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de Dezembro- DOMINGO - Evangelho - Mt 11,2-11
Elias
quando é arrebatado, na narrativa do antigo testamento de forma um tanto
alegórica ou mística (II Reis 2, 11), deixa a expectativa no povo de seu
retorno, pois eram uns profetas defensores dos interesses dos menores e mais
assolados pela política opressora de Acab no reino de Israel. Elias lutava pelo
fim do Baalísmo, o que seria hoje talvez, em analogia, as religiosidades por
conveniência e movidas por interesses, pois Baal era um deus muito procurado
pela sua produtividade…
Se
analisarmos assim, João Batista também vivia uma luta contra essas
religiosidades de conveniências e contra o uso da palavra de Deus para a
criação de uma elite dominadora sobre outras. É nesse cenário que surge João
Batista.
Diferentemente
dos profetas que o antecederam, João não foi gerado dentro dos palácios reais e
sim a “voz que clamava no deserto”. Um homem simples de vida simples que
acreditava fielmente que alguém em breve viria e ele não seria digno de amarrar
suas sandálias. Falaremos mais a frente sobre isso.
“(…)
Um dos personagens mais importantes para a nossa reflexão durante este tempo do
Advento é João Batista, o maior dentre os nascidos de mulher. João é o último
profeta do Antigo Testamento, o mensageiro que é enviado por Deus para ser o
precursor do Messias, aquele que tem como missão preparar os seus caminhos. Mas
quem é do Reino dos céus é maior do que ele, todos aqueles que vivem segundo a
nova aliança são maiores que João, porque a nova aliança é a aliança perfeita,
enquanto a antiga aliança é imperfeita”. (reflexão segundo a CNBB)
A
fé de João interagia perfeitamente com sua humildade e modo de viver, talvez
como aquela propaganda da bolacha Cream Cracker, teria ele fé porque era
extremamente simples, ou sua simplicidade vinha de sua imensa e fervorosa fé?
(risos)
João
convocava a todos a preparar o caminho do Senhor, pois o reino de Deus estava
próximo. Pedia através do batismo e da circuncisão que aceitassem a Deus como
Senhor (Batismo) e carregássemos conosco a marca de nossa fidelidade a Ele por
onde andássemos (circuncisão). João atendia assim e sem saber, que era dele que
Malaquias profetizava…
“(…)
Eis que estou ENVIANDO O MEU MENSAGEIRO PARA PREPARAR O CAMINHO À MINHA FRENTE.
E de repente chegará ao seu templo o SENHOR que vós estáveis procurando, o
mensageiro da Aliança que estáveis desejando. Eis que ele chega — diz o SENHOR
dos exércitos; [...] Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que chegue o
grandioso e terrível dia do SENHOR”. (Malaquias 3, 1. 23)
Jesus,
nesse trecho do evangelho, atesta a verdade sobre a profecia de Malaquias
quanto ao Elias que viria a sua frente: “(…) João é Elias, que estava para vir.
Se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam…”. Jesus declarava assim quem era
e sua missão.
O
Senhor demonstra uma tristeza natural pelo fato de não acreditarem em João. O
descrédito talvez se desse a pregação insistente de João Batista contra a
hipocrisia, as incoerências e conveniências adotadas pelos fariseus e muitos
mestres da lei: “Regras para todos, proteção ’divina’ e perdão para uns
poucos”.
João,
de certa forma, não incomodava mais aos fariseus, pois atuava em uma área
periférica, ou seja, afastada dos grandes centros. Quantos outros “Joãos”,
“Marias”, “Pedros”, “Marcos”, “Tatianas”, “Franciscos” (…) estão por ai hoje
levando a mensagem de Deus através de atos efetivos de amor ao próximo em
bairros afastados, em presídios, nas ruas, hospitais, creches, abrigos, dando
catequese, em pastorais de batismo, ECC… E também não são vistos ou dado o
devido valor?
João
de fato incomodou na verdade apenas uma pessoa, e esta lhe pediu a cabeça.
Alguém que se sentiu prejudicada pelas verdades perante a Lei que João
apresentava. É triste ver no que se transformou a fé de muitas pessoas: Criaram
um deus Milagreiro e comandavel. Um deus que tem hora e lugar para realizar
milagres; um deus comercial, “garoto propaganda” de “cajados de Abraão”,
“escudos da fé”; um deus que “realiza” maravilhas se o elefante esta virado com
a nádega para a porta; um deus que não se importa se não vou à missa, mas esta
sempre pronto atender meus pedidos, pois se assim não fizer, ameaço trocar de
igreja, de religião, de credo, de pensamento. (Hunf)
Que
João Batista seja um espelho de como crescer na fé através da coerência e da
simplicidade. Sempre terão aqueles que “feridos” pedirão nossa cabeça, mas não
há por que se preocupar, pois Deus é um juiz perfeito!
Mantenha
a fé!
Um
imenso abraço fraterno.
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