MISSA DA VIGÍLIA
DIA 29 DE JUNHO
PEDRO, TU ME AMAS?
Jesus perguntou a Simão Pedro por três
vezes : " Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?"
Na terceira vez Pedro percebeu o
porquê Jesus insistiu naquela pergunta. Simão Pedro se lembrou de que havia
"pisado na bola" por três vezes, que havia negado o Filho de Deus,
naquela noite de agonia, por medo de ser preso por ser amigo do condenado Jesus
Cristo, o Filho de Deus. Quando Jesus fez a terceira pergunta, lhe caiu a fixa
e Pedro percebeu que foi porque ele havia "amarelado" se acovardado
diante do perigo de também ser preso por ser um dos discípulos do Mestre.
Recordemos que Pedro durante o tempo
em que esteve na companhia de Jesus, tinha se mostrado corajoso, amigo fiel, e
defensor de Jesus quando Este anunciou o sofrimento que iria passar.
Nós também somos assim. Muito
corajosos, e fiéis a Deus quando estamos celebrando, quando estamos no altar,
quando estamos pregando o Evangelho. E quando acabamos de comungar então,
fazemos uma cara de que somos cristãos a toda prova. Será? Pois nesse momento
Jesus está do nosso lado dizendo. Ainda hoje mesmo me negarás mais de três
vezes. É. Pedro negou Jesus por três vezes. E nós? Quantas vezes já negamos
Jesus?
Negamos Jesus quando pecamos contra
Deus e contra o nosso irmão:
Quando faltamos à missa, quando temos
preguiça de rezar, quando ignoramos o chamado de Deus a conversão, quando
dispensamos a providência divina e partimos para a solução dos nossos problemas
com os nossos próprios recursos, quando damos maus exemplos de cristãos
atuantes, quando junto com os amigos falamos palavrões, quando rimos das piadas
altamente picantes, piadas envolvendo a pessoa do padre, ou até contamos algumas delas.
Negamos a Deus quando pronunciamos o
seu santo nome em vão, quando demonstramos descrença de qualquer tipo, quando
fomentamos a discórdia dentro da comunidade cristã, etc.
Por
outro lado, negamos a Deus quando ignoramos o irmão carente do nosso lado,
quando falamos mal dos outros, quando guardamos mágoa, quando mentalizamos e
preparamos uma vingança contra o irmão ou irmã, quando desejamos a mulher do
próximo, quando traímos o esposo, ou a esposa, quando não amamos e não
respeitamos os nosso pais, quando não amamos e não corrigimos os nossos filhos,
quando causamos prejuízo de propósito ao nosso patrão, ou à firma, quando
roubamos, quando matamos, quando fazemos chacotas do nosso irmão e da nossa
irmã, quando não controlamos o ciúmes, a inveja, e a concorrência desleal,
quando demonstramos a aversão que sentimos por determinadas pessoas, quando não
ajudamos a quem nos pede apoio, quando não ouvimos, não damos a menor
atenção às pessoas solitárias que conversam
conosco, e negamos a Jesus e a Deus quando nos sentimos melhores que os demais,
etc.
Na
verdade, a pior forma de negação de Deus parte daqueles que de uma forma ou de
outra são evangelizadores, e que devem ser espelhos de autenticidade cristã, de
uma vivência correta, porém, vez por outra dão maus exemplos.
Já imaginou um catequista parar na rua
para observar um lindo corpo da mulher que passa, e ou mexer com ela, dizendo
coisas incompatíveis ou indignas da sua posição de um escolhido de Deus para
evangelizar pela palavra e pelo testemunho? E se os pais dos seus
"alunos" ou mesmo os jovens aos quais ele é responsável pela formação
religiosa estiverem passando por perto e verem aquela cena?
Prezados irmãos. Nós cristãos
vocacionados e engajados na linha de frente da Igreja, somos observados para
não dizer vigiados nos lugares por onde andamos e passamos. Seja um simples
coroinha, um leitor, ministra da Eucaristia, freira, catequista ou sacerdote.
Todos nós não podemos nos esquecer de que somos Igreja e como tal devemos nos
comportar de forma adequada e condizente com a nossa posição ou situação de
cristão, durante 24 horas por dia, e não
somente na hora em que estamos no exercício da nossa missão, mais em todos os
lugares, em todas as horas. Porque pode estar por perto uma pessoa cujo rosto
não nos lembramos de ter visto na Igreja, nos olhando, e observando o como nos
comportamos, mesmo que estejamos distantes da área geográfica da nossa paróquia
ou da nossa atuação missionária.
Vamos pedir a Deus que nos lembre
sempre que em todos os lugares devemos dar bons exemplos, pois o ato de
evangelizar não é somente falar, mas sim, demonstrar. Um visual fala por mais
de cem palavras.
Mas não desanimemos, principalmente os
catequistas jovens, que enfrentam com mais freqüência as situações em que fica
difícil comportar-se como cristãos atuantes. Lembremos que não obstante as
negações de Pedro, Jesus o perdoa e o transforma ou ordena o primeiro Papa da
Igreja. Não vamos desistir do nosso trabalho missionário, por causa dos nossos
maus exemplos, das nossas fraquezas, achando que não temos jeito mesmo, e que é
melhor desistir. Nós podemos contar com o perdão de Jesus, com a sua força para
evitar tais situações, e para nos corrigir. Por exemplo: nos calando diante de
uma conversa pornográfica na rodinha de amigos, não participando de situações
inadequadas, como os comentários dos amigos sobre a garota que está passando,
mudando de assunto quando surge um comentário do tipo falar mal do colega, da
Igreja, etc. Coragem! Nós contamos com a ajuda do Alto, que está sempre
conosco. Não tenha medo de dizer algo em defesa da Igreja quando ela for
vilipendiada pelos nosso amigos. O espírito de Deus irá por em sua boca as
palavras certas. Acredite. O Espírito de verdade nos acompanha nos orientando que tipo de reação devemos ter
diante das situações constrangedoras a que passamos ou que temos de conviver no
nosso dia a dia. E por fim, nós contamos ainda com tudo aquilo que Jesus nos
disponibilizou para a nossa conversão diária, ou seja, a Igreja e seus
sacramentos. Coragem! Converta-se diariamente, e vá em frente!
José Salviano.
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