21 de Outubro -
Terça -Evangelho - Lc 12,35-38
Na pregação apostólica, um dos principais
conteúdos era a proximidade da Parusia, ou seja, da volta iminente de Jesus
para o Juízo Final.
Diante da correria diária, trabalho, serviços,
estudos e outras atividades que fazem parte de nossas vidas, ficam às vezes
impossíveis ou esquecidos nosso momento de intimidade com o Senhor. Intimidade,
aqui não queremos que você entenda somente o ouvir uma música religiosa,
fazer leitura bíblica, mas sim, converter à Eucaristia, à Adoração, ao estudo
da Palavra, à reza do terço em ações concretas do nosso dia-a-dia. Pois o
Senhor nos diz: felizes
os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Esse
manter-se acordado estende-se ao serviço, seja em casa, na escola, seja na
fábrica, no escritório, na sua Paróquia, na comunidade dentro da sua pastoral
ou ministério, seja em que lugar for. Temos de servir e trabalhar naquilo para
o qual o Senhor nos chamou. Somos discípulos e missionários de Jesus Cristo com
uma missão específica. É fundamental que cada um descubra qual é a missão pela
qual Deus o chamou. A propósito, você já descobriu o seu lugar na Paróquia, na
comunidade? É fundamental que você saiba qual é o seu lugar e função aí para
que Deus lhe fale ao coração. O Senhor nos pede que fiquemos com os rins cingidos
e as lâmpadas acesas. Como estão os teus rins e os teus olhos espirituais? Como
você tem se mantido: em estado de alerta, ou seja, em estado de graça ou
relaxado como cristão? Você já tem experimentado a comunhão com Deus pelos
sacramentos e a oração? Você se sente feliz por isso? Você tem medo de ser
chamado por Jesus?
Lembre-se que a virtude da vigilância é por si
mesma, uma atitude escatológica a aguardar constantemente o retorno do Senhor.
Os servos vigilantes, a representar os membros da comunidade eclesial, são
felizes porque o próprio Senhor, por ocasião de seu advento, fará a função de
servo, cingindo-os e colocando-os à mesa.
A vigilância escatológica é a virtude de quem
aguarda o fato derradeiro. Por isso, o Filho do Homem que há de vir sobre as
nuvens dos céus (Dn 7,13), por ocasião da Parusia, assemelha-se ao ladrão que
não avisa a hora do assalto. A vigilância supõe e exige um estado constante de
preparação para o juízo escatológico, colocando os fiéis de Cristo em estado
permanente de crise, de modo especial, aqueles que têm a missão de anunciar o
Reino à semelhança do administrador fiel e prudente. Neste caso, a escatologia
possui uma dimensão presente e eclesial, pois o juízo definitivo supõe a
avaliação das atividades atuais dos fiéis, mediante as penas impostas pelo
Senhor. A provação dos últimos tempos acentua a responsabilidade histórica do
cristão, sobremaneira agradecido pelos bens messiânicos: a quem muito se deu e
foi confiado, muito será pedido e reclamado.
Por tudo quanto dissemos o importante é não se
desviar, não se distrair. É manter-se sempre alerta, acordado, e esperar até o
final pela segunda vinda gloriosa do nosso Senhor Jesus Cristo. Feliz és tu se
assim estás procedendo! Porque o próprio Senhor passando te servirá, como fez
na Última Ceia, com seus Apóstolos.
Pai, somente em ti quero centrar as minhas
opções mais profundas, para não permitir que o egoísmo tome conta do meu
coração e me afaste de ti.
Nenhum comentário:
Postar um comentário