1º de Julho
Evangelho - Mt 8,18-22
Um
escriba se mostra disposto a seguir Jesus. "Respondeu Jesus: As raposas têm suas tocas e as aves do céu, seus ninhos,
mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça."
Jesus
fala que para segui-lo é necessário ser uma pessoa despojada de si mesma, sem
reservas, sem apegos às coisas desse mundo, sem ser meio lá meio
cá. É o caso dos nossos sacerdotes, que morrem para si mesmo e se
entregam para continuar a missão de Jesus. Para isso é preciso ter
coragem! Não é coisa muito fácil. Pois o sacerdote olha do lado e vê
as pessoas integradas mal ou bem com suas famílias. E ele, na
solidão. Eu estudei para padre. Fiz Filosofia e teologia. Ao terminar o curso
de filosofia, ou seminário menor, sofri um acidente de carro, depois
que me recuperei fisicamente , eu desisti do sacerdócio por que percebi que não
iria suportar o peso da solidão. Talvez eu até fosse um bom padre se
não tivesse que ser celibatário. Nós, os membros da comunidade paroquial, temos
que dar todo apoio possível ao sacerdote, convidando-o para almoçar em nossa
casa, ficando mais tempo em sua companhia, dando todo o carinho fraterno que
ele merece e precisa para não se lembrar que é um celibatário. Porque o
problema é parecido com o seguinte exemplo: A Televisão, no seu noticiário,
anunciou que a partir do meio dia vamos ficar sem água por cinco dias. Que
acontece na nossa mente? Ficamos com sede na hora. Só de pensar que
não terá água, além da sede, começamos a nos sentir sujos, até com coceiras
pelo corpo com vontade de tomar aquele banho. É o que acontece com o
seminarista. Só de saber que não poderá se casar, ele sente mais vontade de
construir um a família. Outros jovens solteiros da sua idade, nem estão
pensando no assunto. É igual a pessoa que mora em frente ao mar. Fica dias, até
meses sem ir à praia. Ela pensa. A praia está aí mesmo, quando eu quiser, eu
vou. Hoje não. Deixa para outro dia. Assim, os dias vão se passando, e aquela
pessoa nem se preocupa com a praia. Ao contrário, uma pessoa que mora longe do
mar, fica pensando o verão inteiro como seria bom morar perto da praia
para tomar banho de mar todos os dias! E quando tem a
oportunidade de ir ao mar, aproveita tanto como se fosse morrer amanhã. Isso é
parecido com o problema do celibato. Se ele não fosse obrigatório, os
seminaristas e padres não teriam nenhuma complicação com relação à solidão. Já
sei que você está se preparando para mandar-me um recado dizendo que o problema
da solidão é superado com a graça de Deus, e da Virgem Maria. Claro, que é. Mas
não se esqueça das tentações do mundo atual que nos cercam por todos os lados.
Na rua, na internet, no cinema, na televisão, até quando olho para fora pela
janela do meu quarto.
Sal
Amado Salviano,
ResponderExcluirNunca pensei nos sacerdotes dessa forma, sempre penso o quanto deve ser bom não ter filhos e esposa, para se preocupar: ora a família nunca deixa de existir é só procurá-la no dia de folga. Porém, você mexeu num ponto muito forte, que realmente pode tornar os sacerdotes muito fracos.
A partir de hoje vou levar meu barco para outra margem do lago, e encarar os sacerdotes de forma difernete. Obrigado pela dica!
Deus seja louvao!
...É o caso dos nossos sacerdotes, que morrem para si mesmo e se entregam para continuar a missão de Jesus. Para isso é preciso ter coragem!...
ResponderExcluirsua reflexão, vai contra a doutrina da igreja no que se refere ao celibato, as tentações do mundo sempre existiram, hoje talvez de forma mais intensa, mas nada que não podemos superar.
ResponderExcluirsugiro que você releia ou leia a CARTA ENCÍCLICA
SACERDOTALIS CAELIBATUSDE SUA SANTIDADE OPAPA PAULO VI .
É muito fácil dizer que o padre deveria se casar, agora eu pergunto: Quem sustentaria a família do padre? Quem pagaria os estudos dos seus filhos que certamente seriam muitos? E quando ele fosse transferido para outra paróquia, como seria: filhos na escola...? É impossível conciliar: ser um pai de família e ser um sacerdócio, ou uma coisa, ou outra. Ser padre é uma vocação, ser casado é outra vocação. O celibato garante ao padre a disponibilidade de estar livre para servir a Igreja onde quer que seja...
ResponderExcluirJairo
Caro amigo. Sacerdócio é servir a Deus e ao próximo,assim como Jesus veio a este mundo com a finalidade de servir.O sacerdote de Cristo deve seguir o seu exemplo, se doando ao máximo em favor do próximo.
ResponderExcluirSer padre não deve ser uma opção, como acontece sempre na nossa igreja. ser padre é seguir o grande dom de Deus a ele doado, se despojar de tudo, na sua vida. Casamento para o sacerdote é uma afronta aos ensinamentos de Jesus.Se a igreja concordasse em acabar o celibato estaria caminhando conta os evangelhos
Realmente, não é fácil para um padre viver sozinho, sem ter com quem partilhar os problemas e a vida. Ninguém é uma máquina sem sentimentos, porém peçamos pelos poucos que ainda restam para vencer esta dificuldade do sacerdócio com a graça de Deus,
ResponderExcluirsuperando qualquer vazio ou solidão.