14
de Outubro - Terça - Evangelho
- Lc 11,37-41
Bom
dia!
Vamos
começar essa reflexão com que propõe a CNBB:
“(…)
O Evangelho que nos é proposto para a reflexão a partir da liturgia de hoje é
altamente questionador no que diz respeito à nossa fé e à nossa vivência
religiosa. Para quem crê verdadeiramente, o importante não é a prática
exterior, pois esta prática só encontra seu verdadeiro sentido quando é uma
expressão do que realmente se crê e se vive, caso contrário, caímos na
insensatez: celebramos o que não vivemos nem construímos, e revelamos valores
que não são nossos, nem são importantes para nós. O Evangelho de hoje exige de
nós coerência entre o que celebramos e o que vivemos, para que as nossas
celebrações não sejam ritos vazios e estéreis, mas espírito e verdade”.
(reflexão proposta pelo site da CNBB)
Estamos
em missão e isso nos remete ao verbo “ir”. Isso inclui IR dentro de nós mesmos
também.
Um
dos nossos freis recentemente trouxe uma frase de são Francisco de Assis para
trazermos o verdadeiro sentido de estar em missão: “Pregue o Evangelho em todo
tempo. Se necessário, use palavras”.
Usamos
muito as palavras e elas por vezes nos condenam. Falar bem não quer dizer sinal
ou grau de conversão, pois existem pessoas simples de falas simples cujo
exemplo de vida é mais encantador que as palavras que saem da boca do homem
(mulher) demagogo (a).
Talvez
o que mais precise ser mudado por dentro são as atitudes que temos e
respondemos perante aos irmãos, em especial aqueles que nos perseguem pela
fala, das calunias e das difamações. É um exercício tremendamente complicado
abandonar o sentimento natural de responder ao que nos ofende e ao invés disso,
trocá-lo pela oração por este que insiste em não crescer.
“(…)
Não faleis mal dos outros, irmãos. Quem fala mal de seu irmão ou o julga, fala
mal da Lei e julga-a. Ora, se julgas a Lei, não és cumpridor da Lei, mas sim,
seu juiz. Um só é o legislador e juiz: aquele que é capaz de salvar e de fazer
perecer. Tu, porém, quem és, para julgares o teu próximo”? (Tiago 4, 11-12)
Não
querem crescer? Sim!
Alguém
que se apega ao mal, a inveja, ao orgulho, ao rancor, (…) perpetua traços
infantis em si próprios. Esses gestos são comuns a todo ser humano, mas revelam
o quanto somos ainda imaturos as decepções ou aquilo que não conseguimos ainda
ser e ter. Muita gente se apega a pequenos detalhes na vida e conduta dos
outros como forma de ter algo melhor que ela, ou seja, precisa encontrar algo
que possa dizer que NISSO SOU MELHOR QUE ELA!
O
fariseu se encanta com as palavras e a oratória do mestre, mas sua pequenez
fica presa nas mãos sujas de Jesus. É como dissesse que nisso sou melhor que
Ele. Nota agora o traço infantil do sábio fariseu?
Quantos
traços infantis ainda temos?
Se
hoje resolvo e dia após dia reitero a minha vontade de ser mais maduro em usar
menos as palavras e mais as ações, talvez de fato conseguirei elevar minha fé
ao tamanho do grão de mostarda e assim, mover montanhas que impedem do irmão
ver a Deus em nós.
“(…)
Tudo isso é por causa de vós, para que a graça, tendo aumentado num maior
número de pessoas, faça transbordar a ação de graças para a glória de Deus”.
(II Coríntios 4, 15)
Reflitamos
isso!
Um
imenso abraço fraterno.
Alexandre
Soledade
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