34º DOMINGO -
TEMPO COMUM
SOLENIDADE DE
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI
DO UNIVERSO
Evangelho - Mt 25,31-46
23 de Novembro de 2014
ANO A
Deixar Deus reinar em nossas vidas,
dirigir e governar os nossos passos é a opção mais inteligente, a melhor decisão
que podemos e devemos tomar.
PRIMEIRA
LEITURA
Deus se esqueceu de mim! Deus me abandonou! São frases daqueles que na hora do desespero
se sentem sem a proteção de Deus, se sentem abandonados a própria sorte. Isso não é verdade. Deus não desiste de nós.
Pelo contrário, nós é que desistimos de Deus, e quando a casa cai, botamos a
culpa em Deus, dizendo que Ele é que nos abandonou.
Deus se
importa com cada um de nós, e quer cuidar de cada um, cuidar de nossa vida...
"
Eu mesmo
vou procurar minhas ovelhas e tomar conta delas."
Porém, Deus
respeita nossa liberdade para
escolhermos o caminho que quisermos. Só
que temos de arcar com as consequências.
SALMO 22
O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. A vida de quem permite que Deus seja o seu Rei, aquele ou aquela que
deixa Deus entrar na sua vida, aqueles que seguram na mão de Deus, é uma vida
diferente! Quem age assim sente a cada passo de sua existência, a mão forte do
Pai o protegendo, guiando, indicando o caminho menos perigoso, mostrando a melhor decisão, a melhor escolha,
a cada passo, a cada dia. Faça isso e sua vida mudará para melhor!
SEGUNDA
LEITURA
Pois é preciso que ele reine até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés.
Caríssimos. Paulo nos afirma que
Cristo realmente ressuscitou dos mortos, para reinar, para governar o mundo,
nossas vidas, a cada um de nós, em particular, desde que o aceitemos como o
nosso Rei. Desde que nós nos submetemos ao seu reinado, para que assim Deus
seja tudo em todos, e dessa forma teremos um mundo melhor, sem discórdias, sem
violência, sem tanto sofrimento!
EVANGELHO
A
liturgia deste domingo é muito rica em ensinamentos. Temos a celebração do
final de mais um ano litúrgico, de mais
um ano de vida de presente dado a cada um de nós pelo Pai celeste, Este mesmo
Pai que nos adverte a respeito da importância da caridade, para que cheguemos
puros no dia do Juízo Final, dia em que o Rei Jesus irá separar os bons, os
justos dos maus ou injustos. E na próxima semana vamos começar o tempo de
Advento. Tempo de preparação e de espera
pelo Filho de Deus, O Salvador, o nosso REI.
Jesus é Rei, mas não um rei como os
reis da Terra, ambicioso por poder, por fama, por glória pessoal, empenhado em
dominar custe o que custar. Jesus é
um Rei diferente! Um Rei que veio nos
salvar do pecado, que veio nos servir em vez de ser servido, um Rei que nasceu
e permaneceu pobre, porém preocupado com os pobres, os doentes, os sem terras e
todos os demais excluídos.
O Rei Jesus não se aproximava dos
poderosos, por que Jesus não se identificavam com eles. Jesus se identificava
com os pequeninos, com os fracos, com os humildes, fracos, marginalizados e
oprimidos. Minha mãe e meus irmãos são
todos aqueles que ouvem a palavra do Pai e a põe em prática... Ao dizer isso, Jesus disse que Ele reconhecerá
como seus seguidores, todos aqueles que fazem como Ele fez, praticando a
caridade com os necessitados, com os quais Ele se identifica.
Este trecho do Evangelho de Nosso
Senhor Jesus Cristo é longo por que Jesus explicou com detalhes, em que
consiste o essencial do nosso procedimento
que pode nos salvar ou nos condenar ao fogo eterno! Segundo suas palavras, quando estivermos
diante de um irmão ou irmã necessitada, é diante de Jesus que nos encontramos.
E ainda mais. Seremos cobrados no dia do
Juízo final pela nossa omissão, pela nossa falta de caridade diante do mendigo,
diante daqueles que estão sem roupa, sem
teto, sem comida, sem saúde, os nordestinos, os negros, em fim, todos aqueles e
aquelas que estão à margem da estrada da vida, necessitados de nossa ajuda.
Percebemos assim que essa será a parte da nossa conduta que mais pesará em
favor ou desfavor da nossa salvação.
