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de Dezembro- Quarta - Evangelho - Mt 15,29-37
Bom
dia!
Quem
por ventura não se compadeceria de quem muito lutou por algo? “(…) Estou com
pena dessa gente porque já faz três dias que eles estão comigo e não têm nada
para comer. NÃO QUERO MANDÁ-LOS EMBORA COM FOME, pois poderiam cair de fraqueza
pelo caminho”. Ninguém que se abandona nas mãos de Deus voltará para casa sem
uma resposta, sem um consolo, uma direção. Preciso então diferenciar algumas
coisas sobre o verbete ABANDONAR
Segundo
um dicionário na web, abandonar é deixar ao abandono, desamparar, largar,
renunciar, entregar-se (…). Aquele povo que veio a procura do conforto de Deus
não se importou em levar nada, pois valia tanto aquele arriscar por aquele
momento que nem se atentaram ao planejamento, ou seja, arriscaram sem saber se
seriam ouvidos ou atendidos.
Domingo
reacendemos na missa a vela da esperança em nossas vidas, mas o que abandonar
tem haver com esperança? Será que para conseguir algo quero muito preciso me
abandonar aos pés da esperança? Será que apenas a fé basta para mudar uma
situação, um jeito ou reverter um problema? Mover uma montanha?
“(…)
Então os discípulos lhe perguntaram em particular: Por que não pudemos nós
expulsar este demônio? Jesus respondeu-lhes: Por causa de vossa falta de fé. Em
verdade vos digo: se tiverdes fé, como um grão de mostarda, direis a esta
montanha: Transporta-te daqui para lá, e ela irá; e nada vos será impossível.
Quanto a esta espécie de demônio, só se pode expulsar à força de oração e de
jejum“. (Mateus 17, 19-20)
De
fato o que faz mover não é a esperança e sim a fé, mas a fé precisa de um gesto
concreto nosso que diz: MOVA-SE! A esperança é o vento que reanima a chama. É
aquele sopro que retira a cinza de cima da brasa e que então volta a queimar. A
fé pode existir sem a esperança, mas seu tempo de vida é muito menor.
Fé
sem esperança?
Sim!
Quantas pessoas conhecemos (inclusive nós mesmos) já haviam se dado por
vencidas, abandonado a esperança, mas ainda, ao sermos perguntados sobre o
assunto, dizíamos: “Já perdi a esperança, mas tenho fé que Deus vai me ajudar”.
Quantas pessoas, portanto foram a aquele local atrás de Jesus com esse mesmo
sentimento em mente? Não tinham como voltar atrás, pois sem esperança a fé
suporta pouco tempo.
Talvez
a primeira vela do advento venha soprar a cinza que cobre a nossa fé. Quantos
pedidos fiz durante esse ano que não deram certo? Quantas dificuldades passei?
Angustias que enfrentei, sentimentos de solidão… Quantas dívidas surgiram,
enfermidades que me bateram a porta?
É
preciso ficar bem claro: SEM ESPERANÇA A FÉ SUCUMBE!
Quando
foram procurar a Jesus, possivelmente a esperança já estava fragilizada, no
entanto o abandono de si mesmo, moveu o coração do Senhor ao seu socorro. Da
mesma forma que foi preciso dizer a montanha MOVA-SE, foi também preciso
buscá-lo com o coração disposto a se abandonar.
Sua
esperança se foi? A fé a inda resiste? Mova-se!
Busquemos
um coração disposto ao abandono!
Um
imenso abraço fraterno.
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