02ª semana do Advento – Terça-feira -
Anos Pares
6 Dezembro 2016
02ª semana do Advento
– Terça-feira
Tempo do Advento Segunda Semana – Terça-feira
Tempo do Advento Segunda Semana – Terça-feira
Lectio
Primeira leitura: Isaías
40, 1-10
1 Consolai, consolai o
meu povo, é o vosso Deus quem o diz 2 Falai ao coração de Jerusalém e
gritai-lhe: terminou a vossa servidão, estão perdoados os vossos crimes, pois
já recebeu da mão do Senhor o dobro do castigo por todos os seus pecados. 3*Uma
voz grita: «Preparai no deserto o caminho do Senhor, aplanai na estepe uma
estrada para o nosso Deus. 4 Todo o vale seja levantado, e todas as colinas e
montanhas sejam abaixadas, todos os cumes sejam aplanados, e todos os terrenos
escarpados sejam nivelados!» 5Então a glória do Senhor manifestar-se-á, e toda
a gente a há-de ver ao mesmo tempo. É o Senhor quem o declara. 6 Diz uma voz:
«Proclama!» Respondo: «Que hei-de proclamar?» «Proclama que toda a gente é como
a erva e toda a sua beleza como a flor dos campos! 7A erva seca e a flor
murcha, quando o sopro do Senhor passa sobre elas. Verdadeiramente o povo é
semelhante à erva. 8 A erva seca e a flor murcha, mas a palavra do nosso Deus
permanece eternamente.» 9 Sobe a um alto monte, arauto de Sião. Grita com voz
forte, arauto de Jerusalém; levanta a voz sem receio, e diz às cidades de Judá:
«Aí está o vosso Deus! 10 Olhai, o Senhor Deus vem com a força do seu braço
dominador; olhai, vem com o preço da sua vitória, e com a recompensa
antecipada. 11 É como um pastor que apascenta o rebanho, reúne-o com o cajado
na mão, leva os cordeiros ao colo, e faz repousar as ovelhas que têm cries»
Os exilados em
Babilónia experimentam um profundo desânimo e tristeza A sua fé corre perigo:
ter-se-é Deus esquecido do seu povo, mantém-se a sua Palavra, tem Jerusalém uma
esperança? Um profeta anónimo, cujos oráculos são acrescentados ao livro de
Isaías, procura animar os exilados. Os oráculos desse profeta ocupam os
capítulos 40-55 do livro de Isaías. Começamos a lê-los hoje. E aparece-nos
imediatamente a motivação desses oráculos: «Consolai, consolai o meu povo», diz
o Senhor (v. 1). A consolação vem da Aliança restaurada e de uma nova relação
com o Senhor. O regresso à pátria é, para o Deutero-Isaías, um sinal dessa renovação
e dessa nova relação. Trata-se de um regresso triunfal, a que se junta a
própria criação. O Senhor, qual guerreiro triunfante e pastor cuidadoso,
caminha com o seu povo.
O profeta tem a missão
de preparar este regresso do Senhor (v. 3). A alma do povo, tornada semelhante
à estepe do deserto, acidentada e seca por causa dos sofrimentos, desilusões e
infidelidades, poderá acolher a glória de Deus com um entusiasmo ainda maior
que o experimentado durante o Êxodo (v. 5). Se o homem é frágil, e as suas promessas
efémeras, a palavra do Senhor é estável e o seu compromisso com a humanidade é
eterno. É na estabilidade do Senhor que o povo desterrado em Babilónia há-de
confiar.
Evangelho: Mateus 18,
12-14
Naquele tempo, disse
Jesus aos seus discípulos:12*Que vos parece? Se um homem tiver cem ovelhas e
uma delas se tresmalhar, não deixará as noventa e nove no monte, para ir à
procura da tresmalhada? 13 E, se chegar a encontrá-Ia, em verdade vos digo:
alegra-se mais com ela do que com as noventa e nove que não se tresmalharam. 14
Assim também é da vontade de vosso Pai que está no Céu que não se perca um só
destes pequeninos.»
A parábola da ovelha
perdida é uma exortação a partilhar a alegria do perdão que Deus concede aos
pecadores que se convertem, e a tornar-nos também disponíveis para oferecer o
perdão aos outros. Mateus insere a mesma parábola no discurso eclesial, no
contexto das orientações sobre a vida da comunidade: tornar-se pequeno, estar
disponível para acolher, cuidar dos que vacilam na fé … (cf. Mt 18).
Em coerência com esse contexto, Mateus não põe directamente Deus à procura da ovelha tresmalhada, mas a comunidade. É a solicitude pastoral da comunidade que torna visível o rosto de Deus que vai à procura do cristão perdido, do pecador.
Em coerência com esse contexto, Mateus não põe directamente Deus à procura da ovelha tresmalhada, mas a comunidade. É a solicitude pastoral da comunidade que torna visível o rosto de Deus que vai à procura do cristão perdido, do pecador.
Deixar as noventa e
nove ovelhas, para procurar uma perdida, é verdadeira loucura. É a loucura do
Deus de Jesus, que há-de tornar-se loucura da comunidade (v. 14). Esta, não
deve guiar-se por critérios de eficiência, mas pelo cuidado para com os
pequenos, os marginalizados, os perdidos. O resultado não está automaticamente
garantido: «se chegar a encontrá-ts» (v. 13) … O importante é que a comunidade
procure aquele que anda perdido e faça por encontrá-Ia …
Meditatio
São muitas as razões
para andarmos tristes e desanimados. Mas a palavra do Senhor consola-nos e
reanima em nós a esperança.: «Consolai, consolai o meu povo!… Aí está o vosso
Deus!.. o Senhor Deus vem com a força do seu braço dommedt», A Boa Notícia ecoa
pela terra: Deus vem com poder e com doçura semelhante à de um pastor que leva
os cordeiros ao colo e conduz devagar as ovelhas que têm crias.
Jesus aplica a si esta
imagem bíblica tão sugestiva. «Eu sou o Bom Pastor».
Esta expressão sugere
a ternura com que olha por nós, e a força com que intervém para vencer os
inimigos da nossa liberdade e da nossa dignidade, o cuidado com que nos guia
pelos difíceis e atormentados caminhos da vida.
Quantas vezes na vida,
individualmente ou em comunidade, experimentámos as consolações do nosso Deus,
nos sentimos conduzidos nos seus braços amorosos. Esta experiência deve
incitar-nos a procurar aqueles que andam perdidos, que andam afastados de Deus.
Como discípulos, e como comunidade, somos chamados a manifestar a todos o rosto do Pai misericordioso, indo à procura daqueles que, no caminho da vida, perderam a fé e a esperança. Somos consolados, chamados a ser consoladores, tornando-nos companheiros de viagem daqueles que têm o coração aflito e estão sobrecarregados pelo sofrimento ou pela culpa. Podemos fazê-lo com a consciência de que a consolação não vem de nós, mas vem da Palavra de Deus que permanece para sempre.
Como discípulos, e como comunidade, somos chamados a manifestar a todos o rosto do Pai misericordioso, indo à procura daqueles que, no caminho da vida, perderam a fé e a esperança. Somos consolados, chamados a ser consoladores, tornando-nos companheiros de viagem daqueles que têm o coração aflito e estão sobrecarregados pelo sofrimento ou pela culpa. Podemos fazê-lo com a consciência de que a consolação não vem de nós, mas vem da Palavra de Deus que permanece para sempre.
Cristo revela-nos o
Seu amor nos modos mais diferentes, como Verbo de Deus feito carne, como
sacerdote misterioso, como vítima pelos nossos pecados, como bom Pastor que dá
a vida por nós suas ovelhas. Somos chamados a corresponder a esse amor,
deixando-nos encontrar, deixando-nos tratar, deixando-nos conduzir à
comunidade, à Igreja, tornando-nos profetas e apóstolos do amor.
Foi essa a resposta do
Pe. Dehon, que o levou a unir-se e a unir toda a sua vida à oblação de Cristo,
a viver o "amor puro" e a lançar-se no seu intenso apostolado social.
Foi assim que, de modo muito concreto, realizou a sua vocação de oblato e
reparador.
