12 de Novembro-Quarta - Evangelho - Lc 17,11-19
A lepra,
doença que no decorrer do tempo, deformava as pessoas que naquela época em que Jesus
andava pela terra, causava a morte de muita gente. Doença silenciosa; ainda
existe neste nosso mundo. Atinge as pessoas sem que estas percebam. Ela causa
uma insensibilidade na pele no início e, por não sentir no contato, nem calor e
nem frio, mesmo muito quente ou muito gelado. Devido a isso, quando a pessoa se
machuca, não percebe e, começa aí, um processo infeccioso que vai apodrecendo o
tecido, causando muitas deformações, deixando um mau aspecto para quem o observa. Por isso,
naquele tempo, os leprosos (como os chamavam), eram terrivelmente discriminados
e colocados à margem do meio em que viviam, existindo para tanto locais bem
distantes, onde eles eram execrados, aguardando a morte e, lá mesmo, se
consumindo. Quando tinham necessidade de ir à cidade, eram obrigados a passar
por locais pré-determinados, a fim de não contaminarem as outras pessoas e,
levando consigo um sino que iam tocando e gritando: – “está passando um
leproso”.
Hoje esse mal, embora ainda exista, graças a Deus e a ciência está
controlado e chama-se “hanseníase” ou mal de Hansen. Esperamos que Deus ilumine os
nossos cientistas a fim de que consigam tratamentos capazes de erradicar,
acabar de vez com esse mal na sociedade mundial. A passagem do Evangelho, nos
fala que Jesus caminhava para Jerusalém e,
dez leprosos que passavam à distância, começaram a gritar : “Senhor, Senhor,
cura-nos da lepra que nos está consumindo.” (imaginemos o que eles deviam ter
sofrido para chegarem até ali, se tudo lhes era proibido e negado até o direito
de viver?) E, Jesus, volta-se para eles e diz: – “Ide apresentar-vos ao
sacerdote”. E eis que ao crerem na palavra de Jesus, começaram a caminhar e
ficaram totalmente curados, com a pele do corpo totalmente limpa da doença e a
saúde perfeita. Quando Jesus lhes disse para irem ao sacerdote, é porque só ele
poderia liberá-los para que fossem reintegrados à vida em sociedade, estando totalmente
curados. Jesus ia continuar a caminhada, quando um daqueles que foram curados,
justamente um samaritano (povo que não aceitava Jesus), volta correndo,
gritando e glorificando o Senhor pelo
milagre conseguido e joga-se aos pés de Jesus, com o rosto em
terra. Jesus olha para ele e, voltando-se para os que o seguiam, diz: –
“Não foram dez os curados? Onde estão os outros nove? Só este estrangeiro
voltou para agradecer? Levanta-se,
vai pelo teu caminho, a tua fé te salvou.”
Quantas vezes nós, cada um com as suas doenças e problemas, imitamos esses homens cheios de defeitos
e erros; cheios de orgulho e vaidades; vivendo brigados dentro das nossas
próprias famílias, com raiva e até ódio às vezes, criando na nossa vida “uma
lepra” que destrói a alma e, quando nos encontramos com a Verdade e queremos
retomar a vida normal, a vida que nos realiza como filhos e filhas do Criador;
rogamos e imploramos que Ele nos salve e. . . Ele salva! Voltamos para
agradecer como fez aquele leproso? Ou fazemos como os nove que foram embora sem
agradecer? Acostumemo-nos a fazer, sempre que estivermos à beira de falarmos ou
fazermos coisas que nos afastam dos caminhos do Senhor, uma revisão de vida e
percebermos o quanto somos felizes, mesmo com as dificuldades que todos temos.
É importante observarmos em cada reflexão, que não é Deus que nos dá as
doenças, os problemas e tantas outras coisas que nos afligem durante a nossa
caminhada na terra. Ele só quer o nosso bem; Ele nos criou para sermos infinitamente felizes. Nós é
que criamos ou outros nos criam tudo aquilo que nos afligem.
Deus é Amor e o Amor é a essência do bem e, portanto, jamais comungará com a maldade, com o
erro, com a desgraça, com o castigo ou qualquer ato que contradiga as suas
qualidades.
Pai, que o meu coração, repleto de fé,
reconheça Jesus como a mediação de todas as graças e favores que recebo de ti.
Nenhum comentário:
Postar um comentário