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quinta-feira, 6 de agosto de 2015

NÃO BASTA SER CATÓLICO -Canção Nova

07- Sexta - Evangelho - Mt 16,24-28

 

Não basta ser católico. É preciso reconhecer Deus em nossas vidas e em nossa realidade, para que possamos viver sua verdade presente no meio de nós. Jesus não nos ilude: Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga. Sua cruz é vida doada e partilhada para nossa redenção.
Jesus identificou-se com o “humano”, agraciado por Deus com um destino de glória e felicidade eterna. Agora Jesus dirige um convite a todos. O tema é o seguimento de Jesus, a meta é a “vida”. O seguimento comporta o renunciar a si mesmo e tomar sua cruz. O renunciar a si mesmo, perder a sua vida, é desprezar a ideologia do sucesso, do enriquecimento e do consumismo. Porém, a renúncia por si mesma não é um fim. É uma libertação para assumir o compromisso da transformação deste mundo. É preciso tomar a cruz. Marcos não fala em um sentido espiritual, mas no sentido concreto. Quem carregava sua própria cruz eram os condenados, incômodos à sociedade. Tomar a cruz é enfrentar a violência da repressão do sistema político-religioso contra quem busca vida plena para todos. É a comunhão de vida com o próximo e com Deus.
Não basta apenas que alguém se diga católico. Não basta ter feito a profissão na vida religiosa. Não basta levar adiante uma determinada ação pastoral? Não basta. Será preciso ser discípulo do Senhor, segui-lo. Hoje, mais do que nunca, se compreendeu a urgência do discipulado que prepara para a missão.
O caminho da formação do seguidor de Jesus lança suas raízes na natureza dinâmica da pessoa e no convite pessoal de Jesus Cristo, que chama os seus pelo nome e estes O seguem porque lhe conhecem a voz. O Senhor despertava as aspirações profundas de seus discípulos e os atraía a Si, maravilhados. O Documento de Aparecida no nº 277 diz que “o seguimento é fruto de uma fascinação que responde ao desejo de realização humana, ao desejo de vida plena. O discípulo é alguém apaixonado por Cristo, a quem reconhece como Mestre que o conduz em acompanha”.
Que abismo de profundidade no tema do seguimento de Cristo! Ele chama e exige entrega irrestrita, corajosa, sem meias medidas! O discípulo se sente fascinado. Não há outra palavra que exprima melhor o sentimento daquele que foi sendo tocado pelo Senhor. Consciente de conservar sua liberdade, aquele que é chamado caminha para uma luz que quase irresistivelmente o chama. O Mestre exige abandono do mundo dos pequenos interesses, do ganho, do lucro, das vantagens, das satisfações menores.
Há que renunciar. Uma força estranha age no coração do discípulo exigindo tal renúncia. Haverá momentos em que a cruz aparecerá na vida daquele que segue Jesus. Sem ela o discípulo não prova o seguimento do Mestre. Há um corajoso deixar. Francisco de Assis, no começou de sua vida de seguimento de Jesus, lembra que o Altíssimo o levou ao mundo dos leprosos que lhe causavam literalmente enjôo. Ele abraça os seres decrépitos e deixa o mundo, começando uma vida esplendorosa de seguimento de Cristo, que ele designará de vida de penitência, de deixar o mundo, isto é, o espírito das coisas pequenas, de baixo….
De que serve ter bens, aplausos, riqueza, prestígio se o coração do homem se distanciar das exigências do mundo novo? De que serve uma família bem instalada, com bens e filhos doutores e mestres, de gente que corre, mas esqueceu de colocar os passos nos passos de Jesus? Há os que perdem tudo, para tudo ganharem. São os santos, são os heróis do Evangelho. Seja você um deles e terá tudo em abundância!
Pai dá-me a pobreza e a coragem necessárias para ser seguidor de teu Filho Jesus e realizar obras que merecerão a recompensa divina.



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