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sexta-feira, 28 de junho de 2013

SEGUIR JESUS - José Salviano


1º de Julho

Evangelho - Mt 8,18-22
Um escriba se mostra disposto a seguir Jesus. "Respondeu Jesus: As raposas têm suas tocas e as aves do céu, seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça."
Jesus fala que para segui-lo é necessário ser uma pessoa despojada de si mesma, sem reservas, sem apegos às coisas desse mundo, sem ser meio lá meio cá.  É o caso dos nossos sacerdotes, que morrem para si mesmo e se entregam  para continuar a missão de Jesus. Para isso é preciso ter coragem!  Não é coisa muito fácil. Pois o sacerdote olha do lado e vê as pessoas integradas  mal ou bem com suas famílias. E ele, na solidão. Eu estudei para padre. Fiz Filosofia e teologia. Ao terminar o curso de filosofia, ou seminário menor,  sofri um acidente de carro, depois que me recuperei fisicamente , eu desisti do sacerdócio por que percebi que não iria suportar o peso da solidão. Talvez eu até fosse um bom padre  se não tivesse que ser celibatário. Nós, os membros da comunidade paroquial, temos que dar todo apoio possível ao sacerdote, convidando-o para almoçar em nossa casa, ficando mais tempo em sua companhia, dando todo o carinho fraterno que ele merece e precisa para não se lembrar que é um celibatário. Porque o problema é parecido com o seguinte exemplo: A Televisão, no seu noticiário, anunciou que a partir do meio dia vamos ficar sem água por cinco dias. Que acontece na nossa mente? Ficamos com sede  na hora. Só de pensar que não terá água, além da sede, começamos a nos sentir sujos, até com coceiras pelo corpo com vontade de tomar aquele banho. É o que acontece com o seminarista. Só de saber que não poderá se casar, ele sente mais vontade de construir um a família. Outros jovens solteiros da sua idade, nem estão pensando no assunto. É igual a pessoa que mora em frente ao mar. Fica dias, até meses sem ir à praia. Ela pensa. A praia está aí mesmo, quando eu quiser, eu vou. Hoje não. Deixa para outro dia. Assim, os dias vão se passando, e aquela pessoa nem se preocupa com a praia. Ao contrário, uma pessoa que mora longe do mar, fica pensando o verão inteiro como seria bom morar perto da praia para  tomar banho de mar todos os dias!  E quando tem a oportunidade de ir ao mar, aproveita tanto como se fosse morrer amanhã. Isso é parecido com o problema do celibato. Se ele não fosse obrigatório, os seminaristas e padres não teriam nenhuma complicação com relação à solidão. Já sei que você está se preparando para mandar-me um recado dizendo que o problema da solidão é superado com a graça de Deus, e da Virgem Maria. Claro, que é. Mas não se esqueça das tentações do mundo atual que nos cercam por todos os lados. Na rua, na internet, no cinema, na televisão, até quando olho para fora pela janela do meu quarto. 


Sal

6 comentários:

  1. Austragézito do Vale1 de julho de 2013 às 04:25

    Amado Salviano,
    Nunca pensei nos sacerdotes dessa forma, sempre penso o quanto deve ser bom não ter filhos e esposa, para se preocupar: ora a família nunca deixa de existir é só procurá-la no dia de folga. Porém, você mexeu num ponto muito forte, que realmente pode tornar os sacerdotes muito fracos.
    A partir de hoje vou levar meu barco para outra margem do lago, e encarar os sacerdotes de forma difernete. Obrigado pela dica!
    Deus seja louvao!

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  2. ...É o caso dos nossos sacerdotes, que morrem para si mesmo e se entregam para continuar a missão de Jesus. Para isso é preciso ter coragem!...

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  3. sua reflexão, vai contra a doutrina da igreja no que se refere ao celibato, as tentações do mundo sempre existiram, hoje talvez de forma mais intensa, mas nada que não podemos superar.
    sugiro que você releia ou leia a CARTA ENCÍCLICA
    SACERDOTALIS CAELIBATUSDE SUA SANTIDADE OPAPA PAULO VI .

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  4. É muito fácil dizer que o padre deveria se casar, agora eu pergunto: Quem sustentaria a família do padre? Quem pagaria os estudos dos seus filhos que certamente seriam muitos? E quando ele fosse transferido para outra paróquia, como seria: filhos na escola...? É impossível conciliar: ser um pai de família e ser um sacerdócio, ou uma coisa, ou outra. Ser padre é uma vocação, ser casado é outra vocação. O celibato garante ao padre a disponibilidade de estar livre para servir a Igreja onde quer que seja...
    Jairo

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  5. Caro amigo. Sacerdócio é servir a Deus e ao próximo,assim como Jesus veio a este mundo com a finalidade de servir.O sacerdote de Cristo deve seguir o seu exemplo, se doando ao máximo em favor do próximo.
    Ser padre não deve ser uma opção, como acontece sempre na nossa igreja. ser padre é seguir o grande dom de Deus a ele doado, se despojar de tudo, na sua vida. Casamento para o sacerdote é uma afronta aos ensinamentos de Jesus.Se a igreja concordasse em acabar o celibato estaria caminhando conta os evangelhos

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  6. Realmente, não é fácil para um padre viver sozinho, sem ter com quem partilhar os problemas e a vida. Ninguém é uma máquina sem sentimentos, porém peçamos pelos poucos que ainda restam para vencer esta dificuldade do sacerdócio com a graça de Deus,
    superando qualquer vazio ou solidão.

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