21
de Outubro - Terça - Evangelho -
Lc 12,35-38
E
se fosse hoje, como Ele me encontraria?
O
evangelho não apresenta o terror ou o medo como meio de viver a vida. Muita
gente por esse pavor assoberbado enveredou-se em uma situação pouco agradável
chamada fanatismo religioso. Quantos noticiários ouvimos e vemos a respeito de
legiões de pessoas que se mataram acreditando que Deus estava vindo naquele
dia?
Esse
dia pode não ser precedido de um estrondo ou uma “desgraça” como outros tantos
creem. Quantas pessoas se prendem a previsões nada interessantes como as de
Nostradamus, filmes como 2012, “o dia depois de amanhã”. Sim! Em virtude das
mudanças climáticas e eventualidades da natureza podem ser possíveis, mas ainda
95% do que nos acontece, vem de forma sutil e silenciosa
“(…)
O Senhor desse-lhe: Sai e conserva-te em cima do monte na presença do Senhor:
ele vai passar. Nesse momento passou diante do Senhor um vento impetuoso e
violento, que fendia as montanhas e quebrava os rochedos; mas o Senhor não
estava naquele vento. Depois do vento, a terra tremeu; mas o Senhor não estava
no tremor de terra Passado o tremor de terra, acendeu-se um fogo; mas o Senhor
não estava no fogo. Depois do fogo ouviu-se o murmúrio de uma brisa ligeira“.
(I Reis 19, 11-12)
O
importante não é saber o dia e sim estar bem no dia de hoje.
Nas
últimas semanas muitas pessoas conhecidas minhas perderam pessoas importantes
em suas vidas, famílias, convívio… O sopro da vida de alguns se esvaiu
naturalmente pela senilidade e outros apressada por um acidente, uma doença
súbita, mas algo creio que tinham em comum as súbitas e as pelo tempo: Estavam
bem consigo mesmas.
Será
que isso conforta? Eu creio que em parte sim, pois pesando-se suas vidas,
colocando o que tinham de bom de um lado e o que precisavam melhorar do outros,
creio eu que o braço da balança pendeu para o lado bom do que fizeram.
Conheci
um rapaz que era dono (ou vítima) de uma boca de fumo. Sua vida não tinha
nenhum brilho e ela foi apagada precocemente por um bandido. Seu último gesto
antes de morrer baleado foi pular na frente da bala que atingiria seu filho.
Não quero dizer ou afirmar que remiu seus erros, pois somente Deus sabe, mas na
hora H, estava pronto para morrer por quem amava e que não tinha culpa por seus
erros.
Somos
assim. Paulo viveu isso na pele: Lutar contra a natureza humana e má e no fim
sair vencedor.
“(…)
Não entendo, absolutamente, o que faço, pois não faço o que quero; faço o que
aborreço. E, se faço o que não quero, reconheço que a lei é boa. Mas, então,
não sou eu que o faço, mas o pecado que em mim habita. Eu sei que em mim, isto
é, na minha carne, não habita o bem, porque o querer o bem está em mim, mas não
sou capaz de efetuá-lo. Não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero“.
(Romanos 7, 15-19)
Creio
que seja daí que surgiu o lema dos alcoólicos anônimos: Por hoje não!
A
luta será diária; as quedas talvez inevitáveis, mas que prevaleçamos PELO MENOS
HOJE de pé. “(…) Felizes aqueles empregados que o patrão encontra acordados e
preparados! Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o próprio patrão se preparará
para servi-los, mandará que se sentem à mesa e ele mesmo os servirá”.
Deus
virá ao nosso auxilio e como será belo aos Seus olhos se nos encontrar pelo
menos levantando…
Um
imenso abraço fraterno.
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