Quem salva o mundo não
é o homem, mas Deus, em Jesus Cristo. Mas também é preciso o nosso trabalho, as
nossas obras. Mas tudo isso vale para a salvação na medida em
que é cristificado, isto é, na medida em que comunica a morte e a vida de Cristo, Bom Pastor que dá a vida pelas suas ovelhas. Essa comunicação não há-de realizar-se só por meio de palavras, mas também pelo dom da nossa vida, à semelhança de Cristo: "Em nós actua a morte, em vó~ a vida" (2 Cor 4, 12).
que é cristificado, isto é, na medida em que comunica a morte e a vida de Cristo, Bom Pastor que dá a vida pelas suas ovelhas. Essa comunicação não há-de realizar-se só por meio de palavras, mas também pelo dom da nossa vida, à semelhança de Cristo: "Em nós actua a morte, em vó~ a vida" (2 Cor 4, 12).
Oratio
Sobe a um alto monte,
arauto de Sião. Grita com voz forte, arauto de Jerusalém; levanta a V04 sem
receio, e diz às cidades de Judá: «Aí está o vosso Deus! Olhai, o Senhor Deus
vem com a força do seu braço dominador; olhai, vem com o preço da sua vitória,
e com a recompensa antecipada.
Senhor, o teu
Evangelho é Boa Notícia porque leva consolação aos fracos, aos perdidos e aos
escravos de muitos senhores. Hoje, continuas a anunciá-lo ao teu povo aflito,
porque és um Deus fiel. És o divino Amante que nos diriges o teu convite de
amor e nos falas ao coração. És o Deus de todas as consolações.
Faz com que, também
nós, possamos consolar os aflitos e oprimidos, com a mesma consolação que de Ti
recebemos. Impele-nos a procurar o que anda perdido. Tu és o Bom Pastor que
quer salvar a ovelha perdida, mas querida ao teu coração. E queres salvá-Ia
também com a nossa solidariedade.
Eis-nos aqui,
disponíveis a colaborar, para que a voz do teu Filho, manso e humilde de
coração, seja escutada no mundo, e todos possam regressar ao redil, à vida
verdadeira, só possível junto de Ti. Amen.
Contemplatio
Como Nosso Senhor é
amável sob este título que resume tão bem todas as bondades do seu Coração para
connosco! Foi ele mesmo que deu a si mesmo este título e que nos recordou todas
as solicitudes, todas as ternuras, todas as dedicações de um bom pastor.
O bom pastor conhece todas as suas ovelhas. Chama-as uma a uma. Caminha diante delas. Condu-Ias às melhores pastagens.
Espiritualmente, temos por alimento da nossa alma a palavra viva de Nosso Senhor, e para o nosso coração o alimento celeste da Eucaristia.
O bom Pastor dá os seus cuidados mais diligentes a todas as suas ovelhas. Se vê algumas que sofrem, feridas, cansadas, toma-as sobre os seus ombros, leva-as para o redil e cuida delas amorosamente. Nosso Senhor faz isto por nós pela confissão, pela direcção e pela sua Providência, tão assídua e tão delicada.
O bom pastor conhece todas as suas ovelhas. Chama-as uma a uma. Caminha diante delas. Condu-Ias às melhores pastagens.
Espiritualmente, temos por alimento da nossa alma a palavra viva de Nosso Senhor, e para o nosso coração o alimento celeste da Eucaristia.
O bom Pastor dá os seus cuidados mais diligentes a todas as suas ovelhas. Se vê algumas que sofrem, feridas, cansadas, toma-as sobre os seus ombros, leva-as para o redil e cuida delas amorosamente. Nosso Senhor faz isto por nós pela confissão, pela direcção e pela sua Providência, tão assídua e tão delicada.
O bom Pastor não perde
de vista as suas ovelhas, a sua solicitude é extrema.
Vela pela sua segurança, preserva-as da malícia dos maus e defende-os contra os embustes do demónio.
Para as salvar, dá até à última gota do seu sangue.
Não é verdadeiramente o Salvador com o seu Coração cheio de uma bondade inesgotável? (Leão Dehon, OSP 3, p. 472).
Vela pela sua segurança, preserva-as da malícia dos maus e defende-os contra os embustes do demónio.
Para as salvar, dá até à última gota do seu sangue.
Não é verdadeiramente o Salvador com o seu Coração cheio de uma bondade inesgotável? (Leão Dehon, OSP 3, p. 472).
Actio
Repete frequentemente e vive hoje a palavra:
«O Senhor Deus vem como um pastor que apascenta o rebanho. (cf Is 40, 10- 11)
Repete frequentemente e vive hoje a palavra:
«O Senhor Deus vem como um pastor que apascenta o rebanho. (cf Is 40, 10- 11)
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