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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

A ovelha perdida-Alexandre Soledade

9 de Dezembro- Terça - Evangelho - Mt 8,12-14


Bom dia!
Hoje, em virtude do trabalho, família, estudo, compromissos diversos, (…) torna quase utopia esperar que possamos ir atrás de cada um que passou por nossas vidas e saber por onde andam ou como estão, mas Imagino, ou pelo menos tento trazer na memória, cada ovelha que resolveu ir embora.
De fato não sabemos o motivo que a levou a fazer isso. De repente, talvez, por que um irmão foi muito duro com ela; ou em uma discussão corriqueira sobre um assunto pequeno e fútil, onde nenhuma das partes resolveu ceder e os “bicos” se bateram. Um parêntese: Imagine a cena, dois tucanos tentando comer uma mesma maça. Se um não esperar o outro, ambos ficaram sem comer e morrerão de fome. E de fato, quanto colegas, amigos, conhecidos, “morrem” de fome por se alimentar apenas do orgulho que os faz viver?
Enquanto isso (…). Imagino também a ovelha que perambula pelo mundo, que usa das suas luzes e encantos para seduzi-la, mas de fato não se preocupa com seu bem estar, se sofre, se passa fome… Vejo pessoas sem esperança e também sem chances; “ovelhas” que não se parecem mais com seres humanos. Pessoas que temos a impressão que a luz dos sonhos se apagou.
Às vezes esquecemos que por debaixo de tudo aquilo que vemos ainda existe um ser humano.
“(…) Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber; era peregrino e não me acolhestes; nu e não me vestistes; enfermo e na prisão e não me visitastes”. (Mateus 25, 42-43)
Muitas vezes nós mesmos abrimos as “portas do cercado” para as ovelhas cuja lã não combina com a nossa. Abrimos as portas quando fazemos ou permitimos as críticas infundadas, quando não queremos ouvir outra opinião, quando nos esquecemos de elogiar. Quantos casamentos acabam em virtude da falta de elogios? Abrimos as cancelas quando não nos preocupamos com quem esta fraquejando ou quando cometeu um deslize.
“(…) Deixemos, pois, de nos julgar uns aos outros; antes, cuidai em não pôr um tropeço diante do vosso irmão ou dar-lhe ocasião de queda”. (Romanos 14,13)
Chego a devida conclusão que se não tenho tempo pra ajudar a buscar, que não seja eu que leve alguém a se afastar.
Nessa semana somos chamados a rever nossas atitudes para que o reino de Deus surja, pois se Ele ainda não é vivido hoje é por culpa ou da nossa omissão ou da nossa maldade inerente. O reino começa quando eu desisto de atrapalhar.
Um padre certa vez disse que pouca adianta estender meu vínculo com Deus se não melhorar, na mesma proporção a minha relação com aqueles que estão ao meu lado, pois bem aventurado não aquele que levanta as mãos e louva, mas aquele que se importa com o sofrimento do que esta ao seu lado. Se não atrapalho, já ajudo!
Depois de tudo isso pergunto: Tendo um homem 99 ovelhas e uma delas se perde, como é que arrumo tempo pra perder com “picuinhas”, tucanos e teimosos e julgamentos?
Escrevi isso ano passado, mas ao lê-lo de novo, será que algo mudou em nossa conduta?
Um imenso abraço fraterno!



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