frente da graça como Herodes. Ele não tinha
intenção de matar João Batista, mas o fez para demonstrar que “manda” e muita
gente também não tem a intenção, mas afasta as pessoas de Deus. Muita gente a
frente de movimentos e pastorais e também por vezes sacerdotes, ministros,
seminaristas, (…) esquecem da ovelha perdida caso sua vontade pessoal não seja
feita, cumprida, realizada…
Grupos de jovens têm acabado,
mas ninguém se atenta; jovens tentam adentrar nos movimentos e pastorais, mas
não sabemos como falar com eles; conclui-se turmas de crisma, mas poucos
desejam ficar e os que ficam, sem preparo, já são incorporados a messe… Será
que nossos planos precisam de uma revisada ou recall?
Devemos valorizar o
que temos de mais precioso que é nossa tradição, mas temos dado muito mais
atenção a criticar aquele que proclamou gaguejando a primeira leitura do que
incentivá-lo a continuar. A igreja não precisa de músicos, mas é muito triste
sem eles, pois como diz o missal, eles também são comunidade.
A base de nossas
comunidades esta envelhecendo, pois poucos líderes estão sendo formados; poucos
seminaristas são suscitados por serem atraídos pelo mundo e não pelo encanto de
se levar a palavra de Deus, pois os nossos irmãos padres e catequistas também
precisam reaprender a encantar e talvez seja essa a grande mensagem implícita
no discurso de Bento XVI.
“(…) Dirigiu-se Jesus
ao templo. E, enquanto ensinava, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do
povo aproximaram-se e perguntaram-lhe: Com que direito fazes isso? Quem te deu
esta autoridade”? (Mateus 21, 23)
Hoje celebramos uma
pessoa que humildemente agüentou a calúnia. Que foi lembrado por muitos, não só
por suas palavras, por suas ações e por sua vida como um grande Santo. Que
Padre Pio sempre olhe por nós e leve nossos pedidos e clamores a Jesus.
Um imenso abraço
fraterno
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