Bom dia!
Gostaria de começar recordando que ontem lancei uma pergunta partindo do
dialogo de Jesus com o Jovem rico: O que falta ainda?
O evangelho de ontem e o de hoje nos convidam à auto-análise. O de hoje
enfatiza o de ontem por ser uma continuação natural do dialogo de Jesus com
seus discípulos.
Reparem que Pedro fica inquieto com a fala de Jesus. A palavra o faz
vibrar, se incomodar, (…).Talvez um misto de medo e desconfiança: “Será que até
nós, seus discípulos, não seremos salvos”? Essa pergunta poderia pairar por
seus pensamentos tranquilamente. Não conheciam ou concebiam plenamente a
natureza divina de Jesus.
O posicionamento do Senhor me lembra uma frase de Dom Bosco que, dentre
outras técnicas pedagógicas, dizia que existe uma corda que vibra dentro de
cada um, bastando apenas que a encontremos. Jesus conseguia fazer isso com
muita maestria. Ele tocava em aspectos especiais que por vezes queremos
esconder.
Não dá pra ocultar um elefante num gramado de futebol. Talvez seja essa
a forma que tentamos esconder nossas mazelas e imperfeições (elefantes) dos
olhos atentos do Senhor. De tempos em tempos Ele também nos faz vibrar, ou
seja, refletir. Essas situações nos mantém atento, pois não estamos prontos e
tão pouco acabados.
Quanto mais erros temos, mais devemos apresentá-los sem receios a Deus.
É rolando na areia que o passarinho retira os parasitas que vivem entranhados
na sua penugem. Não é fugindo, se escondendo das correções que irei crescer.
Tai a importância de se viver em comunidade. O irmão que cresce ao nosso lado,
por mais difícil que seja colabora para nosso crescimento através de seus
comentários e criticas.
As criticas mais duras, por mais que nos abalem no primeiro momento, nos
despertam para a vigilância, o zelo e a construções mais minuciosas.
“(…) Meu filho, se me ouvires com atenção, serás instruído; se
submeteres o teu espírito, tornar-te-ás sábio. Se me deres ouvido, receberás a
doutrina. Se gostares de ouvir, adquirirás a sabedoria. Permanece na companhia
dos doutos anciãos, une-te de coração à sua sabedoria, a fim de que possas
ouvir o que dizem de Deus, e não te escapem suas louváveis máximas“.
(Eclesiástico 6, 33-35)
Aprendemos a fugir das correções. Não podemos fazer isso.
Quem coordena, está a frente, lidera, (…) deve aprender a ouvir por mais
que lhe pareça absurdo o que é dito. Talvez até seja, mas precisamos estar
atentos, pois após a tempestade, alguma brisa leve, um vento impetuoso, pode
soprar daquela discussão que suscite o que realmente Deus deseja.
Temos irmãos e irmãs que sucumbiram na tristeza como o jovem rico por
não querer ouvir. Ministérios de música, pregadores, padres, religiosos que
odeiam ser repreendidos justificando que o padre, a liturgia, o coordenador do
CPC, (…) é que esta “cortando a ação do Espírito Santo”. Muitos desses alegam
que a igreja sofre pelas podas que recebem, mas na verdade, esses irmãos
“manés” apenas aumentam o capim em volta dos seus elefantes.
Tem que arrumar um culpado desde que não tenha que assumir a sua própria
culpa! (hunf!)
Ai entra a auto-análise do evangelho: E EU?
Vi recentemente um padre sendo preso no Paraná porque estava
alcoolizado. Talvez Jesus tenha dito a Ele no silencio de sua cela “(…) aquele
que, por causa de mim e do evangelho, deixar casa, irmãos, irmãs, mãe, pai,
filhos ou terras, receberá muito mais, ainda nesta vida. Receberá cem vezes
mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos, terras e também perseguições. E no
futuro receberá a vida eterna”. Portanto Levante! Exponha a Deus o seu elefante
e peça a força para continuar.
Um imenso abraço fraterno.
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