O Filho do Homem veio procurar e salvar
o que estava perdido.
Este Evangelho narra o encontro de Jesus
com Zaqueu. Ele queria ver Jesus. Não apenas ver. O que aconteceu depois
mostrou que Zaqueu queria de corpo e alma ver Jesus.
Ele tinha na frente dois obstáculos: A
multidão que o impedia de aproximar-se de Jesus, e a sua baixa estatura.
Correu na frente da multidão e subiu em
uma árvore. Pronto, superou os dois obstáculos. Nós encontramos na vida muitos
obstáculos que nos impedem de nos aproximar de Jesus. Mas nenhum deles é
insuperável; com esforço e criatividade, podemos vencer todos.
Zaqueu expôs-se ao ridículo. Imagine um
homem conceituado na cidade, trepado numa árvore! Quando queremos encontrar-nos
com Deus, precisamos aproveitar as oportunidades, sem nenhum respeito humano.
Interessante: Zaqueu se interessava por
Jesus e Jesus se interessava por Zaqueu. Já antes da cena, Jesus tinha
planejado ficar na casa dele. Na verdade, Deus é que prepara as ocasiões para o
nosso encontro com ele. Quando vamos a ele com a farinha, ele já vem ao nosso
encontro com o bolo pronto!
Deus nos chama pelo nome. Como deve ter
sido gratificante para Zaqueu, ouvir Jesus falar o seu nome! “Chamei-te pelo
teu nome, tu és meu” (Is 43,1).
“Desce depressa!” Não só da árvore;
humilha-te, torna-te simples criatura de Deus, e ele te abraçará.
Zaqueu acolheu Jesus de forma ampla: no
seu coração, na sua casa com tudo o que havia dentro: família, pertences... E o
resultado foi a alegria.
A nossa conversão tem de ser ampla. Não
é possível ser amigo de Jesus e continuar apegado, por exemplo, ao dinheiro. Se
um copo tem um líquido e nós despejamos outro líquido em cima, aquele que
estava no copo transborda e cai para fora. Assim queremos que Jesus faça
conosco; que ele tome conta de nós. Não queremos ser como o jovem rico, que
preferiu seus bens ao seguimento de Jesus. O nosso modelo de conversão é
Zaqueu.
A crítica dos fariseus -“Ele foi
hospedar-se na casa de um pecador!” – converte-se em alegria para nós, pois,
mesmo que estejamos cheios de pecados, Jesus poderá vir a nós também. O
importante é abrir a nossa porta, mesmo que a casa esteja suja, e dizer a
Jesus: entre na minha casa, Senhor, coma e beba, depois nós conversaremos.
Quais os obstáculos que me impedem de um
encontro mais profundo com Deus? De que modo estou procurando superá-los? Tenho
coragem de devolver quatro vezes mais às pessoas que defraudei, e, se Deus me
pedir, de dar a metade dos meus bens aos pobres? O respeito humano tem me
impedido de participar mais ativamente da Comunidade cristã?
“Discípulos e missionários de Jesus
Cristo, para que nossos povos tenham mais vida nele.” Mesmo que critiquem, nós
queremos ir atrás das pessoas afastadas e mergulhadas no pecado como Zaqueu. “O
Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”.
Certa vez, um palestrante sentou-se numa
cadeira, agarrou-se com as duas mãos no encosto da cadeira, e fez uma bela
oração de entrega a Deus: “Senhor, estou disponível; pode me chamar. Estou aqui,
chama-me para qualquer coisa que o Senhor quiser!...” Como que Deus vai chamar
uma pessoa nessas condições?!
Quando rezarmos, que larguemos o encosto
da cadeira, isto é, que coloquemos sobre a mesa tudo o que é nosso, como fez
Zaqueu, como fez Maria, São Frei Galvão, Santa Paulina e tantos outros e
outras, até conhecidos nossos, que já morreram!
Maria Santíssima tem um coração que é
todo “sim” para Deus, e todo “sim” para nós, seus filhos e filhas. Maria do
“sim”, rogai por nós!
O Filho do Homem veio procurar e salvar
o que estava perdido.
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