17/07/2016 - XVI Domingo do Tempo comum - 1ª leitura – Gênesis 18, 1-10 – “os anjos nos
anunciam as promessas de Deus”
A promessa de que Sara, mulher de Abraão, teria um filho aos
noventa anos foi transmitida pelos três anjos, mensageiros do Senhor, que o visitaram
“quando ele estava sentado à entrada da
sua tenda, no maior calor do dia”. Portanto,
nesta primeira leitura, percebemos como Deus se utiliza de pessoas
aparentemente carentes para nos dar mensagens e até nos fazer promessas. Percebendo
a mão de Deus, Abraão, não só se mostrou solícito, oferecendo tudo de que eles
precisavam, mas, principalmente, permanecendo junto deles respondendo-lhes as
perguntas e escutando atentamente o que lhe falavam. Na nossa trajetória de
vida precisamos estar atentos pois, Deus também se “disfarça” e se apresenta a
nós de várias maneiras, às vezes, na pessoa do doente, do necessitado, da
criança, do indigente, do forasteiro, ou de alguém que nunca pensaríamos
pudesse ser um enviado para nos ajudar. Às vezes por estarmos, ”no maior calor do dia”, isto é,
afogados nos nossos problemas, tentando resolver mil e uma questões, entendemos
que os que nos procuram estão necessitados apenas, da nossa “esmola”. Não refletimos na possibilidade de que,
alguém quando nos procura ou vai à nossa casa, mostrando-se visivelmente,
carente e necessitado, possa ser um instrumento de Deus para nos auxiliar. O
Senhor pode estar colocando alguém à nossa disposição, não somente para que
exerçamos com elas a “caridade usual”, mas para fazê-las mensageiras dos Seus
projetos a nosso respeito. Nada está oculto ao juízo de Deus, por isso,
Ele conhece as necessidades de todos nós e sabe bem o que compete a cada um. Os
três anjos a quem Abraão se dirigia como a um único Senhor, eram uma manifestação
de Deus, para avisá-lo de que Sara, sua mulher iria ter um filho, coisa
aparentemente impossível de acontecer. Com Abraão nós aprendemos a estar
atentos aos mensageiros de Deus que nos visitam e dão esperança de que coisas impossíveis
de acontecer na nossa vida, são parte do plano de Deus para nós. Reflita – Como
você tem acolhido “os necessitados” que batem à sua porta? – Você se envolve
com eles ou prefere mandar a esmola pela sua “empregada”? – Você acha que Deus
pode usar uma pessoa humilde para lhe dar um conselho? – Você, alguma vez já
recebeu a visita de Deus?
Salmo 14 –
“Senhor, quem morará em vossa casa?”
O salmista nos dá um roteiro de como nós podemos morar na casa de
Deus. Poucas vezes nós nos damos conta de que para morar na casa do Senhor,
isto é, ter intimidade com Ele e sentir realmente o Seu amor, nós precisamos
cultivar a verdade no nosso coração. O nosso coração é a morada do Senhor e os
nossos pensamentos podem nos delatar e, mesmo que ainda nem soltemos a língua
para caluniar, já estamos deixando de acolher no coração a fonte do amor, que é
Deus. Portanto, observemos que a boa qualidade dos nossos pensamentos, palavras
e ações em relação ao nosso próximo são a regra primeira para que possamos
estar juntinhos de Deus, morando na mesma casa.
2ª. Leitura
– Colossenses 1, 24-28 – “ grande mistério é a presença de Cristo em nós ”
Em todos os momentos, e, mesmo no meio dos grandes sofrimentos e
tribulações podemos sentir alegria porque estamos unidos a Cristo. A presença
de Cristo dentro de nós é um grande mistério! No entanto, quando colocamos as
nossas lutas, tribulações e dificuldades na Cruz de Cristo, isto é, em
solidariedade à Sua Paixão por nós, percebemos que conseguimos também vencer
todas as barreiras como Ele venceu. Quando servimos ao Corpo de Cristo, isto é,
à Sua Igreja, na pessoa dos nossos irmãos e nos envolvemos com eles
transmitindo-lhes o mistério da presença de Cristo por meio da Sua palavra nós
nos tornamos partícipes da missão de Jesus. Deste modo, também podemos nos considerar
santos, pois estamos a serviço do Santo que vive em nós. A presença de Cristo
no nosso coração é para nós a esperança
da glória futura e quanto mais O anunciamos e ensinamos a outros, com
toda sabedoria, a como encontrá-Lo, mais forte será a nossa união com Ele. Por
este motivo, podemos também, como São Paulo nos alegrarmos até pelas
tribulações que sofremos em nome de Jesus. – Você tem plena consciência de que
Jesus vive dentro do seu coração? – Você sente a manifestação do Espírito Santo
na sua vida? – Você se alegra mesmo nas tribulações? - Você tem dado testemunho
disso à outras pessoas que ainda não fizeram essa experiência?
