22 de maio
QUARTA FEIRA DO TEMPO COMUM
DEPOIS DE PENTECOSTES
22/05/2013
1ª Leitura Eclesiástico 1,
1-10
Salmo 92 (93) , 1ª “O Senhor
é Rei e se revestiu de Majestade”
Evangelho Marcos 9, 14-29
É difícil falar com precisão sobre esse
episódio entre Jesus e seus discípulos, refletido pelas comunidades de Marcos
pois á primeira vista parece que o foco seria a impotência da comunidade, ali
representada pelos discípulos, diante das Forças que oprimem as pessoas,
entretanto, o homem que trouxe o filho possesso de um espírito mudo, o seu
desespero de PAI e ao mesmo tempo a sua Fé no Cristo Libertador, parece ser o
foco principal porque a narrativa termina com uma bela profissão de Fé por
parte daquele homem "Creio ! Vem em Socorro á minha falta de Fé ".
Com essa afirmação magnífica, de quem
coloca toda sua esperança em Jesus, desfaz-se aquela primeira impressão de que
ele estava descontente com a comunidade, ali representada pelos discípulos, por
estes não terem conseguido expelir o espírito do mal, pois chamou para si toda
a culpa "...Vem em Socorro á minha falta de Fé .....Ele admite que tem Fé
e até a professa solenemente com esta afirmação que certamente era uma formula
da profissão de Fé da comunidade, mas reconhece que ainda lhe falta.
Quanto a enfermidade, parece que se
trata de um ataque epilético, do qual o jovem era portador desde a infância.
Cair por terra, espumar e ranger os dentes ficando enriquecido, isso é,
paralisado, são ações perniciosas que o pecado e a opressão da força do mal
causa na vida de uma pessoa. Qual é o segredo para se conseguir iniciar na vida
das pessoas o processo de libertação? Parece que só Jesus tinha a fórmula e não
a havia passado á seus discípulos e poderíamos dizer em uma linguagem simples
"Não ensinou o pulo do gato" .
Nada disso ! Na continuidade do
evangelho encontramos a explicação pois os discípulos querem saber onde foi que
erraram, por que sentiram-se impotentes diante daquele espírito possessivo que
oprimia aquele menino e Jesus, vai lhes falar que a oração e o jejum são as
armas principais para se promover uma ação libertadora, isso é, fazer em
comunhão com ELE.
Não
seria essa a explicação para certos projetos bonitos de nossas comunidades, que
acabam não indo para a frente ? Sim, sem sombra de dúvida, toda e qualquer ação
evangelizadora da Igreja, deve e só pode ser feita na espiritualidade onde a
oração, a escuta da palavra, os Sacramentos, nos dão a certeza de que estas
ações são feitas em sintonia com Jesus. Quando uma comunidade ou um grupo, quer
ocupar esse lugar que só pertence a Deus, fazendo em nome próprio, o Espírito
possessivo acaba vencendo a "parada".
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