Todo o resto girará em torno disso. Por exemplo. O desvio da nossa
conduta sexual será mais pecadora quando com ela prejudicarmos de alguma forma
o nosso irmão, a nossa irmã. Exemplo: o estupro, o abuso das crianças
indefesas, a violência contra a mulher,
o escândalo gerado dentro da Igreja pela pedofilia...
Jesus explicou isso com muita clareza,
porque os judeus assim como nós, entendemos que basta cumprir o primeiro
mandamento, Amar a Deus, para
merecermos ser salvos. Muitos acham que
basta ir à missa, rezar o terço, bater
no peito, comungar, e pronto. Já está com a salvação garantida. Porém, Jesus
hoje nos deixa bem claro que a segunda parte dos seus ensinamentos, amar o próximo como a nós mesmo, é tão importante como a primeira parte dos
mandamentos.
A festa de
Cristo Rei do Universo nos adverte sobre a realidade inevitável do fim dos
tempos, a realidade do juízo final. E Jesus nos mostra que a cada dia nós somos
chamados à prática da caridade e da justiça para que naquele dia não sejamos
condenados.
É Jesus que vai separar os justos dos
injustos. É o Rei Jesus que vai nos julgar naquele dia que seremos todos avaliados pelo nosso
procedimento , diante de Deus e diante do irmão, durante a nossa existência
terrena.
É com muita alegria que hoje
celebramos o dia nacional da leiga e do leigo, declarado pela Igreja no Brasil.
O leigo tem uma importância muito
grande como colaborador e prolongador do trabalho dos ministros ordenados, ou
seja, dos padres. Porém, é preciso entender, que para ser leigo e leiga atuante, ele precisa
se preparar através de muita leitura, precisa viver a fé, pois o fato de não
ser ordenado, não ele ou ela está livre ou dispensado de dar bom exemplo. Seria
inaceitável um leigo de vida dupla. Na igreja, um cristão dedicado e
prestativo, e na vida real, um beberrão, um debochado, um descuidado em seu
comportamento de cristão autêntico, um como qualquer outro...
Não! O leigo
representa a Igreja não só na hora da celebração, mas também durante 24 horas
do seu dia, tendo sempre em mente a frase de Jesus: "Sede
perfeitos como o Pai do Céu é perfeito."
Por
outro lado, a convivência entre leigos e ordenados deve ser de ajuda mútua, sem fofocas, sem
concorrência desleal, sem exclusão do leigo. Exclusão às vezes velada movida pelo ciúme do seu preparo e pelo
seu talento ou dom de falar em público. Sem essa de congelar o leigo ao qual
não simpatizamos, sem INVEJA DE NENHUMA DAS PARTES, mas sim, uma
convivência de partilha, de colaboração, de aceitação uns dos outros, com suas
qualidades e defeitos, lembrando sempre do que disse Jesus: "É no amor de vocês uns pelos outros,
que o povo perceberá que sois meus discípulos."
Irmãos, nós somos Igreja, e precisamos
lembrar que não é pelo fato de estarmos na linha de frente da evangelização,
pelo fato de sermos cristãos atuantes, que a nossa salvação já está garantida. Muito
pelo contrário, a nossa responsabilidade de praticar seriamente a nossa fé, é
bem maior do que a responsabilidade daqueles e daquelas que não conhecem como
nós os ensinamentos de Jesus. Por isso precisamos batalhar por uma conversão
diária, baixando sempre a bola da arrogância, da falta de humildade, da
tentação de nos julgar ser maior ou melhor que os demais cristãos. Lembra o que
disse Jesus? Os primeiros podem ser os
últimos ( a entrar no Reino dos céus) e os últimos, aqueles os quais consideramos menos cristãos do que a
nossa pessoa, estes podem ser os
primeiros (a chegar no Céu).
Precisamos ser exemplos de santidade, de caridade, sermos
alegres por viver em Cristo, em fim, sempre
praticando tudo aquilo que ensinamos ou aparentamos ser quando estamos diante
da assembléia reunida na hora da Santa Missa.
Tomemos muito cuidado com a INVEJA que
podemos sentir das qualidades de outros leigos. Essas mesmas qualidades foram
dadas a eles pelo mesmo Pai que disse um dia pela boca de seu Filho: Amem
uns aos outros como eu vos amei.
José
Salviano.
Parabéns. Continue nessa linha. Preciso aprender mais e mais.
ResponderExcluirContinuo cada dia mais admirando suas palavras. Parabéns Salviano!
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