QUARTA- 29/05
Mc 10,32-45
Quem quiser ser grande, seja o vosso servo. E quem
quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos.
Neste Evangelho, Jesus apresenta o seu sentido de
dignidade e de honra, que é contrário ao do mundo.
Para o mundo, a honra está em ser servido; para
Jesus está em servir. E se alguém quer ser o primeiro na sociedade, deve
tornar-se o escravo de todos, isto é, entregar-se completamente a serviço.
Essa mensagem foi uma resposta ao pedido dos
Apóstolos Tiago e João, de se sentarem ao lado de Jesus, quando ele estiver na
sua glória. Eles pediram isso, pensando nas honras conforme o mundo pecador,
que é estar por cima, mandar nas pessoas e ser servido por elas.
A indignação dos outros dez Apóstolos mostra que
todos buscavam honras, não segundo o Evangelho, mas segundo o mundo. Seguiam
Jesus com o corpo, mas a cabeça e o coração ainda estavam longe dele.
Eles caminhavam para Jerusalém “e aqueles que iam
atrás estavam com medo”. É sempre assim, os medrosos e de fé mais fraca vão
atrás, na Comunidade. O medo é sinal de falta de fé e de confiança em Deus.
Nem sempre nós entendemos tudo, mas a fé deve falar
mais alto e nos levar a dar o passo, mesmo que seja rumo ao invisível, como fez
Abraão, quando partiu de Ur, na Caldéia, sem nem saber para onde ia:
“Abraão, sai de tua terra, do meio de teus
parentes, da casa de teu pai, e vai para a terra que eu te vou mostrar... Abraão
partiu, como o Senhor lhe havia dito” (Gn 12,1.4).
Quem quiser ser grande, seja o vosso servo. E quem
quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos.
Jesus dá como exemplo a si mesmo, ao qual Deus Pai
entregou todo o universo, e no entanto não buscava “ser servido, mas servir e
deu a sua vida como resgate para muitos”.
“Irmãos, carregai os fardos uns dos outros e assim
cumprireis a Lei de Cristo” (Cl 6,2).
“Filhinhos, não amemos só com palavras e de boca,
mas com ações e de verdade! Aí está o critério para saber que somos da verdade;
e com isto tranqüilizaremos na presença de Deus o nosso coração. Se o nosso
coração, Deus é maior que o nosso coração e conhece todas as coisas” (1Jo
3,18-20).
Se amamos o próximo com ações e de verdade, podemos
até tranqüilizar a nossa consciência, se ela nos acusa de pecado. Isso porque o
amor cobre os pecados.
Havia, certa vez, um casal já bastante idoso. Um
dia, ela falou para ele:
“Olhe, bem, você já não é mais criança e está com
problemas cardíacos. Vou fazer-lhe um pedido: Não andar muito longe. Fique só
aqui entre os nossos vizinhos”.
Ele respondeu: “Ótimo, querida. Mas eu peço a mesma
coisa para você”. Ela concordou.
Num Domingo, na hora da Missa houve uma prece por
uma pessoa que estava doente. Ele pensou: Amanhã cedo eu vou visitá-la. É
longe, mas não conto para minha esposa. Ela pensou o mesmo, e não contou para
ele.
Na segunda-feira de manhã, ele foi. Pensando que o
marido estivesse ali pelos vizinhos, ela também foi.
Chegando à casa do doente, deram de cara um com o
outro. Foi uma emoção, tanto para eles como para a família que os recebia.
Afinal, não estavam cuidando bem da própria saúde física, mas a saúde
espiritual ia muito bem, pois era concretizada no amor ao próximo.
Maria Santíssima gostava de servir. Foi ajudar a
prima; ajudou na festa de casamento... Na anunciação preferiu chamar-se de
escrava do Senhor. Que ela nos ajude a vencer a indiferença e a descobrir a
felicidade de servir.
Quem quiser ser grande, seja o vosso servo. E quem
quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário