17- de julho- Sexta - Evangelho - Mt 12,1-8
O IMPERATIVO DA VIDA
Jesus foi firme ao rebater as críticas dos
fariseus quando viram os discípulos colhendo espigas de trigo e comendo-as, em
dia de sábado. Para os fariseus, este fato configurava-se como um aberto
desrespeito à Lei. E, pior ainda, praticado com a anuência do Mestre Jesus.
Algo de errado estava acontecendo: alguém, pensando ensinar em nome de Deus,
mostrava-se incapaz de respeitar uma Lei dada pelo mesmo Deus. Daí podia-se
concluir, sem perigo de errar, que Jesus não vinha da parte de Deus.Entretanto, este desrespeito à Lei de Deus era só aparente. Jesus estava em perfeita comunhão com Deus ao concordar que, quem estivesse com fome, podia encontrar um meio de saciá-la, mesmo atropelando uma Lei religiosa. O imperativo da vida estava perfeitamente de acordo com a vontade de Deus. Errado seria obrigar os discípulos do Mestre a desfalecer pelo caminho, embora tivessem alimento à mão, só porque a colheita estava no rol das atividades proibidas em dia de sábado.
O gesto de Jesus teve um antecedente no Antigo Testamento, na pessoa de Davi. Fugindo da perseguição de Saul, chegara faminto a um santuário, cujo sacerdote, na falta de outro pão, ofereceu ao fugitivo o pão consagrado, que só aos sacerdotes era permitido comer. Gesto sensato, pois o pão consagrado destinava-se a garantir a vida de um ser humano. Portanto, a atitude do sacerdote foi plenamente agradável a Deus. O mesmo aconteceu com Jesus!
Oração
Espírito de flexibilidade, que eu não seja contaminado pela subserviência à Lei, sabendo que, para Deus, o imperativo da vida é mais importante.
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