SEGUNDA FEIRA DA 25ª SEMANA DO TC 22/09/2014
1ª Leitura Provérbios3, 27-34
Salmo14(15), 1b “Quem habitará em vossa montanha santa, ó Senhor”
Evangelho Lucas 8, 16-18
“O que está escondido deve ser manifestado”
Primeiro vamos beber o “aperitivo” da primeira leitura que coloca o
seu enfoque na virtude da generosidade e humildade de coração. Essas coisas
estão ocultas e ninguém sabe, olhando para nós, se somos generosos e humildes,
ou egoísta e arrogantes pois somente uma boa convivência com as pessoas nos
permite conhecê-las melhor pois elas se manifestam quem são, e o que trazem
dentro de si mesmas, nas atitudes que tomam para com os outros. Note-se que a
bondade aqui exortada no Livro dos Provérbios, é sempre algo dentro das nossas
possibilidades.
Olhando o salmo responsorial, facilmente se percebe que só entra na
casa do Senhor, isso é, vive em comunhão com ele, quem age para com o próximo
com essa generosidade e humildade exaltadas na primeira leitura. O Justo habitará
no monte santo do senhor, monte aqui nos lembra subida, ascese, e sobe até Deus
o justo que anda em seus caminhos, onde a conduta está bem delineada pela
liturgia e na verdade, o homem sobe até Deus quando este vem morar em seu
coração e isso tem sentido, já que somos imagem e semelhança de Deus, e na
medida em que damos ao próximo um forma amorosa de se relacionar com ele,
manifestamos esse Deus que está escondido dentro de nós de maneira misteriosa,
Deus está nas profundezas do universo e nas profundezas do ser humano que o
acolhe...
E assim, fica mais fácil entender quando Jesus fala neste
evangelho, de algo que está oculto e que será manifestado. Esconder que somos
de Deus, e a ele pertencemos, nos omitir da prática dos valores do evangelho e
não manifestar ao próximo a nossa generosidade e humildade, que brotam do
coração de Deus que está dentro de nós, é cobrir a lâmpada com uma vasilha, ou
colocá-la debaixo da cama.
Não é que sejamos totalmente bons, justos e santos, mas estamos a
caminho dessa plenitude que um dia virá, mas a temos dentro de nós, na Graça
Santificante e operante que um dia recebemos. E aqui fica uma boa pergunta
“Somos pessoas iluminadas? As pessoas se sentem bem perto de nós? Como somos
conhecidos, na família, no trabalho, na escola, na comunidade?” Se somos
amargos, azedos, irritantes, petulantes, egocêntricos, estamos refletindo
pontos de trevas e não a Luz Divina.
Daí o evangelho
acende uma luzinha de alerta: Está faltando em nós uma abertura á Palavra de
Deus e a sua Graça Operante e nesse caso, somos como uma velha casa, que embora
exposta ao calor e a luz do sol, encontra-se fechada e embolorada por dentro.
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