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de Dezembro- Sexta - Evangelho - Mt 9,27-31
Bom
dia!
Essa
pedagogia de Jesus além de ser intrigante é fascinante. Ele espera o momento
certo, o local e a condição certa e age. Poderia Ele realizar mais esse
prodígio aos olhos de todos, mas prefere “entrar em casa” e lá, longe dos olhos
e dos julgamentos dos fariseus, reabre os olhos dos cegos que insistiram, ou
melhor, persistiram em segui-lo.
Jesus
reabre os olhos dos que persistem. Talvez seja esse o maior dos milagres
ordinários do Senhor. Ninguém que procurou a Jesus deixou de ser visto, tocado,
lembrado. Ninguém o confundia, todos sabiam o quanto aquele profeta era repleto
de graça. A própria samaritana do poço teve a nítida impressão que aquele homem
que lhe pedia água já lhe conhecia. Talvez sim Jesus já tivesse “entrado em sua
casa”. Pode até parecer um trocadilho de mau gosto, mas aqueles dois cegos
confiaram “sem ver”.
Esses
dias no grupo de Jovens Nossa Senhora Auxiliadora apresentamos uma analogia:
Quando pedimos a interseção de algum santo, o pedido vem pelo correio; quando
pedimos a interseção de Maria, vem por SEDEX e por fim, como canta Celina
Borges, “rasgo o céu com minhas orações” e toco ao Senhor, o pedido, o consolo,
a mão amiga vem por DRIVE THROW. Mal fizemos o pedido, o clamor, o conforto,
(…) já temos a resposta. Quantas vezes o Senhor esperou o pedido puro e
verdadeiro antes de realizar o milagre? Assim aconteceu também com os dois
cegos: “(…) Vocês crêem que eu posso curar vocês”?
Mas
em mim, o que precisa ser revisto? O que de fato precisa ser feito para
reconhecermos a face do Senhor em nossas vidas? O que ainda nos impede de
reconhecer seus sinais na nossa vida, no nosso trabalho, na nossa família? Será
que precisamos sempre ficar cegos ou chegar ao fundo do poço para encontrar a
mão de Deus? Será que o sofrimento é necessário a todos?
Existe
um dizer popular que afirma que só encontramos Deus pelo amor ou pela dor, mas
um fato é crucial no entendimento do amor de Deus: Todo encontro de DEUS
conosco é SEMPRE por AMOR. Talvez seja por isso que ele prefira um local e
momento reservado, onde dois ou mais estejam reunidos em Seu nome, (…).
Reparemos que dessa vez não foram os gritos dos cegos que chamaram a atenção,
foi o doce atrevimento.
Rasgar
o céu com nossa oração vem precedido de uma vitória, pois só chegam ao céu as
orações que saem de um coração puro como de uma criança, sendo assim vitorioso
todo aquele que se despoja nos pés do senhor e consegue entrar em sua casa. Mas
diferente do que muitos pensam, nossa qualidade de fé ou oração não é medida
pelo quanto conseguimos, mas pelo quanto abrimos nossos olhos e vemos a luz.
Uma
pessoa de fé busca a conciliação, a paz e fraternidade. A que tem oração terá
paz interior, discernimento, paciência e sabedoria. Esses são milagres
ordinários que às vezes não damos conta. Uma pessoa não muda quando consegue
parar de fumar, mas quando RESOLVE parar; o alcoólatra passa a uma nova vida
quando DESCOBRE no que se transformou e o que deixou de fazer e PEDE ajuda,
pois quando o coração muda, os olhos se abrem.
Notem,
por fim e como exemplo, o acontecido com os discípulos de Emaús:
“(…)
Neste momento, seus olhos se abriram, e eles o reconheceram. Ele, porém,
desapareceu da vista deles Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso
coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?”
Naquela mesma hora, levantaram-se e voltaram para Jerusalém, onde encontraram
reunidos os Onze e os outros discípulos. E estes confirmaram: ‘Realmente, o
Senhor ressuscitou e apareceu a Simão’!” (Lucas 24, 31-34)
Dê
o primeiro passo… Deixe-O falar e os olhos se abrirão!
Um
imenso abraço fraterno.
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