DIA 11
Este Evangelho narra a cura, feita
por Jesus, do filho do funcionário do rei, que era um homem pagão. Jesus fez o
milagre à distância, pois Jesus estava em Caná e o menino em Cafarnaum. A
Palavra de Deus, quando é acolhida com fé, tem uma força enorme, e age mesmo à
distância.
Jesus mostra que as fronteiras do
Reino de Deus vão muito além da pertença a um grupo. A verdadeira fronteira é a
fé na sua Palavra libertadora. Se não houver fé, não haverá possibilidade de
entrar no Reino de Deus.
A cena vem logo após o encontro de
Jesus com a samaritana. Os judeus recusam a Jesus, os samaritanos o acolhem, e
agora é um pagão que acredita. Fica, assim, rompida toda relação de dependência
entre salvação e lei. A redenção é dom de Deus, para todos aqueles que se abrem
e respondem a esse dom.
"Se não virdes sinais e
prodígios, não acreditareis." A própria Palavra de Deus, e o seu exemplo,
já deviam por si levar o povo à fé nele. A nossa fé em Deus não devia depender
de sinais e prodígios realizados por Deus, pois está tudo tão claro na
natureza, nos acontecimentos e na revelação. As pessoas que se amam não exigem
provas do amor do outro, porque conhecem o coração do outro. Que nesta quaresma
a nossa fé em Deus cresça!
Até aqui, segundo o Evangelho de S.
João, Jesus mostra para quem ele veio: não só para os judeus, mas para todos
igualmente. Daqui para frente, ele vai mostrar o que veio fazer e quem ele é. A
fé é um dom de Deus, oferecido a todos e todas. Quem acolhe esse dom, cresce na
fé, cujo estágio mais desenvolvido é ser membro ativo da Igreja, una, santa,
católica e apostólica. A nossa fé cresce na medida em que praticamos aquilo que
cremos. Se a pessoa acredita só "com a cabeça", a sua fé vai
diminuindo cada vez mais.
Fé é sinônimo de coragem. Quem tem
fé, não tem medo, e já começa a dar o primeiro passo na direção daquilo em que
acredita, mesmo antes da manifestação de Deus. "Faça a sua parte que da
minha ajudarei".
Havia, certa vez, em uma cidade, uma
senhora que era muito amiga do padre. Entretanto, não ia à Missa. Ela tinha
vários filhos e se justificava para o padre dizendo: "Em casa, eu não
tenho tempo nem para piscar os olhos. É um querendo isso, outro querendo
aquilo..."
Um dia, apareceu um circo na cidade.
Sabe que aquela mulher não perdeu uma só sessão do circo? Estava presente em
todas.
Tempo é questão de preferência.
Quando a gente quer uma coisa, acaba encontrando tempo para aquilo "Onde
estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração" (Mt 6,21).
A Missa no domingo é o nosso
principal encontro com Deus, e com os nossos irmãos e irmãs da Comunidade. Deus
nos deu seis dias na semana e reservou um para ele. Neste, pelo menos uma hora,
na Missa, devemos dedicar a ele. É questão de fé.
Campanha da fraternidade. A
criminalidade tem muita relação com a posse de bens. O fator econômico é uma
das causas mais importantes da criminalidade. Uma sociedade fundamentada em
valores meramente materiais cria a necessidade de conquistar, por todos os
meios, lícitos ou não, algum tipo de enriquecimento que garanta acesso aos
vários privilégios.
Entretanto, melhor que elencar as
causas da criminalidade e da violência, é cada um de nós se perguntar: o que eu
poderia fazer para que haja mais paz?
Maria santíssima é uma mulher de fé.
Ela não vacilou, mesmo ao presenciar a morte de Filho. Que ela nos ajude a
imitar a fé deste empregado do rei.
Vai, teu filho está vivo.
Padre
Queiroz
Nenhum comentário:
Postar um comentário