Tempo de arrependimento-Helena Serpa

13/12/2016 - 3ª. feira – III semana do Advento -  Sofonias 3,1-2.9-13 – “ficará um punhado de homens”

Sofonias prediz o tempo da salvação em que um punhado de homens humildes e pobres que não confia em si mesmo, mas espera no Senhor, cultuará a Deus trazendo para Ele as suas oferendas. Ele profetiza um tempo de expurgação dos pecados e admoesta o povo que não dá ouvidos ao apelo e à correção do Senhor, se torna rebelde e se afasta de Deus.   Restará assim, um povo justo que porá a sua esperança no Salvador, e por isso, não cometerá mais iniquidades.  Estes sim, porão a sua esperança no Senhor e por Ele serão apascentados e n’Ele repousarão. De modo contrário, os rebeldes e arrogantes que não aceitarem o apelo do Senhor à conversão, não conhecerão este novo modo de ser e de viver. Vemos assim nesta Palavra,  se confirmar a vontade que Deus tem de salvar o seu povo quando promete a purificação dos seus pecados, exterminando o mal a fim de que fique apenas um pequeno povo, humilde e pobre, mas feliz. Resta-nos, hoje, saber de que lado nos posicionamos, fazendo uma reflexão de como estamos vivendo e agindo a fim de elevar ou rebaixar o mundo, e muito principalmente, em quem estamos colocando a nossa confiança e a nossa esperança. Todavia, de qualquer lado em que estivermos, ainda há tempo para acolhermos a mensagem de salvação e vida nova do Senhor, nos penitenciando dos nossos pecados para fazermos parte desse punhado de homens humildes e pobres a que o profeta Sofonias se refere.  Se não quisermos atender a advertência do profeta  e estivermos contribuindo para que a “ cidade”, isto é, o mundo, continue desumano, rebelde e desonrado, “ai de nós”!   - O que esta mensagem quer dizer para você? Você acha que faz parte deste povo humilde? - Você tem aceitado e compreendido a correção do Senhor? – Você tem contribuído com as suas ações para que o mundo seja mais justo e mais fraterno?

Salmo 33 – “Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido!”

A misericórdia do Senhor abre as portas do céu para os pecadores que clamam por ela na hora da angústia. Quando nós pecamos e nos sentimos culpados o nosso coração fica atribulado e o nosso espírito se abate, porém o Senhor escuta o nosso clamor e nos liberta. O nosso arrependimento e o propósito que fazemos de não mais pecar nos faz abrir os lábios para bendizer o Senhor Deus em todos os tempos. 

Evangelho – Mateus 21, 28-32 -  “tempo de arrependimento”

Deus nos convoca a sermos, santos e santas e está à espera  da nossa adesão. Ao contar a parábola do pai e dos dois filhos Jesus é muito claro para nos advertir e conscientizar de que não são as nossas palavras, mas sim as nossas ações que têm valor diante de Deus. Nós  temos plena liberdade de dizer sim ou não ao chamado de Deus. E, mesmo sem desejar ou sem ter vontade, mesmo dizendo não, todos nós temos a chance de nos arrepender e fazer a Sua vontade. Mudar de opinião e de mentalidade é uma forma de conversão! A misericórdia de Deus se manifesta quando reconhecemos o nosso  ser pecador  e nos arrependemos,  porque cremos na compaixão e no perdão de Deus  e voltamos atrás nas nossas intenções.  Deus se rende diante dos nossos propósitos de mudança e já nos perdoa antes mesmo que atuemos.  Deste modo, valerá o tempo do arrependimento e do reconhecimento do erro. Por isso, muitas pessoas a quem julgamos perdidas, podem, sim, receber o perdão e a salvação, talvez até antes que nós, dependendo da sua fé. Por isso, Jesus falou: “os publicanos e as prostitutas vos precedem no reino de Deus!”  Aproveitemos este tempo de conversão e refaçamos os nossos propósitos de vida buscando a santidade, pois esse  é o nosso chamado . Mesmo que tenhamos sido rebeldes e ingratos (as), mesmo que tenhamos dado ao mundo a nossa palavra de adesão, voltemos atrás, pois o reino dos céus nos espera. Você se arrepende de alguma coisa? - Em que você pode ainda voltar atrás?  -  Você é daqueles (as) que para agradarem as pessoas prometem qualquer coisa? - Você é capaz de mudar de opinião e atender ao pedido de alguém a quem você já deu um não?