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quinta-feira, 19 de março de 2020

JESUS, LUZ DO MUNDO – Maria de Lourdes Cury Macedo.



Domingo, 22 de março de 2020.
Evangelho de Jo 9, 1-41.


Hoje, quarto domingo do tempo Quaresmal é conhecido, chamado de domingo da “alegria”, toda a liturgia nos convida a experimentar uma alegria profunda, um grande prazer pela proximidade da Páscoa da Ressurreição de Cristo. A liturgia desse domingo faz-nos mergulhar em nossa própria escuridão, para podermos perceber a claridade da luz que vem de Jesus, vencedor da morte e do pecado. O Senhor abre os nossos olhos para acolher e reconhecer a sua presença que nos faz passar das trevas à luz, assim, renovamos hoje o nosso Batismo, que pela fé vamos nos abrir cada vez mais para os mistérios de Deus.
Depois do encontro com a samaritana, Jesus sai do templo e encontra-se com um cego de nascença. Tomado de compaixão, de misericórdia, Jesus faz barro com sua saliva e terra, coloca sobre os olhos do cego e fala para ele lavar-se na piscina de Siloé, que quer dizer “enviado” e o cego fica curado. Com esse simples rito, Jesus abriu os olhos do cego.
O cego representa o povo explorado e oprimido pelos seus dirigentes. Ele nasceu cego, nunca vira a luz, portanto era totalmente dependente. Jesus vê nessa cegueira a oportunidade para manifestar o poder e a ação de Deus, que ama indistintamente a todos, principalmente os sofredores, os pobres. Os olhos do cego iluminam, se abrem e todos ficam admirados, perplexos diante da cura, do acontecimento.
No tempo de Jesus era comum entre o povo a opinião de que todos os males, doenças, etc. eram provenientes de algum pecado porque naquele tempo não tinha ainda explicação para o sofrimento, doenças. Baseado nessa crença os discípulos de Jesus perguntaram para Ele quem havia pecado. “Quem pecou para que nascesse cego: ele ou seus pais?” Jesus respondeu: “Nem ele, nem seus pais pecaram”.
Jesus Cristo, através da cura do Cego de nascença, dá a conhecer aos homens seu poder e sua misericórdia. Jesus veio ao mundo para manifestar aos homens, por suas palavras e ações, a vontade do Pai, que é a salvação de toda a humanidade. Mas o povo não queria acreditar em Jesus por conhecerem seus pais, a cidade onde morava, sua vida simples de carpinteiro como José seu pai, por isso Ele precisava fazer milagres para que todos vissem nele o Messias esperado, desejado há séculos.
O milagre que Jesus fez para o cego de nascença deu a Ele a oportunidade de mostrar para o povo o seu poder e assim o povo poderia acreditar em suas palavras e em sua missão de Salvador, enviado pelo Pai. Para salvar a humanidade do pecado, foi que Jesus veio.
Jesus mandou que o cego lavasse na piscina de Siloé, que significa em hebraico: “Enviado ou Emissário”. Notemos a semelhança, o cego para recuperar a visão, precisou lavar-se, por ordem de Jesus, na piscina chamada “Enviado”, e começa a ver! A humanidade, para poder “ver” as obras maravilhosas de Deus, seu plano de salvação e felicidade, precisa também banhar-se no “Enviado do Pai” - Jesus. O cego curado por Jesus é um símbolo da humanidade iluminada por Cristo, que tem fé, que o ama, que acredita n’Ele.
Os judeus viram o cego curado, mas duvidaram. Tentaram até negar o fato, perguntando várias vezes ao cego, que teve que contar e recontar o fato de como recuperou a vista. Não acreditaram... Falaram com os pais do moço, que por medo, deixaram a responsabilidade toda para o filho... Os fariseus não conseguindo negar o milagre, tentam atribuí-lo ao demônio: “Este homem não vem de Deus, pois não observa o sábado”, porque a cura foi no sábado. Os fariseus não acreditam no testemunho do cego e o expulsam da cidade.  A cegueira dos judeus era muito mais profunda que a do cego de nascença.
Jesus ficou sabendo do ocorrido e foi ao encontro do cego curado e perguntou-lhe: “Acredita no Filho do Homem? Respondeu ele: Quem é Ele, Senhor, para que eu creia n’Ele? Jesus disse: Tu O está vendo; é aquele que está falando contigo. Exclamou ele: Eu creio Senhor!”
Jesus Cristo, por meio da cura do Cego de nascença, dá a conhecer aos homens seu poder, seu amor e sua misericórdia. Com esse sinal Jesus nos recorda que, além dos olhos físicos, há outros olhos que devem abrir-se ao mundo, são os olhos da fé! A fé nos permite enxergar além da realidade palpável, material – o mistério de Deus, a vida eterna, a Boa-Nova do Reino. A fé cristã é acreditar em Jesus, nosso Senhor e Salvador. É aderir a Ele, se comprometer com Ele e seu evangelho de amor.
Depois que os nossos primeiros pais pecaram no paraíso, nós, a humanidade caminhava nas trevas, na posse do demônio, foi Jesus que nos arrancou das trevas do pecado e nos trouxe à luz, nos levou ao encontro da Verdade.  Devolveu-nos a dignidade e santidade de filhos e filhas de Deus, com sua morte na cruz, com seu santo e precioso sangue e fez-nos renascer das águas do Batismo. Jesus veio ao mundo para tirar o pecado do mundo. Recebemos a fé no Batismo para nos tornarmos luz no mundo e refletir para os irmãos a grande Luz que é Jesus.
À luz da fé, encontramos respostas para as nossas dúvidas, a fé não nos deixa esmorecer no nosso caminhar, mesmo nos momentos difíceis, tristes, sombrios, continuamos a confiar em Deus e em seu plano de amor por todos nós.
  No inicio do Evangelho de hoje aparece a indagação se a cegueira daquele moço era causada pelo pecado da própria pessoa ou de seus pais. Mas no fim do Evangelho encontramos a resposta de que a cegueira espiritual é realmente consequência do pecado e não a cegueira física. Vamos pedir ao Senhor que permita que nossos olhos vejam o mundo com os olhos de Jesus, que diz: “Eu Sou a luz do mundo”.

Abraços em Cristo!
Maria de Lourdes



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