Evangelho –
Lucas 10, 38-42 – “a melhor parte é estar com o Mestre”
Por meio das
atitudes de Marta e de Maria Jesus nos ensina a harmonizar as nossas ações de
acordo com a nossa oração. Como uma dona de casa, Marta demonstrava ter muitas
preocupações com os afazeres a fim de receber aquela visita ilustre. Maria, a
irmã, pelo contrário, estava completamente desligada das “obrigações sociais”,
por isso, “sentou-se aos pés do Senhor e
escutava a Sua Palavra”. Diante daquele quadro Jesus fez ver à dona da casa
que ela estava equivocada, pois perdia seu precioso tempo, “agitada por muitas
coisas”, enquanto Maria “escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada”.
Jesus também nos ensina a saber acolhê-Lo em nossa casa aproveitando a
oportunidade para auferir os Seus ensinamentos de verdadeiro Mestre. Quantas
vezes temos convidado Jesus para entrar na nossa vida, queremos conhecê-Lo,
desejamos “receber” as Suas graças de cura, de libertação e solução para os
nossos problemas, no entanto, nos esquecemos de sentar para escutá-Lo, não
abrimos a Sua Palavra para conhecê-Lo melhor e nos agitamos preocupados (as) em
fazer alguma coisa para agradá-Lo. Fazemos promessas, jejuamos, rezamos
novenas, até O servimos na Igreja ou na comunidade, mas não paramos para fazer
a nossa oração pessoal que é a oportunidade de aprender com Ele a palavra chave
que nos oferece o remédio para curar as nossas enfermidades. Há muitas pessoas
que entendem ser o trabalho uma oração, desde que ele seja para a glória de
Deus, e isto também é verdade. Todavia,
quando agimos assim, dentro de nós haverá sempre o silêncio e o vazio que a
ausência da oração pessoal provoca. A ação que agrada a Deus é aquela que advém
do nosso diálogo com Ele, pois só assim iremos descobrir qual é a nossa parte
na Sua obra. O que fizermos com as nossas mãos, o que providenciamos com o
nosso trabalho incessante, poderá passar, mas o que apreendermos com Jesus,
será como um tesouro inesgotável que nunca nos será tirado. Deus também gosta
de estar conosco e de nos ter aos Seus pés, isto é, diante Dele, recebendo o
Seu carinho e a Sua atenção. Façamos, pois, hoje ainda o convite para que Jesus
nos visite, porém deixemos de lado todas as preocupações para agradá-Lo e nos
postemos quietos à Sua disposição para que Ele faça em nós tudo que é da
vontade do Pai, pois somente Ele a conhece. – Você também tem convidado Jesus
para ir à sua casa? – Qual tem sido a sua conduta ante a visita de Jesus? – O
que mais você tem feito: rezado novena ou meditado com a Palavra de Deus? -Você
é Marta ou Maria no seu dia adia? - Você
tem feito esforço para sentar-se aos pés de Jesus e pedir a Ele orientação para
os seus afazeres?
SENHOR QUEM ENTRARA,JESUS RESPONDE AQUELE QUE FAZ A MINHA VONTADE.SENHOR EU PRECISO MUITO DESSA FORÇA QUE SO EM TI POSSAMOS ENCONTRAR..SENHOR QUE PRESTEMOS ATENÇAO EM TUA PALAVRA AMEM
ResponderExcluirQuanto ensinamento adquerido ao ler este comentário da liturgia. Deus o abençoe.
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