DIA 2 - TERÇA
Jo 20,11-18
Eu vi o Senhor!
Eis o que ele me disse.
Hoje,
terça-feira da oitava da Páscoa, o Evangelho narra a aparição de Cristo
ressuscitado a Maria Madalena. Maria estava equivocada, procurando entre os
mortos aquele que estava vivo. Por isso seu pranto se transformou em júbilo
quando Jesus a chama pelo seu nome.
Ouvir o seu nome
dos lábios daquele a quem ela pensava ser o jardineiro, a fez cair em si
e reconhecer Jesus. Graças ao seu amor, manifestado nas lágrimas, Madalena
conseguiu ver o Senhor, a quem tanto queria. O lugar onde Deus habita é o
coração que ama. O amor é o caminho mais direto para a fé, para nos
encontrarmos com Jesus. “Onde há amor e a caridade, Deus aí está”.
“Vai dizer aos
meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.”
Maria Madalena queria segurar Jesus, mas ele a remete para a sua nova forma de
presença na terra: a Comunidade cristã. Jesus ainda se mostrou fisicamente
durante alguns dias para firmar a fé dos discípulos, mas eles devem
desprender-se desta forma de presença e buscar a outra.
Na verdade, o
corpo de Jesus continua na terra, e bem visível, mas de forma diferente: na
Comunidade cristã, que é o Corpo Místico de Cristo.
O sentimento dos
discípulos ao ver o túmulo vazio foi semelhante ao que tem a esposa e os filhos
quando voltam do cemitério após o enterro do pai e marido. E agora, o que vamos
fazer? Ele é que nos dirigia e coordenava tudo, mas agora não está mais aqui!
Protagonista é o
nome que damos para quem está à frente. O que a família deve fazer quando perde
o chefe da casa é o mesmo que devemos fazer como Igreja: assumir o
protagonismo.
Jesus havia dito
aos discípulos: “Como o Pai me enviou, eu vos envio”. O mesmo Espírito Santo
que estava nele está agora na Igreja. E Jesus também está presente na Igreja.
A experiência
desses vinte e um séculos de Igreja tem mostrado que o povo de Deus unido tem
uma força enorme, porque é a mesma força de Jesus.
Todo o sonho de
Jesus está hoje nas nossas mãos, e também todas as possibilidades de
realizá-lo. A Comunidade cristã assumiu o protagonismo do Reino de Deus, e
Jesus assinou embaixo.
Na prática,
assumir o protagonismo da fé consiste em fazer, no nosso ambiente, o mesmo que
Jesus fazia. Jesus aconselhava e orientava as pessoas; nós também aconselhamos
e orientamos. Jesus amava a verdade e a justiça; nós também amamos essas
virtudes. Jesus anunciava a Boa Nova; nós também anunciamos, como fez Madalena:
“Eu vi o Senhor! Eis o que ele me disse”.
O túmulo nos
lembra a morte. Mas Jesus não está mais morto. Nós queremos deixar o túmulo de
lado e buscar Jesus vivo no nosso meio.
Certa vez, três
moças queriam ser irmãs religiosas e foram a um convento. A madre as recebeu
com afeto e conversou com as três. Depois as convidou para entrar dentro do
convento. As jovens foram uma por uma separadamente.
No meio do corredor
havia uma vassoura caída no chão. A primeira garota chutou a vassoura para a
beira da parede e foi em frente. Foi reprovada.
Uma irmã colocou
a vassoura novamente no mesmo lugar, pois era um teste. A segunda jovem veio e,
ao ver a vassoura, levantou o pé elegantemente e passou por cima. Também foi
reprovada.
A terceira
menina veio sozinha no corredor e, quando viu a vassoura caída no chão,
abaixou-se, pegou-a e a colocou em pé na parede. Esta foi aprovada.
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