Bom
dia!
Se
recordarmos outro trecho do evangelho (o da Samaritana) poderemos criar um
desfecho equivocado a esse evangelho.
”(…)
Ora, devia passar por Samaria. Chegou, pois, a uma localidade da Samaria,
chamada Sicar, junto das terras que Jacó dera a seu filho José. Ali havia o
poço de Jacó. E Jesus, fatigado da viagem, sentou-se à beira do poço. Era por
volta do meio-dia. Veio uma mulher da Samaria tirar água. Pediu-lhe Jesus:
Dá-me de beber“. (João 4, 4-7)
Poderíamos
pensar: “não foram esses mesmos samaritanos que se converteram ao ouvir a
mulher falar de Jesus”? “não são eles que acolheram a mensagem e agora não
querem que Jesus passe por seu território”?
Nada
podemos afirmar se era a mesma região ou o mesmo povoado visto que a região da
Samaria era extensa e se assim for verdade cairia por terra nossa primeira
impressão de traição. Quem não imaginaria a cena e não se revoltaria com o
povo. Sem saber da plena verdade dos fatos criamos algo odioso chamado
pré-conceito.
É
claro que nossas convicções poderiam estar certas sobre o fato, mas nossos
esquemas pessoais sobre o mundo e sobre as pessoas precisam mudar. Precisamos
“adivinhar” menos!
Quem
nunca ouviu estórias e contos de pessoas simples, trajando roupas simples
entrarem em lojas e não serem atendidas, pois os vendedores “pensavam que era
perca de tempo”? Quem nunca ouviu também estórias de pessoas desprezadas aos
olhos comprarem a loja à vista?
Jesus
era um “problema”. Sua presença na região trazia a atenção dos poderosos e
influentes para onde estava e com quem falava. Quantos não foram interrogados
pelos mestres da lei após serem curados buscando um traço de mentira nos milagres
do homem de Nazaré? Muita gente não queria que Jesus as encontrasse, pois
tinham receio de serem vistos como um dos seus. Que o diga Nicodemos, José de
Arimatéia e outros que foram seus seguidores em silêncio
Muita
gente preferia admirá-lo de longe, sem se comprometer; viam talvez nele a
esperança, mas o medo as impedia de segui-lo. Reparem na seqüência imediata
desse evangelho que alguns desejam segui-lo mas ainda não conseguem abandonar o
velho regime. Cada qual a seu tempo, pois todos temos nossas limitações e
cárceres.
Esse
trecho antecede o envio dos discípulos (setenta e dois) de dois em dois pelas
regiões da Judéia. Jesus identifica o medo que os impedia de mudar sua vida,
mas não deseja que se exponham. “(…) O senhor quer que a gente mande descer
fogo do céu para acabar com estas pessoas? PORÉM JESUS, VIRANDO-SE PARA ELES,
OS REPREENDEU”.
O
Senhor talvez não desejasse que fossem julgados pelo medo (pré-conceito,
limitações pessoais) e sim pelas atitudes de fé e coragem. Na passagem
seqüencial que manda que os setenta e dois aos vilarejos, propõe uma mudança de
atitude: o medo deve dar lugar a paz! Uma pequena porta que se abre para a
acolher a Jesus torna-se maior que os pecados e erros de outrora.
Talvez
essa narrativa explique por que tanta gente cantou aquela música “faz um
milagre em mim”.
“(…)
Entra na minha casa. Entra na minha vida. Mexe com minha estrutura; Sara todas
as feridas. Me ensina a ter Santidade; Quero amar somente a Ti, Porque o Senhor
é o meu bem maior, Faz um Milagre em mim”
Muita
gente que também o ama em segredo com medo de se expor. Somos muito mais que
setenta e dois, levemos a paz!
Um
imenso abraço fraterno.
Louvado Seja Deus para sempre. Amém! Caro irmão em Cristo Jesus. Apenas quero deixar uma reflexão a partir da última mensagem que você colocou em forma de música (não sei quem é o autor da mesma). “(…) Entra na minha casa. Entra na minha vida. Mexe com minha estrutura; Sara todas as feridas. Me ensina a ter Santidade; Quero amar somente a Ti, Porque o Senhor é o meu bem maior, Faz um Milagre em mim”. É muito bonita a letra, mas há um problema teológico numa parte que diz: "Quero amar somente a Ti". Aqui está o erro, pois, para nós cristão não basta amar SOMENTE a Deus se eu não sou capaz de amar o PRÓXIMO. O princípio e/ou fundamento do cristianismo é AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO (cf. Mc 12,30-31). Portanto, a questão se refere na classe gramatical do advérbio SOMENTE. Obrigado e fica com Deus. Um forte abraço.
ResponderExcluirO texto está maravilhoso, quem ama a Deus ama seu próximo.
ResponderExcluirPaz e bem!