SÁBADO DO TEMPO COMUM DEPOIS
DE PENTECOSTES 25/05/2013
1ª Leitura Eclesiástico 17, 1-13
Salmo 102(103) “É eterna a misericórdia do Senhor para com os que o
temem”
Evangelho Marcos 12, 13-16
Vinde a mim as criancinhas... - Diac. José da Cruz
Muita gente vê as crianças
na comunidade como problema, principalmente nas celebrações quando gritam,
choram, correm prá lá e prá cá, tirando a concentração das pessoas e até de
quem está celebrando. A idéia de se tirar as crianças fora do espaço celebrativo,
como em algumas paróquias fazem, mantendo-as em outro espaço onde alguém as
distrai com dinâmicas e brincadeiras, não é nada catequética embora dê sossego
aos pais que assim podem participar mais intensamente da Missa.
O ideal seria haverá
tolerância e compreensão para com elas, afinal são crianças, mas compete aos
pais a missão e o papel de darem a elas uma educação cristã, para que aos
poucos possam apreender a se comportarem na celebração. É um processo longo e
gradativo que elas têm que passar, mas privá-las da celebração não é bom.
Há pais que alegam não
poderem ir á celebração porque as crianças dão muito trabalho e eles sentem-se
envergonhados de não poder controlá-las. O que fazer com nossas crianças então
? Claro que não podemos esperar delas um comportamento de adulto durante a
celebração.
Parece que nas comunidades
de Marcos eles tinham esse problema mas havia um agravante: naquele tempo
mulheres e crianças não eram nem contados, o que diziam ou pensavam de nada
valia. Penso que um trabalho ou uma ação em conjunto entre os pais e a equipe
de Acolhida poderia ser bem valioso nesse sentido. Jesus quer as crianças na
comunidade, pois alguns discípulos rabugentos tentaram impedir que as crianças
se aproximassem de Jesus que imediatamente os censurou e acolheu os pequeninos
que se aproximaram fazendo festa.
Comunidade que não tem
espaço para crianças, é certamente uma comunidade sem futuro, o mesmo se diga
dos pré adolescentes e jovens. Jesus aproveita a ocasião para falar de como as
pessoas devem ser para receber o Reino de Deus e daí, as crianças que são um
problema, tornam-se a solução. Quem não tiver a mentalidade de uma criança não
entrará no Reino de Deus
Receber o Reino com a mentalidade de uma criança não significa
viver uma Fé infantil e ingênua pois o chamado cristão para vivermos na Fé
supõe amadurecimento e equilíbrio e não podemos ter uma Fé acomodada.
Não sabemos ao certo qual foi a questão que originou esse
evangelho, mas o que fica claro é a oportunidade que Jesus encontra para falar
do Novo Reino e da renovação da mentalidade para acolhê-lo. Primeiramente é ter
absoluta confiança no Pai, na certeza de que em tudo dependemos dele. A criança
em tudo depende do Pai e da Mãe em quem confia cegamente. Essa mesma confiança
devemos ter em Deus, muito mais do que em nossos projetos falíveis pois o Reino
está entre nós mas caminha para a sua plenitude.
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