02ª semana do Advento – Quarta-feira -
Anos Pares
7 Dezembro 2016
02ª semana do Advento
– Quarta-feira
Tempo do Advento Segunda Semana – Quarta-feira
Tempo do Advento Segunda Semana – Quarta-feira
Lectio
Primeira leitura:
Isaías 40,25-31
25«A quem, pois, me
comparareis, que seja igual a mim?» -pergunta o Deus Santo. 26 Levantai os
olhos ao céu e olhai! Quem criou todos estes astros? Aquele que os conta e os
faz marchar como um exército. A todos Ele chama pelos seus nomes. É tão grande
o seu poder e tão robusta a sua força, que nem um só falta à chamada.27*Porque
andas falando, Jacob, e murmurando, Israel: «O Senhor não compreende o meu
destino, o meu Deus ignora a minha causa!» 28 Porventura não sabes? Será que
não ouviste? O Senhor é um Deus eterno, que criou os confins da terra. Não se
cansa nem perde as forças. É insondável a sua sabedoria. 29 Ele dá forças ao
cansado e enche de vigor o fraco. 30 Até os adolescentes se cansam e se fatigam
e os jovens tropeçam e vacilam. 31 Mas aqueles que confiam no Senhor renovam as
suas forças. Têm asas como a águia, correm sem se cansar, marcham sem
desfalecer.
A meditação da
história da salvação, e da experiência de fé de Israel, leva o Deutero-Isaías à
primeira afirmação de um monoteísmo prático e teórico. Essa afirmação é feita
por meio de perguntas retóricas que sublinham a incontestável unicidade do
poder salvador do Senhor e a sua criatividade para encontrar caminhos não
andados para socorrer o seu povo (cf. v. 25). O Deutero-Isaías quer convencer
os seus ouvintes de que Deus pode e quer salvá-los, quer consolá-los, mostrando
que cuida eficazmente dos seus fiéis.
Se esse é o Deus de
Israel, não há razão para que o povo se sinta abandonado pelo Senhor, apesar da
situação difícil em que se encontra, o cativeiro de Babilónia. O importante é
que verifique a incapacidade de se salvar por si próprio, simbolizada no
cansaço dos adolescentes e dos jovens que «tropeçam e veaten» (v. 30), e
reconheça a sua fragilidade diante de Deus. Então poderá experimentar a força
que vem de Deus (v. 31) e reviver a experiência do êxodo.
Evangelho: Mateus
11,28-30
Naquele tempo Jesus
exclamou: 28«Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que eu
hei-de aliviar-vos. 29*Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou
manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito. 30
Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.»
O conhecimento de Deus
é possível porque Jesus introduz os seus discípulos nesse conhecimento (cf. Mt
11, 25-27). Mas, para acolherem a paternidade divina e a amizade do Filho, os
discípulos hão-de fazer-se "pequenos".
o evangelho de hoje
diz-nos que é "pequeno" quem acreditar que o estilo de Jesus «manso e
humilde de coração. (v. 29) é o caminho para chegar aos segredos de Deus, e se
dispuser a aproximar-se d‘ Ele e a tornar-se discípulo: «Vinde a mim» (v. 28).
Jesus, tal como a Sabedoria do Antigo Testamento (cf. Sir 51, 26-27; 6, 24ss.),
convida para a sua escola e promete «descanso, isto é, o saciar dos mais
profundos anseios do coração humano.
É, pois, preciso
tornar-se discípulos, aproximar-se de Jesus que fala do Pai aos seus amigos, e
descobrir que a familiaridade com Jesus é uma escola exigente, mas capaz de
oferecer repouso e paz. Jesus não dispensa os seus discípulos do cumprimento da
lei de Deus, como sugerem os termos «juço. e «tordo», Mas será um peso adequado
às forças de quem o deve carregar.
Meditatio
«O Senhor… não se cansa nem perde as forças; Ele dá forças ao cansado e enche de vigor o trea», afirma Isaías. «O Senhor é misericordioso e compassivo, é paciente e cheio de emot», afirma o Salmo 102.
Deus revelou-se a Moisés como um Deus rico de misericórdia e de fidelidade.
«O Senhor… não se cansa nem perde as forças; Ele dá forças ao cansado e enche de vigor o trea», afirma Isaías. «O Senhor é misericordioso e compassivo, é paciente e cheio de emot», afirma o Salmo 102.
Deus revelou-se a Moisés como um Deus rico de misericórdia e de fidelidade.
Ao longo da história,
sempre usou de misericórdia para com o seu povo. Puniu-o, mas puniu-o com
piedade, para o renovar e conduzir a maior intimidade com Ele.
Mas a misericórdia de
Deus revelada no Antigo Testamento é bem pouca coisa, em comparação com a que
se revela em Jesus. O Advento é tempo para tomarmos consciência da piedade de
Deus, do seu amor misericordioso, manifestado em Jesus. Trata-se de um prodígio
tal que jamais o poderíamos esperar ou sequer pensar. O Antigo Testamento fala
de uma misericórdia exercida com poder e força. O Novo Testamento fala-nos de
uma misericórdia manifestada na mansidão e na humildade de um Deus que se torna
semelhante a nós. É a máxima expressão da misericórdia de Deus, que desce até
nós para nos elevar à sua intimidade.
