06 DE ABRIL SÁBADO
Assim está escrito: O Cristo sofrerá e
ressuscitará dos mortos ao terceiro dia.
Este Evangelho narra a aparição de Jesus
aos onze Apóstolos, após a ressurreição. Jesus procura fortalecer a fé deles,
mostrando-lhes suas mãos e pés com as chagas, e comendo com eles.
Apesar das evidências, os discípulos
ainda relutavam em acreditar, devido ao forte impacto que lhes causou a morte e
o sepultamento de Jesus. Só pode ser um fantasma, isto é, um tipo de alucinação
coletiva, pensaram.
“Então Jesus abriu a inteligência dos
discípulos para entenderem as Escrituras, e lhes disse: Assim está escrito: O
Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia.” Esta prova das
Escrituras está ao alcance de todos nós, pois quando lemos corretamente a
Bíblia, o Espírito Santo abre a nossa inteligência para a entendermos
corretamente.
E Jesus pede que “no seu nome serão
anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações... Vós sereis
testemunhas de tudo isso”. Os discípulos atenderam bem a esse pedido, como
vemos, na primeira Leitura da Missa, Pedro falando em nome de todos os
discípulos: “Vós matastes o autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos, e
disso nós somos testemunhas” (At 3,15). Na segunda Leitura (1Jo 2,1-5a), S.
João nos convida a renunciar ao pecado.
A recomendação de Jesus, de anunciar o
seu nome a todas as nações, vale também para nós que “cremos sem ter visto”.
Pela fé, somos testemunhas de que Jesus está vivo, e levamos essa verdade a
todas as pessoas. A Comunidade cristã, através da sua alegria, união e
vitalidade, é a principal testemunha de que Cristo está vivo e presente nela. É
um testemunho que ela dá pela sua própria vida.
Recebemos essa fé dos nossos pais e da
nossa Comunidade; e nós a levamos para frente, através da nossa dedicação à
Comunidade e do nosso testemunho no meio em que vivemos. “Vós sereis
testemunhas de tudo isso”.
E se estivermos fraquejando na fé, Jesus
terá outros meios de aparecer no nosso meio e nos encorajar novamente. Ele
costuma usar para isso os seus próprios discípulos que, capacitados pelo
Espírito Santo, têm o dom de fortalecer a fé dos irmãos.
Jesus aproveitou ao máximo os seus dias
na terra. Ele não ficava esperando as pessoas, mas ia atrás delas. Anunciava a
Boa Nova nas praças, nas sinagogas, na beira dos rios, nas estradas... em
qualquer lugar.
Houve, certa vez, um incêndio numa
floresta. Um beija-flor ia até o córrego, enchia o biquinho de água, vinha
voando bem alto e jogava em cima do fogo para apagá-lo. Um elefante viu a e
zombou do beija-flor: “Você acha que, com esse pouquinho de água, vai apagar
este incêndio?” “Eu estou fazendo a minha parte” – respondeu o beija-flor – “Se
cada um aqui fizer também a sua parte, tenho certeza que apagaremos este
incêndio”.
Diante dos grandes problemas do mundo,
as pessoas costumam ter três atitudes: 1ª) A acomodação: eu não dou conta
mesmo, por isso não faço nada. Esta foi a atitude do elefante que, com a sua
enorme tromba, poderia jogar muita água no incêndio. 2ª) A revolta: a pessoa
fica triste e desiludida diante dos problemas que são maiores do que a sua
capacidade de resolvê-los. 3ª) Dar o primeiro passo, por pequeno que seja, na
esperança de que Deus entrará no meio, abençoará e maravilhas acontecerão. Esta
foi a atitude do beija-flor. Não nos esqueçamos dos cinco pãezinhos que o
Apóstolo apresentou a Jesus, para alimentar cinco mil pessoas.
Que Maria Santíssima nos ajude a ser
“discípulos e missionários do seu Filho, para que nossos povos tenham mais vida
nele”.
Assim está escrito: O Cristo sofrerá e
ressuscitará dos mortos ao terceiro dia.
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