13 de Novembro-Quinta - Evangelho - Lc 17,20-25
Jesus não apresenta o Reino de Deus como algo
fantástico nem exuberante. Suas palavras são profundas e simples: o Reino de
Deus está entre vós.
No Novo Testamento a palavra grega traduzida por reino é basileia, que
não se refere a um lugar específico, mas ao domínio de um soberano. Nos
Evangelhos, Jesus usou essa palavra mais de 100 vezes. Alguns requisitos
fundamentais para fazermos parte deste reino é obediência total à vontade de
Deus e a consciência da dependência que temos d’Ele. Nós não faremos parte
deste reino apenas no fim dos tempos ou quando morrermos. O Reino dos Céus está
disponível a qualquer pessoa nesse momento. Porque, Deus, em seu imensurável
amor, ofereceu seu próprio Filho para sofrer em nosso lugar as consequências
dos nossos pecados e assim restaurar todas as coisas. Em Jesus, o Céu e a Terra
são novamente unidos, isto é, seu reino é estabelecido sobre toda a criação.
Fazendo-nos conhecer o mistério da sua
vontade, segundo o seu beneplácito, que nele propôs para a dispensa da
plenitude dos tempos, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, tanto as
que estão nos céus como as que estão na terra, como bem no-lo descreveu São
Paulo aos efésios (1,9-10).
Somente com a vinda de Jesus se tornou possível
estabelecer o Reino de Deus na Terra. O reino que Jesus veio inaugurar no mundo
não pertence a esse gênero; ele consiste em abater as barreiras do egoísmo, do
ativismo, da exploração, para fazer de todos os homens uma só família de filhos
de Deus. E a Igreja, desde a sua fundação, não tem feito outra coisa senão
cumprir este mandato: Que todos sejam um no Pai, no Filho e no Espírito Santo.
A Lei e os Profetas vigoraram até João; desde
esse tempo, vem sendo anunciado o Evangelho do Reino de Deus, e é fundamental
que todo homem se esforce por entrar nele. A partir de Jesus, a humanidade
passou a ter acesso a uma dimensão espiritual tão diferente que Jesus afirmou:
Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu outro maior do
que João, o Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que
ele. Jesus, o primogênito de Deus, demonstrou a autoridade que um filho de Deus
tem sobre a Terra.
Nós fomos feitos também filhos, por adoção, e
podemos ter intimidade com nosso Papai. Em Jesus recebemos autoridade sobre
todo o mal. Maior é aquele que está em nós do que o que está no mundo. Nós
fomos tirados do domínio das trevas e transportados para o seu Reino e agora
estamos em luta contra as trevas. Ele afirmou que faríamos as mesmas obras que
ele fez, e ainda maiores se permanecermos n’Ele e com Ele (Jo 14,12).
E na oração do Pai Nosso, ao dizer venha o teu reino; seja feita a
tua vontade, assim na terra, como no céu, Jesus
deixou claro o seu desejo de expandir o Reino de Deus sobre a Terra. Portanto,
esse deve ser o meu e o teu desejo, acima de tudo. Devemos buscar em primeiro
lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas lhes serão
acrescentadas. Pois que como o mundo está dominado pelo maligno, o avanço do
Reino de Deus significa o retrocesso do Reino das Trevas. Nada que seja
contrário ao plano de Deus pode permanecer. No Reino de Deus não há pecado,
doenças e nem morte.
A oportunidade de desfrutar do Reino está
aberta para todas as pessoas, porém, a porta de entrada é o arrependimento (Mt
4,17). Muitas vezes o orgulho e a falsa religiosidade nos impedem e nos
distanciam dele. Mas Jesus continua dizendo: o Reino de Deus está entre vós. O
Reino de Deus é expandido com a manifestação de Jesus pelo Espírito Santo
através da Igreja.
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