17 de Dezembro de 2016
Evangelho
- Mt 1,1-17
A vinda de Jesus ao mundo foi precedida de uma
história: a história do povo de Israel, que tem o seu início com Abraão,
desenvolve-se até atingir o seu apogeu com o Rei Davi, depois entra em declínio
até atingir o seu ponto mais baixo com Josias e o exílio da Babilônia, para
depois evoluir até chegar à plenitude dos tempos com a Jesus, Deus presente e
atuante na história dos homens, que vai ser a realização da promessa a Abraão
que nele serão abençoadas todas as nações da terra e a salvação chega para
todos os povos com a libertação do pecado e da morte e a presença do próprio
Deus na vida de todos nós.(C.N.B.B.)
O evangelho de hoje mostra que pela
genealogia de Jesus Cristo, Ele é descendente de Abraão. Mas na
verdade, Jesus foi gerado pelo Espírito Santo não no seio da Virgem Maria, mas
sim, em seu corpo mesmo. A gente diz que foi no seio, por um a questão de
respeito, nos recusamos a dizer o local exato, ou seja, o útero. Portanto,
Jesus, enquanto Filho de Deus, não é descendente nem de Abraão nem tão pouco de
Davi.
Porém, em sinal de respeito à cultura do
tempo de Jesus, a qual considerava as genealogias
como uma forma literária usada para confirmar a vinculação de uma ou
mais personagens de destaque a uma linhagem que recebeu as promessas divinas,
são quatorze as gerações, desde Abraão até o nascimento de Jesus.
A respeito da concepção virginal de
Maria, já houve quem perguntasse se não se trataria aqui de lendas ou de
construções teológicas sem pretensões históricas. A isto
deve-se responder: a fé na concepção virginal de Jesus deparou com
intensa oposição, zombarias ou incompreensões da parte dos não-crentes, judeus
e pagãos. Ela não era motivada pela mitologia pagã ou por alguma adaptação às
idéias do tempo. O sentido deste acontecimento só é acessível à fé, que o vê no
nexo que interliga os mistérios entre si, no conjunto dos Mistérios de Cristo,
desde a sua Encarnação até a sua Páscoa. Por isso o aprofundamento de sua fé na
maternidade virginal levou a Igreja a confessar a virgindade real e perpétua de
Maria, mesmo no parto do Filho de Deus feito homem. Com efeito, o nascimento de
Cristo "não lhe diminuiu, mas sagrou a integridade virginal" de sua
mãe. A Liturgia da Igreja celebra Maria como a "sempre
virgem".
Assim, prezados irmãos, a concepção de
Maria pela atuação do Espírito Santo e sua virgindade, é mais um mistério que
acompanha a pessoa de Jesus Cristo, e que não podemos entender pela nossa
inteligência, mais sim pelos olhos da fé. Mas infelizmente, aqueles de pouca
fé, ou os inimigos do catolicismo, se apóiam nesta parte da nossa doutrina para
nos questionar, como se tivéssemos inventado tudo isso e mais um pouco.
É por isso que o olhar da fé pode
descobrir, tendo em mente o conjunto da Revelação, as razões misteriosas pelas
quais Deus, em seu desígnio salvífico, quis que seu Filho nascesse de uma
virgem. Essas razões tocam tanto a pessoa e a missão redentora de Cristo quanto
o acolhimento desta missão por Maria em favor de todos os
homens. Jesus é portanto, concebido pelo poder do Espírito Santo no
corpo da Virgem Maria, e é por isso que a humanidade de
Cristo é, desde a sua concepção, repleta do Espírito Santo, pois Deus "lhe
dá o Espírito sem medida". É da "plenitude dele", cabeça da
humanidade remida, que "nós recebemos graça sobre graça" (Jo 1,16).
Acredite. Jesus é Deus feito homem. José Salviano
Olá, bom dia. Não nos esqueçamos que, Jesus Cristo é VERDADEIRO DEUS E VERDADEIRO HOMEM.
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