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domingo, 24 de março de 2013

A tradição da celebração do Domingo de Ramos-Sem. Antonio Maldaner, LC





A tradição da celebração do Domingo de Ramos tem origem no século IV em Jerusalém, assim como muitas outras festas. Os peregrinos guardavam viva memória do seu passo pela Terra Santa, reproduzindo nos seus próprios países os costumes lá observados, de forma que com o tempo se tornou costume universal.

Os ramos significam a vitória de Cristo e dão um tom de alegria; representam o troféu da vitória de Cristo. No entanto, quem O acompanha também compartilha a Sua glória, porque cada um leva o seu ramo. Nessa procissão, na qual festejamos o triunfo de Cristo, não podemos menos que estar felizes. O cristão deve seguir feliz a Cristo.

Cristo, neste Domingo de Ramos, quer que sejamos felizes; se compraz vendo a nossa alegria. Santo Ireneu dizia: “A glória de Deus é a vida do homem”. Essa é a Sua atitude quando estava montado no burro: se regozijava escutando os cantos, o amor que lhe mostravam. Todos estavam felizes porque seguiam a Cristo.

Já experimentamos o amor de Deus na nossa vida? Eu tenho certeza que sim, especialmente nos momentos em que tínhamos que eleger entre o bem e o mal, e ainda com angústia elegemos o bem. Neste momento experimentamos uma grande alegria, porque fizemos aquilo que Cristo faria. Somos felizes, porque seguimos a Cristo.

Pelo contrário, pensemos no momento mais escuro da nossa vida, de insatisfação, de desesperança e de grande tristeza. Talvez uma traição, uma briga, um engano, uma deslealdade. Perguntemo-nos, então, se Cristo estava conosco. Logicamente não, porque Cristo só quer a nossa felicidade e isso não é possível longe de Deus, que é Amor.

Cristo observa os nossos atos. Nada é indiferente aos Seus olhos. Assumindo a condição de seguidor de Cristo, serei profundamente feliz. “Quem der, nem que seja um copo de água fria, a um destes pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa” (Mt 10,42).

Cristo, suportando a paixão e morte na cruz, não buscava outra coisa que a nossa felicidade. Só neste momento, é que tomou consigo o troféu: uma coroa de espinhas. Esse rei que vai entrando entre aclamações de júbilo no Domingo de Ramos, é entronizado na cruz, de onde julgará o mundo. Somente unidos à cruz de Cristo, seremos felizes.

Quem considera que a vida do cristão, ou seja, do seguidor de Cristo, é uma vida triste, de puro sacrifício e humilhação, está equivocado. O sacrifício estará presente, não importa se a pessoa é cristã, budista ou muçulmana. Pelo menos seguindo a Cristo não será outra coisa, senão feliz. Felicidade não como abandono ao vício, às superficialidades da vida, mas como seguimento alegre de Cristo.

Acompanhemos de perto a Cristo nesta Semana Santa. Não devemos fazê-lo como quem está sentado numa poltrona assistindo a uma novela, ou seja, como telespectador passivo. Vivamos o mistério como quem está dentro da cena. Efetivamente, estamos envolvidos; por nós se realiza a Redenção. Sigamos a Cristo acompanhados de Maria, quem sofreu terrivelmente, mas se alegrou como ninguém com a Ressurreição de Cristo.

Façamos o propósito de participar com gozo profundo das celebrações do Tríduo Sacro: Sexta-Feira Santa, Sábado Santo e Domingo de Ressurreição.

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