21 de Março-2020
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segunda-feira, 16 de março de 2020
-A ORAÇÃO DO ORGULHOSO E DO HUMILDE-José Salviano.
Evangelho – Lc 18,9-14
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Primeira Leitura-Oseias
6,1-6
Vinde, e tornemos ao SENHOR, porque ele
despedaçou, e nos sarará; feriu, e nos atará a ferida.
Muito embora no Antigo
Testamento o nosso Deus aceitava a
oferta em holocaustos, com o sacrifício dos animais, o profeta Oséias já anunciara o que Jesus
depois confirmou. O desejo do Pai, a sua preferência pela caridade no lugar do sacrifício.
Salmo 51
Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua
benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.
Este é o nosso pedido de perdão
pelos nossos pecados cometidos
diariamente. Pecados que se
tornaram vícios, e nós os repetimos quase que maquinalmente.
Mais o importante, é que nesse tipo de pecado,
geralmente não arrastamos ninguém para pecar conosco.
Confiemos, pois na misericórdia
divina, e rezemos o Salmo 51 diariamente
antes de dormir.
Evangelho
E
disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram
justos, e desprezavam os outros:
REFLEXÃO
Nesta parábola Jesus nos mostra dois perfis: O do orgulhoso
fariseu, e do humilde publicano.
O fariseu orgulhoso e cheio de si, se considerando um homem puro,
se apresenta diante de Deus em sua oração, como um homem impecável, um cidadão
a toda prova, puro, sem nenhum pecado.
E como todo orgulhoso, ele não precisa de ninguém, pois ele é
autossuficiente. Por tanto, ele evita a comunicação com os demais,
principalmente os humildes e fracos, ele não se mistura com os serviçais, com a
ralé. Também ele pensa que não precisa de Deus para nada. Partindo do princípio
que tem muitos recursos materiais, Deus para ele não significa nada. Pois os
seus problemas são facilmente resolvidos pelo dinheiro. Ele paga, ele apaga
pessoas e não lhe acontece nada. Ele compra, não somente coisas materiais, como
também pessoas para ficarem do seu lado, para lhe defender, para lhe fazer a
vontade, enfim, para muitas coisas.
Humildade? Nem pensar. Pois ser humilde é uma característica dos
pobres, dos perdedores, dos fracos. E ele, sendo um vencedor, tem mais é de ser
orgulhoso.
Caridade? De jeito nenhum. Pois o seu lema é cada um pra si. E quem
puder mais chora menos.
O orgulhoso, no caso daquele fariseu, se achava um homem puro e
santo, por tanto, sem nenhum pecado. Porém, como se sabe, o fariseu era um dos
mais pecadores dos homens, principalmente pelo fato de se achar sem nenhum pecado.
Já o publicano, reconhecido publicamente como um pecador, pois ele
cobrava impostos para os romanos então dominadores daquela região, ajoelhado lá
no último lugar, ele pede a Deus que tenha piedade dele pois se reconhecia um grande pecador.
Caríssimas e caríssimos. Precisamos tomar muito cuidado para que
isso não nos aconteça. Muitas vezes, podemos ter a sensação de que somos
poderosos, não somente na vida social, como também na nossa vida religiosa,
pelo fato de sermos ministros a serviço do Reino de Deus.
E então podemos relaxar na oração, no zelo pela espiritualidade, e
é por aí que a casa cai. Pois se nos afastamos de Deus, tudo vai ficar muito
difícil na nossa vida pessoal e no nosso trabalho pastoral, ou missionário.
Nós podemos desprender o maior esforço para estudar a palavra, para
evangelizar do melhor modo possível, para mudar este mundo sem Deus. Porém, se
Jesus não fizer parte da nossa vida pra valer, se não escutamos a sua voz que
fala conosco várias vezes durante o dia, se não botamos em prática a sua
palavra e as suas orientações diárias, o nosso esforço não terá nenhum êxito.
Prezados irmãos e irmãs. O sucesso do nosso trabalho
catequético-missionário, não depende somente do nosso esforço pessoal e humano,
mas sim, da presença viva de Cristo em nós, dentro de nós, na nossa alma, no
nosso pensamento dominante.
Religião é vida. É preciso primeiro viver o Cristo para em seguida
levar este mesmo Cristo aos nossos irmãos!
Tenha um bom dia. José Salviano
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