SEGUNDA-FEIRA
17/06/2013
Mt 5,38-42
Neste Evangelho, Jesus nos pede para
amarmos os nossos inimigos. E ele baseia o pedido na frase: "Assim vos
tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol
sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre os justos e injustos". Os
filhos se parecem com os pais; nós precisamos ser parecidos com o nosso Pai do
Céu. E no final deste Evangelho, Jesus fala: "Sede perfeitos como o vosso
Pai celeste é perfeito".
A nossa meta é arrojada, alta e bonita:
ter Deus Pai como modelo de vida e imitá-lo. Ser cada vez mais parecidos com
ele. E Jesus é para nós a "imagem de Deus invisível". Imitar a Deus é
imitar a Jesus, nosso caminho, verdade e vida. Quem pensa que já alcançou esta
meta, é sinal que está bem longe dela, porque o amor de Deus é infinito.
Todos temos inimigos. São aquelas
pessoas que nos fazem o mal, que nos prejudicam, que nos detestam, que são
ruins para nós. O que faz a diferença do cristão é o amor a essas pessoas. Amor
prático, manifestado na oração por elas e por fazer bem a elas. A própria
oração pela pessoa nos acalma e desperta em nós o amor a ela.
Em seguida, Jesus se refere à obrigação
que temos de dar testemunho, tendo um comportamento "extraordinário",
em relação ao comportamento do mundo pecador: "Se amais somente aqueles
que vos amam... E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de
extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa?" O nosso comportamento
no mundo deve ser extraordinário, porque o comportamento "normal" do
mundo pecador é amar os amigos e detestar os inimigos. Esse comportamento
diferente nos torna luz, sal e fermento no meio de Deus no mundo.
Como os nossos inimigos geralmente não
reconhecem o bem que lhes fazemos, Deus reconhece e nos recompensará. E a
recompensa de Deus nós conhecemos: é uma medida cheia, sacudida e
transbordante, quer dizer, é muito maior do que a ação boa que fizemos.
"Não julgueis e não sereis
julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados.
Daí e vos será dado. Uma medida boa, socada, sacudida e transbordante será
colocada na dobra da vossa veste, pois a medida que usardes para os outros,
servirá também para vós" (Lc 6,37-38).
Havia, certa vez, um homem que era muito
bravo e violento. Andava sempre com um revólver na cintura, e do outro lado uma
faca. Todo mundo no bairro tinha medo dele. A esposa tentava mudá-lo, mas não
conseguia. Então ela arrumou um terço, deu para ele e disse: "Só peço uma
coisa para você: Ande sempre com este terço no bolso. Não o abandone para
nada". O homem começou a carregar o terço, o revolver e a faca. Tempo
depois, ele largou o revólver e ficou com a faca de um lado e o terço do outro.
Ele dizia para a esposa: "A faca eu carrego porque preciso dela de vez em
quando para descascar uma laranja etc". A esposa ficou calada e continuou
rezando. Logo ele deixou também a faca e ficou só com o terço.
Quem conta essa história é o próprio
filho desse homem. E ele concluiu dizendo: "Foi assim que meu pai morreu,
como um homem pacífico e bom". Nossa Senhora é mãe. Devagarinho, ela vai
mudando os corações dos seus filhos e filhas. Se carregar o terço já é bom,
imagine rezá-lo!
"Quem semeia ventos colhe
tempestade" Quem semeia paz, colhe paz e alegria. Maria Santíssima não
semeou ventos, e sim paz, pois nos deu o seu Filho Jesus, a própria paz
encarnada. Por isso foi coroada como Rainha. Rainha da paz, rogai por nós!
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