Ao ouvirmos o convite
de Jesus para irmos a Ele, sentimo-nos exortados a regressar ao grande amor com
que Deus nos amou, tornando-nos seus amigos e filhos. Só aproximando-nos do
Coração de Jesus podemos compreender a grandeza desse amor, e a graça da
filiação divina que o Pai nos concedeu.
Contemplando e
escutando Jesus, «manso e humilde de coração-, somos libertados de uma religião
feita só de méritos, de obras, de deveres, porque em Jesus se revela o rosto
amável de Deus, capaz de saciar os nossos mais profundos anseios. A fé torna-se
então experiência de sermos revestidos com a força do alto, de caminharmos sem
descanso, porque apoiados sobre asas de águia, rumo a um amor que é anterior a
nós, que nos precede, e nos ensina a desejar a sua promessa.
A nossa resposta a
esse amor misericordioso de Deus concretiza-se na oblação do nosso humilde dia
a dia, aceitando com serenidade as cruzes e canseiras; irradiando com
espontaneidade simples os frutos do Espírito. E assim realizamos concretamente
o convite de Jesus: Quem quiser ser Meu discípulo" tome a sua cruz, dia a
dia, e siga-Me’ (Lc 9, 23). Assim O seguimos na mansidão e na humildade do
coração: "Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração’ (Mt 11, 29).
Encontraremos a força e a coragem para irradiar alegria, paz, bondade, para
alívio, não só nosso, mas também dos nossos irmãos. Assim, podemos viver hoje
no nosso Instituto, ou na forma de vida cristã que corresponde à nossa vocação,
a herança espiritual recebida do Padre Dehon.
Oratio
Senhor Jesus, obrigado
pelo teu convite: «Vinde a rrumt». Quero corresponder-lhe. Quero ir ao teu
encontro para estar contigo, fruir da tua presença e da tua amizade, aprender
de Ti. Ensina-me a conhecer o Pai, a tomar consciência da minha condição de
filho, a reconhecer os outros como irmãos. Ensina-me a ser manso e humilde de
coração, a fazer da cordialidade a minha atitude permanente na relação com
todos aqueles com quem vivo, na relação com aqueles a quem sou enviado, com
aqueles que me procuram ou procuram os meus serviços.
Ensina-me a ir ao teu encontro, a abrir-te o meu coração e a narrar-te as minhas preocupações e culpas. Que, em Ti, possa encontrar repouso e paz. Que, em Ti, encontre coragem e força para levar, dia após dia, o teu jugo suave e a tua carga leve. Amen.
Ensina-me a ir ao teu encontro, a abrir-te o meu coração e a narrar-te as minhas preocupações e culpas. Que, em Ti, possa encontrar repouso e paz. Que, em Ti, encontre coragem e força para levar, dia após dia, o teu jugo suave e a tua carga leve. Amen.
Contemplatio
o Mestre é bom, é doce
e fácil. «Vinde a mim, diz, vós todos que sofreis sob o jugo do demónio e da
natureza, o meu jugo é leve e o meu serviço é fácil. E para este serviço, doce
em si mesmo, e que poria as vossas almas na paz, prometo recompensas infinitas
… » (Mt 11).
Mas, ó bom Mestre, até ao presente, não passei de um servo infiel. Preferi o jugo odioso das criaturas e das paixões à vossa mestria tão doce e amável. Disse o Non serviam que reprováveis a Israel. Tínheis-me tirado do Egipto pelo baptismo, pela conversão, pela vocação. Deixei-vos e servi Baal. Podeis chamar como testemunhas contra mim o céu e a terra. Acusar-me-ão e clamarão por vingança. Abandonei as fontes da vida e procurei cisternas vazias ou águas turvas. Já não ouso regressar para vós (Jeremias, 2).
Mas, ó bom Mestre, até ao presente, não passei de um servo infiel. Preferi o jugo odioso das criaturas e das paixões à vossa mestria tão doce e amável. Disse o Non serviam que reprováveis a Israel. Tínheis-me tirado do Egipto pelo baptismo, pela conversão, pela vocação. Deixei-vos e servi Baal. Podeis chamar como testemunhas contra mim o céu e a terra. Acusar-me-ão e clamarão por vingança. Abandonei as fontes da vida e procurei cisternas vazias ou águas turvas. Já não ouso regressar para vós (Jeremias, 2).
E no entanto,
procurais-me e chamais-me. Vindes para me ganhardes pelo vosso amor e me
reconduzirdes ao vosso serviço que é mais doce que as realezas da terra. Vindes
com os laços de Adão, os laços humanos que são os laços do coração: in
funiculis Adam traham eos. Dais-me o vosso Coração: Conversum est in me Cor
meum. Esqueceis a vossa severidade. Tendes um Coração divino, e o Coração de
Deus não é como o dos homens: Quoniam Deus ego et non homo (Oseias, 11).
Ó! Sim, bom Mestre, na
Eucaristia encontro o Coração de um Deus e dirijo-me com confiança à sua
infinita bondade. (Leão Dehon, OSP 3, p. 655s.).
Actio
Repete frequentemente e vive hoje a palavra:
«Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração. (Mt 11, 29)
Repete frequentemente e vive hoje a palavra:
«Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração. (Mt 11, 29)
Obrigado!!!
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