14 de março - Quinta Feira
QUINTA FEIRA DA IV SEMANA
DA QUARESMA 14/03/2013
1ª Leitura Êxodo 32, 7-14
Salmo 105 (106) , 4 a
“Lembrai-vos de mim, Senhor”
Evangelho João 5, 31-47
As Testemunhas de Fé -Diac. José da Cruz
As comunidades Joaninas e a
comunidade Judaica estavam sempre em conflito por causa de Jesus. A rejeição
por Jesus, da parte do Judaísmo era algo definitivo e sem chances de uma
abertura ao novo, aquela novidade trazida por Jesus.
O evangelho de hoje apresenta três
fontes importantes sobre as quais estava fundamentada a Fé cristã por aqueles
tempos, o testemunho de João Batista sobre Jesus, o Pai de Jesus que realizou
obras e falou Nele á toda humanidade, e a escritura que sempre trouxe em si,
mesmo na escritura antiga, elementos cristológicos que não deixavam dúvidas
sobre a Filiação Divina de Jesus.
O evangelista projeta no passado essa
rejeição a Jesus Cristo, lembrando de sua injusta condenação onde as falsas
testemunhas tiveram credibilidade diante do Sinédrio, que desprezou essas
fontes fidedignas sobre Jesus, preferindo acreditar em uma mentira.
Podemos aqui compreender que o
Judaísmo tradicional e ultra conservador fazia uma releitura equivocada do
Antigo Testamento e não conseguia ver nenhuma relação entre Jesus e o Deus da
Antiga Aliança. Houve até mesmo uma heresia que falava em dois deuses, um do
antigo testamento e um do Novo Testamento.
Entretanto, muito mais do que essa
releitura equivocada das escrituras antigas, na realidade o Judaísmo
tradicional não queria mudanças no modo de pensar e nas normas e preceitos
antigos, principalmente porque iriam perder alguns privilégios conquistados na
estrutura da Religião tradicional.
Podemos hoje cometer esse mesmo
pecado, quando temos medo de dialogar com o mundo, como determina o Concílio
Vaticano II, quando preferimos a prática tradicional de ser Igreja, usando
ainda métodos arcaicos de evangelização, que não estão convencendo.
Lideranças religiosas e lideranças pastorais que se
fecham em uma religião cheirando a mofo, querendo impor ao mundo sua prática
religiosa e seu modo de pensar, é bem provável que no fundo estejam defendendo
algumas conveniências e interesses particulares e para isso, muitas vezes usam
Dogmas e Doutrinas, exatamente como fazia a comunidade judaica primitiva.
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