SEGUNDA FEIRA DO TEMPO
PASCAL 15/04/2013
1ª Leitura Atos 6, 8-15
Salmo 118 (119), 1
Felizes aqueles cuja vida é pura e seguem a Lei do Senhor”
Evangelho João 6, 22-29
A multiplicação dos pães
teve uma grande repercussão. A popularidade crescia com a fama de Jesus e os
seus discípulos. Um Deus que supre as necessidades do ser humano, inclusive a
fome, é único e verdadeiro. Por essa razão, aonde vai Jesus e seus discípulos a
multidão de famintos e necessitados vai atrás. É o que ocorre nesse evangelho
refletido junto as comunidades Joaninas, oitenta a noventa anos após a
morte-ressurreição de Jesus.
Que olhar de Esperança
temos para com Jesus? A perspectiva de uma Vida Nova que vem pela Salvação que
Ele realiza, ou nossa esperança Nele se limita as necessidades desta Vidinha
Terrena que um dia vai terminar?
O Evangelista convida
suas comunidades a mudar o enfoque, e a reflexão é para todos nós, que muitas
vezes somos Cristãos atrelados as coisas da Terra e temos pouca ou nenhuma
expectativa para com as coisas do Céu. O próprio Jesus procura orientar seus
seguidores e o povão que o procurava nessa circunstância. As pessoas não querem
ir direto ao assunto, e em vez de indagarem se ele vai fazer ali um daqueles
milagres espetaculares, como a multiplicação do pão, preferem perguntar quando
foi que ele chegou ali.
Jesus não faz rodeios e
vai direto ao assunto “Vocês me procuram, não porque viram os milagres, mas
porque comeram o pão e ficaram saciados”.
Ver os milagres, no
evangelho de João, significa ver o “Sinal” e aderir a Jesus, o que ele tem a
oferecer é infinitamente superior a qualquer milagre. Em outras palavras Jesus
está dizendo que aquelas pessoas não sabem quem é ele e o que tem a oferecer,
pois ficaram parados no milagre da multiplicação dos pães, e acham que isso é
suficiente para acreditarem Nele e o seguirem. Não compreendem que o
discipulado significa comprometimento com o seu evangelho e com a edificação do
Reino Novo que ele inaugurou em meio a humanidade. Isso é bem típico do
Cristianismo sem compromisso, religiãozinha que os espertalhões da pós
Modernidade inventaram, para atender as necessidades do Homem que vê na
Divindade um Posto de Autoatendimento, á serviço do homem, um Cristo do
Consumismo, vendido em vitrines de luxo na grande Mídia onde o Céu é aqui
mesmo, como sinônimo de riqueza, prosperidade, Felicidade terrena.
E acontece o mesmo que
nesse evangelho, um Cristo assim atrai multidões....
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