17 de Outubro - Quinta - Evangelho - Lc 11,47-54
Peçam contas do
sangue de todos os profetas, desde o sangue de Abel até o sangue de Zacarias.
Neste Evangelho,
Jesus continua fazendo críticas aos mestres religiosos do seu tempo. Críticas
que valem também para nós, pois todos temos de prestar contas a Deus dos nossos
atos.
O fato de os
fariseus construírem túmulos para os profetas que os antepassados deles
mataram, é como que a continuação do gesto criminoso dos antepassados.
Por outro lado, é
uma hipocrisia porque agora, que os profetas estão mortos, são exaltados com
belos túmulos, sendo que esta geração continuará o crime dos seus antepassados,
matando o maior dos profetas, Jesus Cristo. É fácil exaltar um profeta que já morreu,
porque não está aqui para nos cutucar e denunciar. Nós hoje continuamos essa
pecado que, por exemplo, exaltamos os papas do passado e criticamos o atual;
exaltamos os líderes antigos da nossa Comunidade e criticamos os atuais. O fato
de construir belos túmulos para os profetas que foram assassinados no passado,
mostra que os antepassados no fundo sabiam que o problema não estava nos
profetas mas neles mesmos. Tanto que agora seus próprios filhos os exaltam,
pintando seus túmulos.
Profetas são todos
os que nos ensinam a Palavra de Deus, desde a catequista até o Papa.
O Antigo Testamento
tinha grande veneração pelas três principais instituições que dirigiam o Povo
de Deus: os profetas, os sacerdotes e os reis. Eles eram ministros de Deus no
serviço de ensinar (profetas), de santificar (sacerdotes) e de governar (reis).
Trabalhando em conjunto, essas três instituições deviam manter a Aliança com
Deus.
A Bíblia enumera
104 profetas, dos quais 49 não são conhecidos pelo seu nome. Dezessete profetas
deixaram-nos a sua mensagem por escrito. São os livros proféticos, entre os
quais se destacam os livros dos quatro profetas chamados maiores: Isaías,
Jeremias, Ezequiel e Daniel.
De modo geral,
todos os profetas sofreram perseguições e vários foram mortos violentamente. O
que os profetas mais denunciavam era a separação entre a fé e a vida. E eles
“davam nomes aos bois”, a começar pelos chefes do povo. Isso, é claro,
resultava na perseguição a eles.
Jesus pediu, várias
vezes, para acolhermos bem os profetas, pois é o próprio Deus que no-los envia.
“Quem vos recebe, é a mim que está recebendo; e quem me recebe, está recebendo
aquele que me enviou. Quem receber um profeta, por ele ser profeta, receberá a
recompensa de profeta” (Mt 10,40-41).
“Ai de vós, mestres
da Lei, porque tomastes a chave da ciência. Vós mesmos não entrastes, e ainda
impedistes os que queriam entrar.” Eles impediam porque explicavam as
Escrituras de forma tão elevada e teórica que acabavam impedindo o povo de
entender as Escrituras.
“Quando Jesus saiu
daí, os mestres da Lei e os fariseus começaram a tratá-lo mal...” A reação foi
negativa. Em vez de refletirem sobre as denúncias de Jesus, partiram logo para
o ataque. E ainda um ataque covarde: Armando ciladas para pegar Jesus de
surpresa. É sempre assim, as pessoas não ficam neutras diante de Jesus. Quem
não está do seu lado, passa a lutar contra ele. E é bom lembrar que Jesus está
presente hoje na sua Igreja, que é una, santa, católica e apostólica.
Hoje nós celebramos
a memória de Santa Teresa D’Ávila. Ela nasceu em Ávila, Espanha, em 1515. A
educação que recebeu em casa foi sólida e cristã católica. Acostumada desde
pequena à leitura de bons livros, a menina não conhecia maior encanto que a
vida dos santos.
Aos vinte anos de
idade, ingressou no carmelo de Ávila. Bonita, inteligente e comunicativa, Irmã
Teresa se destacava entre as co-irmãs. Entretanto, aquela carmelo vivia em um
grande relaxamento. As meninas não obedeciam à superiora e não seguiam o
regulamento. Um dia, Irmã Teresa estava olhando para o crucifixo e resolveu
mudar de vida. Aquele momento ela chamou, mais tarde, de sua conversão. A
partir daí, Teresa deu início a uma obra gigantesca, que envolveu toda a sua
vida: a reforma dos carmelos. Juntou-se a ela S. João da Cruz, que fazia o mesmo
nos carmelos masculinos.
Apesar da intensa
atividade, Teresa escreveu diversos e importantes livros sobre espiritualidade,
e nunca se desviou da vida contemplativa. Segundo ela, o caminho da santidade
consiste em buscar a união cada vez mais íntima com Deus, formando uma espécie
de matrimônio com ele.
Além do árduo
trabalho de reforma, Madre Teresa conseguiu fundar mais trinta e dois
mosteiros. O Papa Paulo VI concedeu-lhe o título de doutora da Igreja.
Santa Teresa
inspirou-se em Maria Santíssima, no cumprimento de sua vocação profética. Que
elas nos ajudem a ser bons profetas e profetizas do Senhor.
Peçam contas do
sangue de todos os profetas, desde o sangue de Abel até o sangue de Zacarias.
Gostei muito do seu texto, bem profundo e me auxiliou!! Obrigado!!
ResponderExcluir