SÁBADO – 08/06
Lc 2,41-51
José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado.
Hoje celebramos com alegria a solenidade de S.
José. Ele é muito querido do povo; basta ver os homens que se chamam José e as
mulheres com nomes derivados de José. Parabéns a todos vocês pelo onomástico!
Diz a tradição que os pais de S. José se chamavam Jacó e Raquel.
José é o elo de ligação entre o Antigo e o Novo
Testamento. É o último dos patriarcas.
Devido ao seu papel no plano da salvação, S. José é
padroeiro de diversas coisas: 1) Da Igreja, já que ele foi o chefe da primeira
Igreja, a Família de Nazaré. 2) Do homem cristão. 3) Dos pais e esposos. 4) Dos
trabalhadores. 5) Dos que cuidam da administração dos bens materiais e do
sustento das Comunidades e instituições católicas.
O Evangelho de hoje narra o desejo de fuga de S.
José. Tudo indica que Maria o tinha posto a par do que se passara com ela na
Anunciação. A dúvida de José não se referia a Maria, mas a si próprio. Ele não
queria interferir nos planos de Deus, os quais não entendia direito. Ele tinha
medo de permanecer com Maria e assim atrapalhar o plano de Deus.
A palavra do anjo veio dar-lhe segurança e luz
sobre a sua missão: ele será o pai legal do Filho de Deus. Pronto, voltou e
assumiu Maria como esposa.
“Tu lhe darás o nome de Jesus.” Conforme a
sociedade judaica, quem dava o nome à criança era considerado o seu pai.
Assim, S. José aparece como modelo de um homem fiel
a Deus. Fiel porque, nas horas difíceis, opta pela vontade de Deus. Fiel
porque, nas horas de dificuldade, reza e pede orientação a Deus. Por isso que
S. José é o padroeiro dos homens, especialmente dos esposos e pais.
Ele acompanhou e protegeu Maria e seu Filho em
todos os momentos. Na apresentação no Templo, na fuga para o Egito, na procura
do menino que se perdeu durante a romaria...
Sua presença junto a Jesus era de um pai que manda,
que é autoridade, pois o Evangelho fala que Jesus lhes era obediente. O
resultado foi esse que conhecemos: Jesus crescia em sabedoria, estatura e
graça, diante de Deus e dos homens. Sabedoria, estatura e graça resumem todos
os aspectos em que uma criança deve crescer. Como é importante os pais
exercerem a sua autoridade sobre os filhos!
O papel do pai é diferente do papel da mãe. A mãe é
carinho, ternura... Já o pai é autoridade, firmeza, segurança. As duas
presenças se complementam na educação dos filhos.
Hoje, mais do que nunca, os filhos precisam da
presença de um pai assim. Porque eles vivem cercados de maus convites e maus
exemplos. Como não têm experiência de vida, é necessário alguém que os oriente
com firmeza e ao mesmo tempo com amor e paciência. Principalmente os meninos
precisam da amizade com o pai, e as meninas precisam da amizade com a mãe.
José foi um simples trabalhador. Passou a vida
fabricando e consertando móveis domésticos. Com ele se identificam todos os
trabalhadores e trabalhadoras que passam a vida fabricando objetos para as mais
diversas necessidades da vida moderna. Ele é o modelo dos trabalhadores. Homem
honesto, justo e de fé, este foi o escolhido por Deus para ser o pai oficial de
Cristo.
A Bíblia nos apresenta José o homem fiel a Deus e
justo. Como o fruto da justiça é a paz, ele criou Jesus, que nos trouxe a paz.
Havia, certa vez, um monge que sempre pedia a Deus
a graça de vê-lo. Um dia, ele recebeu o seguinte recado: “Ponha-se a caminho,
porque Deus quer encontrar-se com você, antes do anoitecer, depois do rio, do
outro lado da montanha”.
O monge foi imediatamente para o lugar indicado. No
meio da viagem, encontrou-se com um ferido que lhe pediu socorro. O monge
explicou que não podia demorar, pois tinha um importante encontro marcado,
antes do anoitecer. Mas prometeu que voltaria assim que terminasse o encontro,
para ajudá-lo.
E continuou apressadamente o seu caminho. Mais
adiante, deparou-se com um carro atolado. O motorista estava sozinho e lhe
pediu ajuda. O monge prometeu ajudá-lo logo que retornasse de um encontro muito
importante, que já estava marcado.
Horas depois, quando o sol ainda estava alto,
chegou ao local indicado para o encontro com Deus. Seus olhos começaram a
procurá-lo, mas, para surpresa sua, encontrou o seguinte bilhete: “Fui ajudar o
ferido que você deixou de atender, e voltarei depois, de carona no carro que
estava atolado na estrada”. Assinado: “Deus”.
É isso aí. O melhor jeito de nos encontrarmos com
Deus é fazer a vontade dele, como fez S. José.
Que S. José nos ajude a sermos fiéis a Deus e à
nossa missão neste mundo. Que ele interceda também pelos trabalhadores, dos
quais é o padroeiro.
“S. José, homem do povo, entendeu a mensagem do
Senhor. Operário, feliz esposo de Maria, Mãe do Senhor.”
Campanha da fraternidade. A prática da violência
espalha-se por nossa sociedade e manifesta-se em todas as camadas sociais. Nas
classes mais altas, ela é mais sofisticada, e os crimes são praticados de forma
mais velada.
Na questão da sonegação de impostos, por exemplo, o
pobre já paga o imposto embutido nas compras do supermercado. Os ricos, em
grande parte, sonegam milhões. Portanto, neste crime da sonegação, que é
praticado por todas as classes sociais, os pobres são mais vulneráveis às
conseqüências do crime.
José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado.
Padre Queiroz
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