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segunda-feira, 16 de março de 2020

-A ORAÇÃO DO ORGULHOSO E DO HUMILDE-José Salviano.


21 de Março-2020

Evangelho – Lc 18,9-14

 

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Primeira Leitura-Oseias 6,1-6

Vinde, e tornemos ao SENHOR, porque ele despedaçou, e nos sarará; feriu, e nos atará a ferida.
Depois de dois dias nos dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará, e viveremos diante dele.
Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.
Que te farei, ó Efraim? Que te farei, ó Judá? Porque a vossa benignidade é como a nuvem da manhã e como o orvalho da madrugada, que cedo passa.
Por isso os abati pelos profetas; pelas palavras da minha boca os matei; e os teus juízos sairão como a luz,
Porque eu quero a misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos.

REFLEXÃO

Muito embora  no Antigo Testamento  o nosso Deus aceitava a oferta em holocaustos, com o sacrifício dos animais,  o profeta Oséias já anunciara o que Jesus depois confirmou. O desejo do Pai, a sua preferência pela  caridade no lugar do sacrifício. 

 

Salmo 51

 

Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.
Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado.
Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.
Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista, para que sejas justificado quando falares, e puro quando julgares.
Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.
Eis que amas a verdade no íntimo, e no oculto me fazes conhecer a sabedoria.
Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais branco do que a neve.
Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que gozem os ossos que tu quebraste.
Esconde a tua face dos meus pecados, e apaga todas as minhas iniqüidades.
Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto.
Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo.
Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário.
Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão.
Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua louvará altamente a tua justiça.
Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca entoará o teu louvor.
Pois não desejas sacrifícios, senão eu os daria; tu não te deleitas em holocaustos.
Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.
Faze o bem a Sião, segundo a tua boa vontade; edifica os muros de Jerusalém.
Então te agradarás dos sacrifícios de justiça, dos holocaustos e das ofertas queimadas; então se oferecerão novilhos sobre o teu altar.

REFLEXÃO

Este é o nosso pedido de perdão pelos nossos pecados cometidos  diariamente.  Pecados que se tornaram vícios, e  nós os repetimos  quase que maquinalmente.

Mais  o importante, é que nesse tipo de pecado, geralmente não arrastamos ninguém para pecar conosco.

Confiemos, pois na misericórdia divina, e rezemos  o Salmo 51 diariamente antes de dormir.

 

Evangelho

 

E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros:
Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano.
O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano.
Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo.
O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!
Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.

 

REFLEXÃO

 

Nesta parábola Jesus nos mostra dois perfis: O do orgulhoso fariseu, e do humilde publicano.

O fariseu orgulhoso e cheio de si, se considerando um homem puro, se apresenta diante de Deus em sua oração, como um homem impecável, um cidadão a toda prova, puro, sem nenhum pecado.

E como todo orgulhoso, ele não precisa de ninguém, pois ele é autossuficiente. Por tanto, ele evita a comunicação com os demais, principalmente os humildes e fracos, ele não se mistura com os serviçais, com a ralé. Também ele pensa que não precisa de Deus para nada. Partindo do princípio que tem muitos recursos materiais, Deus para ele não significa nada. Pois os seus problemas são facilmente resolvidos pelo dinheiro. Ele paga, ele apaga pessoas e não lhe acontece nada. Ele compra, não somente coisas materiais, como também pessoas para ficarem do seu lado, para lhe defender, para lhe fazer a vontade, enfim, para muitas coisas.

Humildade? Nem pensar. Pois ser humilde é uma característica dos pobres, dos perdedores, dos fracos. E ele, sendo um vencedor, tem mais é de ser orgulhoso.

Caridade? De jeito nenhum. Pois o seu lema é cada um pra si. E quem puder mais chora menos. 

O orgulhoso, no caso daquele fariseu, se achava um homem puro e santo, por tanto, sem nenhum pecado. Porém, como se sabe, o fariseu era um dos mais pecadores dos homens, principalmente pelo fato de se achar sem  nenhum pecado.

Já o publicano, reconhecido publicamente como um pecador, pois ele cobrava impostos para os romanos então dominadores daquela região, ajoelhado lá no último lugar, ele pede a Deus que tenha piedade dele pois  se reconhecia um grande pecador.

Caríssimas e caríssimos. Precisamos tomar muito cuidado para que isso não nos aconteça. Muitas vezes, podemos ter a sensação de que somos poderosos, não somente na vida social, como também na nossa vida religiosa, pelo fato de sermos ministros a serviço do Reino de Deus.

E então podemos relaxar na oração, no zelo pela espiritualidade, e é por aí que a casa cai. Pois se nos afastamos de Deus, tudo vai ficar muito difícil na nossa vida pessoal e no nosso trabalho pastoral, ou missionário.

Nós podemos desprender o maior esforço para estudar a palavra, para evangelizar do melhor modo possível, para mudar este mundo sem Deus. Porém, se Jesus não fizer parte da nossa vida pra valer, se não escutamos a sua voz que fala conosco várias vezes durante o dia, se não botamos em prática a sua palavra e as suas orientações diárias, o nosso esforço não terá nenhum êxito.

Prezados irmãos e irmãs. O sucesso do nosso trabalho catequético-missionário, não depende somente do nosso esforço pessoal e humano, mas sim, da presença viva de Cristo em nós, dentro de nós, na nossa alma, no nosso pensamento dominante.

Religião é vida. É preciso primeiro viver o Cristo para em seguida levar este mesmo Cristo aos nossos irmãos!

 

Tenha um bom dia. José Salviano

 












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