24 de Setembro - Quarta - Evangelho - Lc 9,1-6
Bom dia!
Deus nos chama a
sermos discípulos e emissários do reino, mas que reflexão faço da minha
evangelização? O quanto nós católicos nos imbuímos dessa missão?
Não vou falar das
outras religiões, mas sim das pessoas que perdemos de vista, muitas vezes por
nossa fraqueza (em argumentos, atitudes e gestos) em transmitir a mensagem da
Boa Nova. Se Jesus enviou o seus, com toda confiança e autoridade até as
pessoas, por que essa confiança esfriou? O que precisa ser revisto?
Recentemente Bento XVI
em um discurso aos Bispos da Regional Nordeste 3, mas creio que sirva para
todos nós, fala dessas “percas” como um processo provocado pelas alternativas
no mundo, mas que fora aumentado talvez pela a nossa falta de tato e de leitura
de mundo.
“(…) os batizados não
suficientemente evangelizados são facilmente influenciáveis, pois possuem uma
fé fragilizada e muitas vezes baseada num devocionismo ingênuo, embora, como
disse, conservem uma religiosidade inata. Diante deste quadro emerge, por um
lado, a clara necessidade que a Igreja católica no Brasil se empenhe NUMA NOVA
EVANGELIZAÇÃO QUE NÃO POUPE ESFORÇOS NA BUSCA DE CATÓLICOS AFASTADOS BEM COMO
DAQUELAS PESSOAS QUE POUCO OU NADA CONHECEM SOBRE A MENSAGEM EVANGÉLICA,
CONDUZINDO-OS A UM ENCONTRO PESSOAL COM JESUS CRISTO, VIVO E OPERANTE NA SUA IGREJA”.
(Bento XVI)
Esse trecho me faz
pensar se é mesmo necessário brigar com a equipe de liturgia, com os cantores,
com os leitores, que apesar de todo cuidado, algo ter saído dos “conformes” na
missa; fico a pensar se o discurso ou homilia ou reflexão focada na política,
nas broncas, nas duras palavras tem sentido se apenas dez por cento da mensagem
falada é absorvida; fico a pensar se ser igreja é esperar que o cristão venha
para nossos grupo, pastoral ou movimento omitindo-se de “enxergá-lo quando não
pertence “aos meus”?
Sim! Precisamos rever
nossas práticas na prática.
“(…) E o proprietário
admirou a astúcia do administrador, porque os filhos deste mundo são mais
prudentes do que os filhos da luz no trato com seus semelhantes”. (Lucas 16, 8)
A igreja, que somos
nós, não precisa se adequar as pessoas por completo, pois seria impossível se
ajustar a tantos quereres e individualidades, mas precisa focar no que é
importante. Preciso deixar para trás o que não edifica, pois nessa jornada o
que precisamos é APENAS levar a mensagem. “(…) Nesta viagem não levem nada: nem
bengala para se apoiar, nem sacola, nem comida, nem dinheiro, nem mesmo uma
túnica a mais. Quando vocês entrarem numa cidade, fiquem na casa em que forem
recebidos até irem embora daquele lugar”.
Ainda haverão
exortações, palavras pesadas e cheias de verdade (é muito importante que nunca
deixem de existir), mas parece que aos poucos a figura do cristão, seja ele
sacerdote, bispo, catequista, (…) que “desce o reio” mas não sabe também acolher
tem seus dias contados.
Sua Santidade diz uma
grande verdade sobre nossa fé ser basicamente devocional, característica de um
povo que quer ouvir a voz de um pastor e não um guerreiro.
Ter muito o que
caminhar e a missão apenas começou. “(…) Os discípulos então saíram de viagem e
andaram por todos os povoados, anunciando o evangelho e curando doentes por
toda parte”.
Um imenso abraço
fraterno
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