Terça-feira,
25 de novembro de 2014
Catarina Labouré, religiosa (1876)
Apocalipse 14,14-19: Chegou a hora da
colheita, a seara da terra está madura
Salmo 95: O Senhor vem julgar a nossa
terra
Lucas 21,5-11: Não ficará pedra sobre
pedra
COMENTÁRIO
Conta-se que quando os construtores do
famoso Titanic o lançaram ao mar, alguém teria proferido a expressão: "nem
mesmo Deus será capaz de afundar um navio deste tipo". Na primeira viagem,
ele se chocou com um enorme iceberg e antes do amanhecer o Titanic era apenas
uma lembrança. Algo parecido sentiram os piedosos judeus ao contemplar a
magnificência do templo reformado pelo megalômano Herodes. Não imaginavam que
em questão de apenas trinta ou quarenta anos tudo estaria em ruínas.
Não precisamos supor que Jesus esteja
prevendo ou pregando a destruição do templo. Temos, ao contrário, que tentar
compreender o sentido profundo de suas palavras: muitas vezes as obras físicas
se tornam foco de uma religião; as instituições experimentam tal crescimento e
poder a ponto de serem consideradas absolutas; muitas vezes esquecem que as
obras humanas são simples meios com os quais se pode realizar muitas coisas,
mas que não passam disso. Muitas vezes, essa resistência à mudança, esse apego
às estruturas, essa resistência à evolução dos métodos de evangelização, não é
nada mais do que a absolutização de obras humanas. Não podemos esquecer que o
importante nem sempre é o que aparece. Reavaliar com frequência a nossa relação
com o material é uma boa proposta de vida
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