4
de Dezembro- Quinta - Evangelho - Mt 7,21.24-27
Bom
dia!
“(…)
Somente quem faz a vontade do Pai que está nos céus irá participar plenamente
do seu Reino. Jesus veio até nós para nos revelar quem é o Pai, assim como a
sua vontade, para que, a partir do seu conhecimento, pudéssemos praticá-la e
participar conscientemente do Reino. Por isso, todos os que desejam a vida
eterna devem fundamentar a sua existência na palavra de Jesus e procurar viver
segundo os valores que ele pregou no Evangelho, colocando em prática a vontade
do Pai, que Jesus, ao se fazer homem e vir ao mundo, revelou para todos nós”.
(Reflexão proposta pela CNBB)
Já
adentramos dezembro e que reflexão faço da minha casa, ou seja, de mim, esse
ano? Quantas vezes caí? Quantas vezes me envergonhei dos meus atos? Sobre o que
edifiquei ou me embasei nas minhas decisões? Decidi ou me manifestei no calor
de emoções? A quantos feri? Mais pra frente entenderemos o porquê dessas
perguntas.
Somos
chamados, ano a ano a acompanhar o tempo. Os dias passam e com eles o tempo
também. Um fruto, um dia foi semente, foi flor e depois o fruto, uma sequência
natural que também acontece conosco, pois um dia fomos crianças, outrora jovens
e agora maduros, mas nesse ano, quantos passos foram dados em busca da
maturidade?
“(…)
Então é natal, e o que você fez? O ano termina, e nasce outra vez…”.
Pergunto
isso todos os anos… Responda sem preocupações: Quantos livros eu li? O quanto
me aperfeiçoei ou me dediquei em algo? Que conceitos ou pré-conceitos foram
revistos? O que era um defeito e agora é um fato controlado ou pelo menos esta
mais tênue? A quantos eu estendi a mão (perdão, conforto, paz)? O que plantei?
Que projetos idealizei e consegui concluir?
O
ano renasce a cada novo amanhecer. Se usarmos uma analogia daquela placa
“ESTAMOS EM OBRAS PARA MELHOR ATENDÊ-LO”, descobrimos que passamos mais tempo
em obras do que abertos ao público. Que afugentamos mais do que trazemos para
perto de nós. Que temos medo de abraçar, pois não sabemos as intenções
verdadeiras de quem nos abraça; que damos mais “esmolas” se tivermos algo em
troca.
Pergunte-se:
A quem mais ajudamos no dia a dia, o malabarista de semáforo que nos pede um
trocado pelo show ou ao rapaz da Manasses (casa que lida na recuperação de
vítimas do álcool e outras drogas) que entra no ônibus e nos dá duas canetas em
“troca” de 2 Reais? Ambos estão trabalhando. Poderíamos alegar que o motivo dos
meninos da Manasses seja mais nobre, mas como não verificar a dificuldade de
reconhecer que até a melhor de nossas intenções pode ser movida por interesses?
Quantas
vezes minha decisões foram movidas por meus interesses ou sentimentos
particulares? Quantos projetos naufragaram por minha falta de vontade ou por
minhas críticas? Quantas vezes fui movido pelas dores dos outros a atacar ou
julgar outras? Quantos, que nem mesmo conhecia, mas eu já imaginava como seriam
(pré-julgamento)?
A
música “Então é Natal” termina com um pedido de paz e uma lembrança a Hiroxima
e Nagasaki, cidades destruídas pelo ímpeto humano de estar certo a qualquer
custa. Quantos casamentos, noivados, namoros e amizades também foram e são
desfeitos também pelo orgulho, por não querer ceder, não aceitar as correções?
Por exemplo, o orgulho de homens que não querem ajudar na lida doméstica
(lavar, cozinhar, passar) como se fosse “coisas de mulher” ou quando não as
deixam estudar, sair de casa, (…)
As
reformas do nosso ser não param de acontecer, pois temos um imenso prazer em
receber as pessoas, estar perto delas, de nos socializar, cada vez melhor, mais
dóceis, amáveis… Quem tem Deus no coração não consegue se isolar, se calar,
fugir.
João,
o evangelista, era provavelmente o mais novo dos apóstolos e somente na velhice
conseguiu sintetizar o que Jesus realmente desejava. É dele frases como “Deus é
Amor”, mas algo que ele escreveu, que nesse período tão favorável, me toca:
“(…)
Compreendemos o que é o amor, porque Jesus deu a sua vida por nós; portanto,
nós também, devemos dar a vida pelos irmãos. Se alguém possui bens deste mundo
e, vendo o seu irmão em necessidade, lhe fecha o coração, como pode o amor de
Deus permanecer nele? Filhinhos, não amemos com palavras nem com a língua, mas
com obras e de verdade”. (I João 3, 16-18)
Daí
se sintetiza o evangelho de hoje “(…) Filhinhos, não amemos com palavras nem
com a língua, mas com obras e de verdade”, pois como Jesus disse “(…) Não é
toda pessoa que me chama de “Senhor, Senhor” que entrará no Reino do Céu, mas
somente quem faz a vontade do meu Pai, que está no céu.
Meus
irmãos! Precisamos crescer com as primaveras que passam.
Um
imenso abraço fraterno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário